Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


sábado, 7 de março de 2009

E o Oscar Foi para a India



Eles correm, porque a vida é um perigo. As pessoas são desumanas no mundo cão. Nas favelas da ìndia, na Rocinha, na Lomba do Pinheiro. No mundo de sorte e azar como é que pode um vira lata favelado ter a ousadia de se tornar um milionário?

Esse é o paradoxo do filme "Quero ser um milionário (slumdog millionaire) do inglês Danny Boyle. No mundo da banalização, a desigualdade (of course) faz parte. É normal haver desigualdade. É natural existir em Bombaim ou Mumbai e em qualquer lugar. E quando um favelado desafia não apenas a sorte e o azar, mas demonstra com seu conhecimento e sua experiência de vida que tem condições de vencer o certame do mundo da concorrência, o fato se torna inusitado. E dá Ibope. É extraordinário!

Sim, o filme é extraordinário, porque é diferente. Porque tem uma outra linguagem que mostra outra visão de mundo. Ele mistura drama, com comédia, com suspense, com novela mexicana, com doze trabalhos de Hércules, com Cidade dos Homens, com Tropa de Elite, com novela das oito e se coloca tudo no liquidificador e o resultado é um filme simplesmente fantástico.

E Bollywood (a indústria de cinema hindu) conquistou o coração e as mentes do poder de Hollywood.

Por que isso? Isso, por acaso faz parte da onda Obama? O império escolheu um afro americano para a Casa Branca e agora um filme indiano que trata do mundo cão das favelas hindus como o melhor filme do ano.

E o Oscar foi para a India.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tche, da uma espiada na entrevista concedida pelo Obama ao NY Times. Repara que quando o tema é economia, ele simplesmente enrola. Quando apertado se esta política econômica é de inspiração esquerdista ou socialista, se nega a responder.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u531070.shtml

Mas ele não precisa responder, realmente. A resposta é mais do que óbvia.