A Ponte da Azenha, na Av. Ipiranga, na capital gaúcha, foi cenário de episódio da revolução farroupilha. É uma ponte antiga, interessante e que recentemente foi reformada. Embaixo dela existe em um dos lados um aterro, onde diversos moradores formaram uma comunidade embalada pelo crack. Há uns 3 anos houve um homicídio no local. Esse pessoal sobrevive coletando esmolas dos carros que passam pela Av. Ipiranga. Sei disso porque passo quase que diariamente naquele local e sempre me interessei por este assunto.
Quando ocorreu a reforma a parte debaixo da ponte ficou interditada. Pensei com meus botões: quando terminarem a obra vão retirar aquele pequeno aterro no local. A Ponte ficou pronta e o aterro permaneceu. Resumo da opera, os moradores de rua voltaram ao local.
Dito e feito, matéria da ZH de hoje registram uma série de fotos impressionantes. Duas delas estão acima. Um homem tenta chegar embaixo da ponte, mas é impedido, a golpes de pau de madeira e chutes por outros dois "moradores do local". Recomendo ver a sequencia inteira de fotos no site da ZH. Recomendo, porque é impressionante.
Ou seja, esses moradores se acham legítimos proprietários de área pública (isso não se chama privatização do espaço público?) e parecem impedir outras pessoas a circularem naquele local.
A cidade de Porto Alegre oferece aos moradores de rua diversos abrigos. Mas muitos deles não querem saber de dormir em abrigos. Preferem ficar morando embaixo das pontes. Esse é um problema de muito tempo. Ponte não é lar, não é abrigo, não é albergue.
Mas no Brasil da ditadura do politicamente correto vão me chamar de fascista por ter escrito esse post.
Um comentário:
Mesmo aqui em pelotas, na rua onde vive minha namorada, existem uns caras que vivem como mendigos. Mas, conversando com um deles, descobri que ele nao tem eh paciencia de aguentar a mulher e os filhos. Ele prefere morar na rua... onde passa a maior parte do tempo bebado.
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