Diversidade, Liberdade e Inclusão Social
Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt
terça-feira, 24 de março de 2009
Crise de Autoridade
Mais uma Professora é agredida por alunos em Porto Alegre
Na minha época não tinha nada disso. Aluno agredir professor? Não lembro de ter acontecido nos colégios que estudei. Hoje - parece - virou moda. Uma professora da 4ª série da Escola Estadual Bahia, no bairro Boa Vista em Porto Alegre, foi agredida por uma aluna de 15 anos.
A professora e a aluna foram entrevistadas por Zero Hora.
Segundo a professora: Glaucia da Silva – Eu estava dando aula para a minha turma de 4ª série, quando algumas meninas vieram correndo até a minha porta, bateram com o pé, abrindo, gritando pelos corredores. Como estava atrapalhando a minha aula, fechei a porta. Comecei a ouvir desaforos. Depois saíram correndo. Fui até a direção e comuniquei. A direção chamou algumas meninas. Quando voltei para a sala, meus alunos disseram que tinha uma outra menina, da 8ª série, que também estava envolvida, que eu não tinha visto.
Fui até a sala dela e solicitei que descesse até a direção. Ela disse que não iria porque eu não mandava nela, eu não era professora dela e eu não era ninguém. Eu disse que ela iria descer, sim, porque não era a primeira vez que fazia isso. Nesse momento, virei as costas, ela me agarrou pelos cabelos, por trás, me derrubou e começou a me agredir. Quando ela me derrubou no chão, caí de lado e bati a cabeça. Ela continuou me agredindo. Eu tentei proteger o rosto, ela me arranhou todo o pescoço, me deu socos e chutes. ZH – Mas uma colega sua disse que a senhora usou termos como “vileira” e palavras racistas.Glaucia – Eu disse que aquela reação era bem coisa dela, posso ter dito que era coisa de uma vileira, mas não utilizei nenhum termo racista.ZH – Pretende continuar lecionando?Glaucia – Para lá, não volto mais.
A versão da aluna:
Meu primo deixou cair um chá da professora, e ela jogou o resto em cima dele. Quando bateu para o último período, fui falar com a professora, mas ela fechou a porta na minha cara. Chamei ela de ignorante e virei as costas, mas alguns colegas ficaram tumultuando, xingaram ela, botaram o pé na porta dela. Ela foi na minha sala de aula, mandou eu pegar as minhas coisas e ir para a direção. Eu respondi que não ia, que ela não era minha professora e não podia falar comigo daquela maneira. Que só iria se pedisse com educação ou se a diretora viesse. Aí a professora disse que isso era coisa de gente gorda, maloqueira e vileira. Nunca ninguém falou isso pra mim. Aí eu fui pra cima dela. Peguei ela pelo cabelo, ela caiu. Outros alunos tentaram separar. Sempre fui esquentada, mas nunca tinha agredido ninguém.ZH – Já havia se envolvido em algum outro problema na escola?Aluna – Já, por ter xingado a diretora. Mas nunca agredi nenhum professor. Foi a primeira vez.ZH – E está arrependida?Aluna – Não me arrependo do que fiz. Se tivesse de fazer de novo, eu faria. A professora não podia ter falado comigo daquele jeito.ZH – O que acha que vai acontecer contigo?Aluna – Não sei. Mas pretendo sair da escola.ZH – Como é o clima na escola?Aluna – É uma bagunça. Tem professor que não consegue ter pulso firme, então às vezes fica até difícil ter aula. Mas a minha turma é uma das mais calmas.
Vejam que interessante, a aluna reclama que tem professor que não consegue ter pulso firme, mas quando tem é agredido e o aluno agressor não se arrepende do que fez. Caminha bem esse Brasil.
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