Via Alfabetizados Políticos copio e colo, comento, of course, depois.
Quem mudou, Dilma ou Abril? Ou ambos?
Do 247
Dois meses atrás, por meio da revista
Exame, a Editora Abril, de Roberto Civita, assumiu sua oposição à política
econômica da presidente Dilma Rousseff. Condenava-se, ali, a “mão pesada” da
presidente e sua tentativa de baixar na marra juros bancários, preços de energia
e até de automóveis. Seria a demonstração de um capitalismo de Estado, à
chinesa, marcado pelo intervencionismo na economia.
Neste fim de semana, a revista Veja assume outro
extremo. Diz que, com o pacote de concessões de portos, estradas, aeroportos e
ferrovias, que será anunciado na quarta-feira, com projetos de mais de R$ 50
bilhões, Dilma estará promovendo um “choque de capitalismo” no País, que atacará
de frente o chamado Custo Brasil. Embora lamente que Dilma receie utilizar a
palavra privatização, a revista hipotecou apoio público à presidente, por meio
do editorial escrito pelo Eurípedes Alcântara.
O fato incontestável é que, em apenas dois meses, a
Editora Abril “dilmou”, migrando da rejeição à adesão. Como a imprensa sempre
tem razão, talvez Dilma tenha promovido o “choque de capitalismo” porque ouviu
os alertas da revista Exame sobre o excesso de intervencionismo. Mas, talvez, a
mudança tenha partido do próprio Roberto Civita. Em meio a um escândalo
relacionado ao contraventor Carlos Cachoeira, o publisher da Abril, que está
acossado e pode vir a ser convocado pela CPI da Operação Monte Carlo, assim como
o jornalista Policarpo Júnior, emitiu um sinal importante ao Palácio do
Planalto. Algo como: “estamos juntos, somos parceiros”.
Afinal, quem mudou: a Editora Abril, a presidente
Dilma ou ambos?
Via DoLaDoDeLá
Comento -- Não lembro de ter lido na Veja
críticas contundentes contra Dilma, mesmo na época em que ela era candidata a
presidente. Evidentemente que a Veja tinha preferência por Serra. Mas tendo
Dilma vencido a revista da Abril sempre foi muito cordial com ela. Ou seja, a
Veja não mudou de opinião em relação à Dilma. E o Brasil precisa mesmo de um
choque de capitalismo, temos de melhor as estruturas dos portos, aeroportos,
estradas e tudo isso depende quase que exclusivamente de parceria público
privada.