Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quinta-feira, 18 de julho de 2013

Assim Agem as Minorias Participativas



A farsa que emergiu das ruas

Fernando Rosa -- musico, produtor reconhecido, ativista cultural de Porto Alegre

Quem foram as pessoas que patrocinaram vandalismos? São esses aí da foto!!!
 

A foto que acompanha este post está circulando na internet, com uma força simbólica que me levou a buscar entender o que está acontecendo em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul.

1º ato.

A imagem principal traz o governador Tarso Genro no Palácio Piratini, durante a penúltima manifestação popular nas ruas, realizada na Praça da Matriz, atendendo à sua sugestão, e que resultou em grave pancadaria na cidade. No mesmo dia, durante a tarde, talvez pensando em dar um golpe midiático, o governador anunciou seu projeto de “passe-livre”, depois enviado à Assembléia Legislativa, onde já perdeu o caráter de urgência. Ainda, fazendo parte do script de buscar controlar e dispersar o movimento, houve a tentativa – infrutífera, diga-se – de legitimar os rapazes da foto como novas lideranças emergentes do novo movimento das ruas.

Fecha o pano.

2ª ato.

Passados alguns dias, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre é invadida, de forma planejada, com evidente suporte da mídia “alternativa”, dizem alguns financiada pelo governo estadual e seus aliados. Surpreendentemente para muitos, as caras dos “comandantes” da invasão são as mesmas da imagem principal junto do governador, que agora podem ser vistas nas fotos menores, já dentro do Plenário da Câmara de Vereadores ocupada. Supostamente, como veremos a seguir, oriundas da “massa sem partidos”, as “novas lideranças” transformaram-se em “chefes” da invasão, com apoio dos partidos PSTU, PSol e de vereadores do PT.

Fecha o pano.

3º ato.

Confirmada a identidade comum dos atores nas duas situações, um pouco de observação posterior faz com que o teatro transforme-se em farsa, que inclui partidos, funcionários públicos, bastidores da Justiça e, sugerem muitas pessoas, até mesmo o próprio Executivo Estadual. Os “jovens emergentes”, na verdade, são ex-candidatos derrotados nas eleições passadas, em especial do PSTU, e funcionários de gabinetes de vereadores do PSol, pagos pela Câmara de Vereadores – o que pode ser comprovado no site da Câmara. Ainda, contribuindo para tornar a situação mais estranha, vereadores do PT da Capital passam a apoiar ativamente a invasão, participando de suas assembléias, e colocando-se contra a instituição e a maioria dos vereadores e partidos.

Fecha o pano.

Penúltimo ato.

Após conciliar, ou em outras palavras, negociar exaustivamente com os invasores, os vereadores buscam junto a Justiça a reintegração de posse da Câmara de Vereadores, medida absolutamente pertinente em um regime de respeito ao Estado de Direito e às instituições democráticas. Neste momento, talvez como resultado de articulações que os humanos normais desconhecem, a Justiça extrapola seu poder e passa a interferir no terreno legislativo, revogando o pedido de reintegração de posse. E, ainda mais grave, determina uma “reunião de conciliação” entre os invasores já identificados e representantes da instituição democrática atingida.

Fecha o pano.

Último ato.

Ainda sem roteiro, mas, caso os vereadores se curvem novamente e abram mão da defesa da instituição, o desfecho será uma Câmara de Vereadores desmoralizada, um novo estado de “vale-tudo” na sociedade gaúcho e, esperamos que não, continuando a transigência com a defesa da democracia e o oportunismo político, um, ou vários “sacos pretos”, jogados nas ruas - o que parece ser, em última instância o "the end" buscado pelo esquerdismo e seus aliados.

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