Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quinta-feira, 16 de abril de 2009

Quem Diria, o MST virou Máfia



Por que a reforma agrária é importante? Para manter as famílias no campo, para que elas possam desenvolver atividade agrícola e/ou pecuária para sustento e para negocios. As famílias ficam em suas terras e não se deslocam para as periferias das grandes cidades alimentando a miséria e a violência.

Para uma família sem terra ter direito a ela tem que se cadastrar no MST. O MST e suas complicadas ligações com o INCRA e o Ministério da Reforma Agrária detém o monopólio do cadastramento para a reforma agrária. Duvido, jogo 5 sacos de bala sete belo, que uma família sem terra que não esteja cadastrada no MST consiga do Ministério da Reforma Agrária e do INCRA uma terrinha para produzir. Duvido.

E o MST é um movimento que lucra com o aumento da miséria. Lógico, quanto mais miseráveis existirem mais pessoas vão engrossar as fileiras do movimento. O MST não está interessado na reforma agrária, mas na força da grana gerada por toda essa estrutura. E o MST domina os assentamentos. As notícias divulgadas hoje por Zero Hora estão a demonstrar que alguns assentados do MST não exploram diretamente as terras recebidas a título de reforma agrária, mas preferem arrendar essas terras com terceiros. E esses arrendatários são obrigados a repassar sacas de arroz para o MST. E quem determina que assim seja é o superintendente do INCRA no RS....

Se isso não é uma máfia, o que é uma máfia?

Muito bom o artigo de Carlos Wagner na Zero Hora de hoje.

Terra Arrendada

Será um abalo político muito sério na legitimidade daqueles que lutam pela reforma agrária no Brasil. E uma grande decepção para aquelas organizações espalhadas ao redor do mundo que defendem os interesses dos pobres.Caso seja confirmada a participação da direção do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) gaúcha na extorsão de sacas de arroz de arrendatários clandestinos no assentamento Santa Rita de Cássia II, na antiga Fazenda Montepio, em Nova Santa Rita, na Região Metropolitana.Por muito anos, a luta contra o arrendamento de terras em assentamentos foi uma das bandeiras morais da organização. Tanto que, por pressão do MST, nos anos 80 e 90, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) retirou dezenas de lotes de assentados envolvidos com arredamento ilegal.O que já é um fato: as terras estavam arrendadas ilegalmente. Considerando que nada acontece dentro de uma assentamento sem o conhecimento da direção, o que mudou durante este tempo na cúpula do movimento?Uma pista para entender o que pode estar acontecendo é olhar os bastidores do Abril Vermelho que se iniciou ontem. Nos últimos anos, o MST tem perdido dezenas de militantes nos assentamentos, o que significa perda de recursos econômicos porque são famiílias que deixam de recolher parte de sua produção para o caixa da organização.Os assentadas têm se afastado devido ao isolamento político da direção do movimento causado pela defesa intransigente das teses do assessor nacional do MST, João Pedro Stedile, um radical para muitos. O resultado da situação é que hoje o MST gaúcho, que já foi um dos mais ricos do Brasil, tem problemas de falta de recursos econômicos para expandir suas ações políticas.As atividades do Abril Vermelho estavam se desenhando como uma boa oportunidade de ampliar o número de militantes, o que iria se refletir na coleta de recursos. Era esta a avaliação feita na semana passada pela direção durante uma reunião em Palmeira das Missões. Três consequências da crise global interessam aos organizadores do Abril Vermelho: a safra de soja sofre com uma quebra causada pela seca e os preços baixos, o mercado de carnes está em baixa, e, por último, a crise das papeleiras está deixando dezenas de trabalhadores rurais sem serviço.A ideia da direção do MST era colocar a organização como uma opção para os desempregados do meio rural buscar melhores dias de vida. A descoberta do arrendamento ilegal de glebas pode ter colocado por água abaixo o plano de ampliação de simpatizantes do movimento por envolver o símbolo maior da luta: a terra.



Um comentário:

Charlie disse...

Bom que estão a descobrir as maracutaias do grupelho.