Copiei do Blog do Josias. Estranho o tão famoso justiceiro, o delegado Protógenes, faz o mesmo que os grandes culpados: ingressa no STF para ter o direito de ficar calado.
Protógenes vai ao STF pelo direito de ficar calado
Convocado a depor na CPI dos Grampos nesta quarta, um sugestivo 1º de abril, o delegado Protógenes Queiroz decidiu cercar-se de cuidados.
Protocolou, por meio de seus advogados, um habeas corpus preventivo no STF. Deu-se nesta segunda (30), a dois dias da fatídica inquirição.
O ex-mandachuva da Satiagraja pede ao Supremo que lhe assegure os direitos. Deseja basicamente três coisas:
1. Salvo-conduto para não assinar o termo de compromisso que o obrigaria a depor à CPI como testemunha;
2. O direito de permanecer calado sem que os deputados lhe dêem voz de prisão;
3. A garantia de ser assistido por um advogado durante todo o depoimento na CPI.
No ano passado, Daniel Dantas, a quem Protógenes chama de “banqueiro bandido”, também batera às portas do STF antes de comparecer à mesma CPI.
O investigado-geral da República foi atendido. É bastante provável que Protógenes também tenha o seu pedido de liminar deferido.
Por uma dessas ironias da vida, Protógenes busca proteção no mesmo tribunal que libertara os suseitos que ele mandara à prisão, inclusive o “bandido”-mor.
É curioso, muito curioso, curiosíssimo que o delegado reinvindique o direito de calar poucos dias depois de ter prometido “dar nomes aos bois” no depoimento à CPI.
Indiciado pela PF por supostas ilegalidades cometidas na Satiagraha, Protógenes parece mais preocupado com o próprio futuro do que com o batismo da boiada.
A CPI obteve cópia do miolo do processo que corre contra Protógenes. Mas contam-se nos dedos de uma mão os deputados que se deram ao trabalho de estudar os autos.
Arma-se, como sói, um espetáculo na CPI. Um teatro dissociado do interesse da platéia, que vai à cena com o mero papel de financiador da bilheteria.
O (in)distinto público paga a montagem do palco. Paga os salários dos inquisidores e do inquirido. Paga a água e o cafezinho. Desatendido, não terá direito nem à vaia.
Protocolou, por meio de seus advogados, um habeas corpus preventivo no STF. Deu-se nesta segunda (30), a dois dias da fatídica inquirição.
O ex-mandachuva da Satiagraja pede ao Supremo que lhe assegure os direitos. Deseja basicamente três coisas:
1. Salvo-conduto para não assinar o termo de compromisso que o obrigaria a depor à CPI como testemunha;
2. O direito de permanecer calado sem que os deputados lhe dêem voz de prisão;
3. A garantia de ser assistido por um advogado durante todo o depoimento na CPI.
No ano passado, Daniel Dantas, a quem Protógenes chama de “banqueiro bandido”, também batera às portas do STF antes de comparecer à mesma CPI.
O investigado-geral da República foi atendido. É bastante provável que Protógenes também tenha o seu pedido de liminar deferido.
Por uma dessas ironias da vida, Protógenes busca proteção no mesmo tribunal que libertara os suseitos que ele mandara à prisão, inclusive o “bandido”-mor.
É curioso, muito curioso, curiosíssimo que o delegado reinvindique o direito de calar poucos dias depois de ter prometido “dar nomes aos bois” no depoimento à CPI.
Indiciado pela PF por supostas ilegalidades cometidas na Satiagraha, Protógenes parece mais preocupado com o próprio futuro do que com o batismo da boiada.
A CPI obteve cópia do miolo do processo que corre contra Protógenes. Mas contam-se nos dedos de uma mão os deputados que se deram ao trabalho de estudar os autos.
Arma-se, como sói, um espetáculo na CPI. Um teatro dissociado do interesse da platéia, que vai à cena com o mero papel de financiador da bilheteria.
O (in)distinto público paga a montagem do palco. Paga os salários dos inquisidores e do inquirido. Paga a água e o cafezinho. Desatendido, não terá direito nem à vaia.
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