O diário gauche de hoje tá brabo com a Folha.
Leiam o Post, eu comento depois:
Branda para quem, cara pálida?
Quando o próprio Departamento de Estado dos EUA e vários jornais conservadores norte-americanos consideram e reconhecem o caráter popular-democrático dos processos em curso na Venezuela, Bolívia e Equador, o jornal tucano-serrista Folha de S. Paulo – o mesmo que emprestava veículos da sua frota para operações inconfessadas dos órgãos de repressão da ditadura civil-militar de 1964-85 – continua insistindo com a sua cruzada contra Hugo Chávez e outros governantes sul-americanos que estão cortando os laços do Estado com as oligarquias locais.Como se não bastasse, criou um neologismo infame para reconceituar a ditadura brasileira que golpeou Goulart em 1964. Segundo a Folha, nós experimentamos uma “ditabranda”, e alinha motivos de ficção para por de pé esse re-conceito mole e insustentável (editorial de 17/02/2009, fac-símile parcial acima).
Para o jornal da família Frias deve ter sido mesmo uma situação branda, já que se pode imaginar as contrapartidas que o regime de repressão e arbítrio deve ter concedido ao grupo Folha, antes de 1964, editores de um obscuro diário da cidade de São Paulo.A professora Maria Vitória Benevides escreve, em carta enviada ao jornal e publicada hoje, no Painel do Leitor:"Mas o que é isso? Que infâmia é essa de chamar os anos terríveis da repressão de 'ditabranda'? Quando se trata de violação de direitos humanos, a medida é uma só: a dignidade de cada um e de todos, sem comparar 'importâncias' e estatísticas. Pelo mesmo critério do editorial da Folha, poderíamos dizer que a escravidão no Brasil foi 'doce' se comparada com a de outros países, porque aqui a casa-grande estabelecia laços íntimos com a senzala - que horror!"O jurista Fábio Konder Comparato também escreve:"O leitor Sérgio Pinheiro Lopes tem carradas de razão. O autor do vergonhoso editorial de 17 de fevereiro, bem como o diretor que o aprovou, deveriam ser condenados a ficar de joelhos em praça pública e pedir perdão ao povo brasileiro, cuja dignidade foi descaradamente enxovalhada. Podemos brincar com tudo, menos com o respeito devido à pessoa humana."Já a redação do jornal Folha de S. Paulo, publica hoje a agressiva nota:"Nota da Redação - A Folha respeita a opinião de leitores que discordam da qualificação aplicada em editorial ao regime militar brasileiro e publica algumas dessas manifestações acima. Quanto aos professores Comparato e Benevides, figuras públicas que até hoje não expressaram repúdio a ditaduras de esquerda, como aquela ainda vigente em Cuba, sua ‘indignação’ é obviamente cínica e mentirosa."
Para o jornal da família Frias deve ter sido mesmo uma situação branda, já que se pode imaginar as contrapartidas que o regime de repressão e arbítrio deve ter concedido ao grupo Folha, antes de 1964, editores de um obscuro diário da cidade de São Paulo.A professora Maria Vitória Benevides escreve, em carta enviada ao jornal e publicada hoje, no Painel do Leitor:"Mas o que é isso? Que infâmia é essa de chamar os anos terríveis da repressão de 'ditabranda'? Quando se trata de violação de direitos humanos, a medida é uma só: a dignidade de cada um e de todos, sem comparar 'importâncias' e estatísticas. Pelo mesmo critério do editorial da Folha, poderíamos dizer que a escravidão no Brasil foi 'doce' se comparada com a de outros países, porque aqui a casa-grande estabelecia laços íntimos com a senzala - que horror!"O jurista Fábio Konder Comparato também escreve:"O leitor Sérgio Pinheiro Lopes tem carradas de razão. O autor do vergonhoso editorial de 17 de fevereiro, bem como o diretor que o aprovou, deveriam ser condenados a ficar de joelhos em praça pública e pedir perdão ao povo brasileiro, cuja dignidade foi descaradamente enxovalhada. Podemos brincar com tudo, menos com o respeito devido à pessoa humana."Já a redação do jornal Folha de S. Paulo, publica hoje a agressiva nota:"Nota da Redação - A Folha respeita a opinião de leitores que discordam da qualificação aplicada em editorial ao regime militar brasileiro e publica algumas dessas manifestações acima. Quanto aos professores Comparato e Benevides, figuras públicas que até hoje não expressaram repúdio a ditaduras de esquerda, como aquela ainda vigente em Cuba, sua ‘indignação’ é obviamente cínica e mentirosa."
Barbosíssima.... Carambolas!
Entre a opinião da porra louca da Benevides e da Folha eu fico com a Folha.
Sério, se se comparar o golpe e ditadura militar brasileira com os regimes da Argentina, Chile e Uruguai, podemos dizer sim que houve uma ditabranda. É só contabilizar o número de mortos e torturados. Mas ditadura não se justifica nem aqui e nem lugar nenhum.
É muita hipocrisia. Curioso, por que esses mesmos personagens -- que se encontram tão melindrados -- sempre se calam diante de uma dinastia tirana e de um complicado regime bolivariano onde o carismático tem todo o poder do mundo?
E esse pessoal quer controlar a mídia em nome de interesses "populares e republicanos".
Eu não quero ser refém desses interesses que não são nem populares e nem republicanos.
Tirem a Globo do ar e voces verão o protesto maciço do povo brasileiro. Muito melhor uma mídia gerada por uma elite econômica, onde a diversidade tem muito mais condições de preponderar, do que uma mídia controlada por uma elite política que adora a grife Guevara. Volto a dizer, é muita hipocrisia.
4 comentários:
Regimes totalitários são uma desgraça. Ponto. Mas existem regimes totalitários evidentemente mais degraçados do que outros. Negar isso é aceitar que nosso regime militar foi tão nefasto quanto o italiano ou o alemão de meados do século passado. O que me parece um total e completo absurdo.
Outro fato interessante, e aparentemente ignorado pelos entusiastas do "bolivarianismo socialista do século XXI", é o de que praticamente todos os principais regimes totalitários ao longo da história tiveram grande apoio popular. Grande apoio popular e democracia são coisas muito diferentes.
Mas os idiotas latino-americanos não percebem isso.
E a ditadura de Fidel Castro, tão defendida pelo governo brasileiro e pelos que se diziam perseguidos pelos militares brasileiros? Quantos cubanos foram fuzilados em El Paredon?
E a ditadura da Coréia do Norte, do Cambodja, da Somália e tantas outras?
Todas defendidas pela esquerda brasileira. É muita falata de coerência e de vergonha na cara.
E, ainda hoje é possível encontrar docente
público federal que jura pela santíssima trindade de que o
Regime era dotado de uma bondade tão extremada pelo nosso educacional, e tão extremada mesmo, ao ponto de o ter nomeado sem
concurso apenas por ele ter convencido general avalizador de ficha
dos ingressantes de ser o mais competente academicamente possível
para o cargo.
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