Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quarta-feira, 30 de junho de 2010

Eis o Homem Que Vai Fazer Serra Reagir


Deputado Indio da Costa - Dem do RJ. Relator do Projeto Ficha Limpa. O vice do Serra.

E o Blog da Dilma está a dizer que Indio da Costa é genro do Salvatore Cacciola preso na Bangu I no Riiio.

Dizem que o Jogo Já Está Jogado....


Tem gente que está dando como certa a eleição de Dilma -- no primeiro turno -- e parte para análises e  discussões acerca dos terremotos e tempestades que ocorrerão no jogo de forças que apoiam Dilma.

É o caso deste post, chamado "A Carreira está quase Corrida", do Diário Gauche.

A Carreira Está Quase Corrida

A mídia e alguns políticos profissionais ainda simulam alguma oposição ao lulismo


Observo que dificilmente haverá segundo turno na presente corrida eleitoral à sucessão de Lula, anotei isso ainda ontem no Twitter. Os ventos acredoces da política brasileira estão nos antecipando o resultado das urnas eletrônicas.
Dilma reúne folgadas condições para vencer a direita bifronte - José Serra e Marina Silva. Ela sequer começou a mostrar a sua capacidade política, objetiva e subjetivamente, mas já se habilita a uma posição de vantagem quase definitiva.
O lulismo incorporou e portanto esvaziou o discurso associado e dependente da direita brasileira, claro, com a ajuda inestimável das turbulências estruturais do sistema hegemônico. Ficaram de fora, a decadente mídia e parte dos floxos políticos profissionais. São os que ainda fazem barulho e batem cabeça simulando que representam alguma oposição ao lulismo de resultados.
As contradições - da natureza mesmo de uma sociedade de muitas classes sociais - estão todas involucradas no interior do lulismo. Mais cedo ou mais tarde, devem fazer prevalecer a sua condição de instabilidade no arranjo precário e temporal a que estão submetidas.
Uma dessas contradições tem nome e sobrenome: Antonio Palocci Filho. Sua expressão e tamanho no futuro governo - o terceiro tempo do lulismo de resultados - é uma incógnita. Se a força eleitoral da direita fosse mais potente na presente eleição (está mostrando que é anêmica), Palocci reuniria mais créditos, se for fraca, Palocci igualmente diminui seu protagonismo.
De qualquer forma, a equação da montagem da administração 2011/2014 está sendo formulada com todos os seus x, y e z, agora, sobretudo no que se refere à presença do debilitado (e já quase folclórico) PT na flou conjugação das forças que irão governar o País.

Adoráveis Espiãs














                         Anna Chapman
                              







Mata Hari

Em 1917, Mata Hari foi executada. Não se sabe bem se ela foi realmente uma espiã. Essa exótica javanesa - que  tinha uma incrível habilidade para a dança -- era, na verdade, uma cortesã que teve casos amorosos com diversos militares e políticos famosos,  franceses e alemães. Era tempo de guerra e Mata Hari acabou se perdendo nos labirintos das trocas de  informações e foi condenada em julgamento sumário e, após, executada, na França.

Dizem que os  soldados do pelotão de fuzilamento tiveram de ser vendados para não sucumbir a seu charme. Outra história cita que Mata Hari jogou um beijo aos seus executores antes que começassem a disparar. Uma terceira versão diz que ela não só jogou um beijo, mas também abriu a túnica que vestia e morreu expondo o corpo completamente nu, segundo a wikipédia.

A russa Anna Chapman,  a lady in red, entra em um café em Nova York e pergunta para um agente do FBI que passava por espião russo: Você tem certeza que ninguém está nos observando?

Ela e mais onze pessoas são acusadas de viver nos EUA para se inserir em "esferas de tomada de decisão", recrutar fontes e enviar informação a Moscou. A denúncia das autoridades americanas reproduz também supostas mensagens entre Moscou e os suspeitos e relata detalhes cinematográficos das comunicações mantidas entre eles, como troca de mochilas em estações de trem, recados em tinta invisível e transmissão codificada, segundo a Folha de hoje.


Trapalhadas Tucanas


Enquanto a candidatura Dilma dispara e tenta ganhar no primeiro turno, os tucanos se enrolam com os demos da vida.  A última agora é que o vice indicado - o senador Alvaro Dias (PR) -- não vai ser mais o vice de Serra.

terça-feira, 29 de junho de 2010

CQC argentina desliga TV da Copa em São Paulo



Não sabia que CQC tinha franquia, pois parece que tem na Argentina. Pois no CQC argentino um repórter  seguiu a receita de seu similar brasileiro e levou um controle remoto universal para um bar em São Paulo que transmitia o jogo contra a Costa do Marfim. Confira o resultado.

Lições de Lula que o PT-MA insiste em não aprender



- Coisas que o PT do Maranhão não precisa mais fazer:



1. Lembrar que Lula já chamou Sarney de ladrão.
2. Vestir a camiseta de Che Guevara.
3. Cultivar a barba.
4. Ler Neruda.
5. Honrar pai e mãe.



- Coisas que o PT do Maranhão é obrigado a fazer:


1. Rezar pelos Sarney antes de dormir.
2. Procurar uma camiseta da Roseana.
3. Aderir ao bigode.
4. Ler Marimbondos de Fogo.
5. Honrar pai, mãe, tios, tias, sobrinhos, sobrinhas, filhos, filhas, netos, netas, namoradas dos netos e namorados das netas com cargos públicos.

Do Blog do Josias de Souza.

O Caso Bruno, Dayane e Eliza




Bruno, Dayane e Eliza

Os fatos estão a demonstrar que é delicada  a situação do goleiro Bruno do Flamengo e também de sua mulher Dayane.  Enquanto não se achar o corpo de Eliza - que talvez esteja viva -- não se pode falar em homicídio.

1)A amante ou namoradinha de Bruno.  Eliza Samudio, 25 anos está desaparecida desde 8 de junho. Ela alega que teve um filho com Bruno, que ainda não reconheceu a criança. Veja o vídeo dela contando essa história aqui.

2) Eliza disse para amigas que foi  com o filho  para o  sítio do goleiro  perto de Belo Horizonte, no dia 4 ou 5 de junho.

3) Denúncia anônima revela que ela teria sido espancada e morta por Bruno e dois amigos.

4) Amigos de Bruno estiveram com Bruno no sítio na mesma época, 6 e 10 de junho.

5) A criança -- filha não reconhecida de Bruno e Eliza -- foi localizada em Contagem -MG e entregue ao pai de Eliza.

6) Dayane prestou depoimentos  contraditórios à polícia: primeiro ela negou que  o bebê de Eliza esteve no sítio de Bruno. Depois, disse que Eliza abandonou o filho no Rio e que o menino teria sido levado para o sítio.

7) Segundo a polícia, a criança  ficou no sítio até a última sexta, quando foi escondido por um amigo de Bruno, Coxinha, a pedido da mulher do jogador, Dayane.


8) Afirma, também a polícia que o pai de Eliza e amigas afirmaram que ela nunca abandonaria o bebê, uma vez que seria traumatizada por ter sido ela mesma abandonada pela mãe quando criança.

9) As datas-chave para a investigação são os dias 4 ou 5 de junho, quando a ex-namorada disse a amigas que iria para Minas a pedido de Bruno e o período entre 6 e 10 de junho, quando o jogador esteve em Minas.

Dilma Vai Aparecer Mais na TV do que a Coca Cola


Certa esquerda - carrancuda -- critica a aliança PT e PMDB. Mas é exatamente por conta dessa parceria é que Dilma pode levar uma vantagem estratosférica em relação ao Serra, sobretudo naquelas propagandas de 30 segundos. Dilma terá 40% do tempo de TV, contra 29,5% de Serra.

Na Folha de hoje, artigo de Fernando Rodrigues sobre o assunto.

Candidata do PT vai aparecer mais na TV em 45 dias do que a Coca-Cola em 5 meses



A arma de propaganda mais vital na campanha eleitoral são os comerciais curtos espalhados ao longo da programação das emissoras de rádio e de TV. O eleitor tende a não ter como se desviar desses filmes, em geral de 30 segundos de duração.

Nesse tipo de marketing, Dilma Rousseff (PT) tem vantagem sobre seus adversários diretos, José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV).
As cinco inserções diárias de 30 segundos às quais a petista terá direito durante os 45 dias da propaganda eleitoral equivalem a mais do que a Coca-Cola teve, nessa mesma modalidade de comercial, no período de janeiro a maio deste ano.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Venceu, Não Convenceu e Continua Favorito


Talvez tenha sido o jogo mais fraco das oitavas. Brasil e Chile foi sonolento, sobretudo o segundo tempo. 
Algumas verdades: temos a melhor defesa. Lúcio e Juan são nota 10. Nosso  Meio de campo é médio. Ramires entrou bem. Pena que não joga  contra a Holanda..

O Kaká - tadinho - parece que anda com medo. Falta algo, talvez confiança. Ele ainda não jogou na Africa do Sul. O Elano faz falta, porque organiza melhor o time e faz o Robinho jogar. Hoje ele só fez o gol. Não sei porquê motivos foi eleito o melhor do jogo.


E no ataque indiscutivelmente, Luiz Fabiano é matador.

E o Mick Jagger não é mais pé frio.

Mick Jagger Vai Torcer Para o Brasil -- E Ele é "Pé Frio"

Bill Clinton e Mick Jagger assistem a derrota americana para Gana.

Mick Jagger torceu para os EUA - os americanos voltaram para casa.
Mick Jagger torceu para a Inglaterra -- os britânicos voltaram para casa.
Hoje Mick Jagger estará no Ellis Park em Johanesburgo torcendo para o Brasil contra o Chile.

O Que Vale é Que a Bola Não Entrou....Apesar de Ter Entrado


Quando a Fifa rejeitou a proposta de modificação nas regras de arbitragem, no sentido de vetar o uso de imagens televisivas, ela optou por uma solução artezanal. Ou seja, vale o que o árbitro viu na hora. Certo ou errado é o que vale, é o que está legitimado. Uma das graças do futebol é exatamente essa, o Juiz, como bom ser humano, pode errar.

E neste fim de semana, dois erros de arbitragem podem ter manchado negativamente a imagem da Copa da Africa. O primeiro foi no gol de empate da Inglaterra contra a Alemanha, quando a bola ultrapassou 33 cm para dentro do gol. O arbitro uruguaio Jorge Larrionda confiou no bandeirinha que não correu para o meio de campo. Esse lance pode ter modificado a história do jogo. Pouco importa se a Alemanha fez 2 gols no segundo tempo. Se o primeiro tempo tivesse terminado empatado, a história do segundo tempo de jogo seria completamente diferente.
O mesmo ocorreu com o primeiro gol da Argentina no jogo contra o México, quando o arbitro italiano validou o gol de  Tevez, claramente impedido. Esses erros modificam a história dos jogos. Justou o injusto é assim que funciona a regra. Não importa se a bola entrou ou não entrou, se o atacante estava ou não em situação irregular, o que vale é a interpretação do árbitro.

Com Uma Oposição Dessas é Barbada Vencer Eleição



"O PT sacrifica seus interesses regionais a favor da candidatura nacional. O PSDB faz exatamente.....o contrário. Aliás o sotaque do senador Dias vai chegar muito bem ao Nordeste......argh!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!"

César Maia, em seu Twitter
 
Nuvens completamente negras e carregadas caminham na direção da candidatura de José Serra. A oposição definitivamente não se entende. O candidato a vice ideal não existe.Teria de ser um nordestino com forte apelo popular. E quando aparece um candidato, como o senador Alvaro - cabelo pintado -  Dias do PSDB do Paraná os democratas torcem o nariz e fazem um barulho danado, gerando o inevitável desgaste.
 
Dilma agradece e Lula -- que vai hibernar por 4 anos -- também.

sábado, 26 de junho de 2010

Eis Porque Evito Comprar Produtos 'Made in China'....


Funcionário do Banco da China conta dinheiro em uma agência de Changzhi

Com a flexibilização do yuan, a China está só enrolando o resto do mundo


Paul Krugman

No último fim de semana, a China anunciou uma mudança em sua política monetária, uma medida visando claramente evitar a pressão dos Estados Unidos e de outros países no encontro de cúpula do G20 neste fim de semana. Infelizmente, a nova política não trata da questão real, que é o fato da China estar promovendo suas exportações em detrimento do restante do mundo.
Na verdade, longe de representar um passo na direção certa, o anúncio chinês foi um exercício de má fé –uma tentativa de explorar o comedimento americano. Para manter a temperatura retórica baixa, o governo Obama tem usado linguagem diplomática em seus esforços para persuadir o governo chinês a por um fim ao seu mau comportamento. Agora os chineses responderam fazendo uso da mesma forma de linguagem americana para evitar lidar com a essência das queixas americanas. Resumindo, eles estão jogando.
Para entender o que está acontecendo, nós precisamos voltar aos elementos básicos da situação.
A política cambial da China não é nem complicada e nem sem precedente, exceto em sua escala. É um exemplo clássico de um governo desvalorizando artificialmente sua moeda frente às moedas estrangeiras, vendendo sua própria moeda e comprando moeda estrangeira. Esta política é especialmente eficaz no caso da China, porque há restrições legais à entrada e saída de fundos do país, permitindo que a intervenção do governo domine o mercado de moeda.
E a prova de que a China está de fato mantendo o valor de sua moeda, o yuan, artificialmente baixo é precisamente o fato do banco central estar acumulando tantos dólares, euros e outros ativos estrangeiros –no valor de mais de US$ 2 trilhões até o momento. Há todo tipo de cálculos visando mostrar que o yuan não está realmente desvalorizado, ou pelo menos não tanto. Mas se o yuan não está profundamente desvalorizado, por que a China precisa comprar cerca de US$ 1 bilhão por dia de moeda estrangeira para impedi-lo de valorizar?
O efeito dessa desvalorização da moeda é duplo: ele torna os produtos chineses artificialmente baratos para os estrangeiros, enquanto torna os produtos estrangeiros artificialmente caros para os chineses. Isto é, é como se a China estivesse simultaneamente subsidiando suas exportações e impondo sobretaxas protetoras aos importados.
Essa política é muito danosa em um momento em que a economia mundial permanece profundamente deprimida.
 

sexta-feira, 25 de junho de 2010

O Jogo do Bocejo



O resultado serviu para ambos e por isso a contemporização. O Brasil jogou melhor o primeiro tempo. Portugal o segundo. Nos últimos 15 minutos não houve jogo, mas apenas passe para o lado. Ninguém quis se arriscar. Os melhores lances da partida ficaram  por conta do Carlos Queiroz que atirou o terno no chão e a briga entre o Felipe Melo e o Pepe que terminou 2x1 para Felipe Melo, sendo que este recebeu merecido cartão amarelo e saída imediata do time por total descontrole emocional. No segundo tempo, se o tatuado Raul Meirelles fosse canhoto, Portugal teria vencido.

Cooptando o Grande Empresariado


Nas eleições passadas eram poucos os empresários que apoiaram -- explicitamente -- candidatos petistas. Na eleição de 2002, por exemplo, esse era o rol: Antoninho Marmo Trevisan (Trevisan), Laurence Pih (Moinho Pacífico), José Pessoa de Queiroz Bisneto (Grupo J.Pessoa), Paulo Feldman (Ernst Young), Oded Grajew (Instituto Ethos) e Hélio Cerqueira (Estapar). E a lista parava por ai.

Empresário não dá ponto sem nó, sobretudo os graúdos. Uma grande empresa necessita de financiamentos e parcerias com o poder estatal. E o apoio explícito pode representar sim possibilidades de benefícios futuros. Não estou a criticar o PT e a Dilma por isso. Eles têm todo o direito de atrair para o seu lado a nata do empresariado nacional. Só falta avisar a turma do barulho, a turma do anticapital, que é essa a política que está sendo implementada.

Matéria da ZH de hoje.
Diniz articula chá de apoio a Dilma

Passados mais de 20 anos, o empresário Abílio Diniz, presidente do Conselho de Administração do Grupo Pão de Açúcar, volta a cruzar os caminhos do PT em uma eleição presidencial. Hoje, ele recebe a candidata Dilma Rousseff (PT) para um chá. Em 1989, o empresário esteve sequestrado por seis dias. Ao ser libertado, os autores do crime foram expostos pela polícia com camisetas petistas – o que prejudicou a imagem do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva.
No encontro de hoje, Diniz colaborará para que Dilma possa se aproximar do empresariado.
A maior parte dos convidados são mulheres de empresários paulistas.
A expectativa é de que a ex-ministra faça um discurso e ouça sugestões dos convidados. O encontro teria sido agendado a pedido do deputado Antonio Palocci (PT-SP), um dos coordenadores da campanha petista e responsável pela aproximação de Dilma com o grande empresariado.
Em março, durante um evento do Grupo Pão de Açúcar, Diniz teria se declarado um eleitor de Dilma e defendido que a candidata tem “todas as condições” de levar adiante o “legado” do governo Lula, que envolve geração de emprego e distribuição de renda.
No episódio de 1989, Diniz acabou como personagem involuntário. O crime só foi elucidado em 1993 e os sequestradores, liderados por dois argentinos, dizem ter sido forçados a vestir as camisetas do PT por policiais.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Essa Foto da Guerra da Coréia é Impressionante



Essa incrível foto é de 04 de dezembro de 1950, de autoria de Desfor Max. Em  Pyongyang, hoje Coréia do Norte,  pessoas  tentam atravessar essa ponte para fugirem para o sul -- na direção da Coréia do Sul - tendo em vista o avanço das tropas comunistas chinesas.


Dois prisioneiros norte-coreanos capturados pelos americanos durante a luta de Yongsan em 02 de setembro de 1950.

Fotos: Boston Globe.

E os Gajos Vêm Ai....

Esse senhor, Carlos Queiroz, está muito  confiante.

Deu na rádio. Eles vão jogar com três atacantes e nem mesmo vão poupar o queridinho Cristiano Ronaldo - que tem um amarelo. Eles vêm para cima e nossa defesa gosta de tomar gols. Até a Coréia do Norte balançou as redes de Júlio César. Não existe jogo mole ou marmelada. O campeão do grupo pega a Espanha e se livra da Argentina, por enquanto. Tá começando a ficar boa essa Copa.

DiaSemGlobo


Recebi agorinha no meu e-mail particular, de acesso limitado e controle de Spam,  uma mensagem que está circulando direto por aí. Esses cabras são mesmo muito antenados.

Não vou assistir Brasil e Portugal na Globo, mas na SporTV........ que é da Globo.

Junte se a nós e participe do ‘DiaSemGlobo’ em apoio a Dunga.


O técnico da seleção brasileira abriu fogo contra a Rede Globo. Dunga deu na canela do comentarista Alex Escobar, da Globo. Poucas horas depois, um dos apresentadores do programa Fantástico, Tadeu Schmidt, da África leu um editorial da emissora detonando Dunga.
Tudo tem um porque, antes do ataque ao Dunga no Fantástico, o Jornal O Globo já havia descido a lenha na seleção e principalmente no seu treinador.
Qual a razão dessa súbita mudança de comportamento?
Vamos aos fatos:
Segunda feira, véspera do jogo de estréia da seleção brasileira contra a Coréia do Norte, por volta de 11 horas da manhã, hora local na África do Sul.
Eis que de repente, aportam na entrada da concentração do Brasil, dona Fátima Bernardes, toda-poderosa Primeira Dama do jornalismo televisivo, acompanhada do repórter Tino Marcos e mais uma equipe completa de filmagem, iluminação etc.
Indagada pelo chefe de segurança do que se tratava, a esposa do poderoso William Bonner sentenciou: “Estamos aqui para fazer uma REPORTAGEM EXCLUSIVA para a TV Globo, com o treinador e alguns jogadores...”.
Comunicado do fato, o técnico Dunga, PESSOALMENTE dirigiu-se ao portão e após ouvir da Sra. Fátima o mesmo blá-blá-blá, foi incisivo, curto e grosso, como convém a uma pessoa da sua formação: “Me desculpe, minha senhora, mas aqui não tem essa de “REPORTAGEM EXCLUSIVA” para a rede Globo. Ou a gente fala pra todas as emissoras de TV ou não fala pra nenhuma...”..
Brilhante!!!
Pela vez primeira em mais de 40 anos, um brasileiro peitava publicamente a Vênus Platinada!!!
“Mas... - prosseguiu dona Fátima - esse acordo foi feito ontem entre o Renato (Maurício Prado, chefe de redação de esportes de O Globo) e o Presidente Ricardo Teixeira. Tenho autorização para realizar a matéria”.
Dunga: - “Não tem autorização nem meia autorização, aqui nesse espaço eu é que resolvo o que é melhor para a minha equipe. E com licença que eu tenho mais o que fazer. E pode mandar dizer pro Ricardo (Teixeira) que se ele quer insistir com isso, eu entrego o cargo agora mesmo!”.
O treinador então virou as costas para a supra sumo do pedantismo e saiu sem ao menos se despedir.
Dunga pode até perder a classificação, a Copa, seu time pode até tomar uma goleada, qualquer fiasqueira na África, mas sua atitude passa à história como um exemplo de coragem e independência frente a uma das instituições privadas mais poderosas no País e que tem por hábito impor suas vontades, eis que é líder de audiência e por isso se acha acima do bem e do mal.
Em linguagem popular, o Dunga simplesmente mijou na Vênus Platinada! Sugiro uma estátua para ele!!!
Após, a poderosa Globo, a mesma que levou o Collorido ao poder e depois o detonou por seus interesses, agora difama o Dunga, tá certo que o cara é meio Ogro, mas não teve o direito de se defender dos ataques em momento algum.
Falar mal do cara é liberdade de imprensa. Ouvir o cara não pode?
A reação do povo foi imediata. O editorial lido no programa "Fantástico", da Rede Globo, deu repercussão no mundo virtual. E pela primeira vez na história o Brasil inteiro apóia o técnico da Seleção. Só a Globo para conseguir isso...
Dentre os assuntos mais comentados no Twitter nesta segunda-feira (21), a frase "Cala boca, Tadeu Schmidt" era líder absoluta, superou até a antecessora "Cala Boca, Galvão", que liderou por dias seguidos os Trending Topics.
E não parou por ai. Em apoio ao técnico da seleção brasileira, os twiteiros lançaram o "DiaSemGlobo", que será nessa sexta-feira, quando o Brasil vai jogar com a seleção de Portugal, no encerramento da primeira fase da copa.
Todo mundo na Band, ou em outra emissora, não vamos sintonizar a Globo na sexta-feira, temos que começar a deixar de ser gado manso, mostrar que não somos trouxas manipuláveis.
REPASSE PARA SUAS LISTAS.
VAMOS FAZER O BRASIL INTEIRO PENSAR NOS MALEFÍCIOS QUE A GLOBO VEM PERPETRANDO AO PAÍS.

Sobre a Última Pesquisa do IBOPE


Aumenta a Chance de Dilma Levar no Primeiro Turno

A última pesquisa do IBOPE é um alerta -- máximo -- para José Serra. Primeiro, ele tem de definir o candidato a vice que realmente não está fácil de escolher, uma vez que essa figura, esse personagem não existe. O ideal seria Marina Silva que estacionou nos 9%, mas isso não vai acontecer. Serra precisaria de um grande líder nordestino, mas nenhum deles apoia o Serra. Estão todos engajados com Lula e no lado de Dilma. Dilma, por outro lado, cresce no sul e no sudeste e mantém a larga margem de diferença no norte e nordeste. Se continuar essa tendência  aumenta a chance de  Dilma levar no primeiro turno, o que seria  prejudicial ao país (e não digo isso por não apoiar Dilma), porque no segundo turno bom debate político pode e deve ser aprofundado.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Brancos, Pobres e Desassistidos

Além da culpa pelos crimes de seus pais, a nova geração de sul-africanos de origem europeia se vê diante de uma nova ameaça – a pobreza


Copio e colo do Blog "Contra a Racialização do Brasil" sobre matéria publicada na revista Época.

Como Ser Jovem e Branco na Africa do Sul

André Fontenelle, de Johannesburgo. Revista Época


O dia 16 de junho é feriado nacional na África do Sul – o Dia da Juventude, em memória de um menino de 12 anos morto pela polícia do apartheid. Foi em 16 de junho de 1976 que o township de Soweto se levantou contra o ensino obrigatório do africânder, a língua dos brancos. A imagem do menino Hector Pieterson, baleado, nos braços de um colega, despertou a opinião pública mundial para as atrocidades do regime segregacionista. A foto decora o memorial a Pieterson, no local onde ele tombou. Todos os anos, nesse dia, uma cerimônia pública é realizada ali em sua homenagem.

Na quarta-feira, no mesmo instante em que milhares de pessoas assistiam a essa cerimônia, a 40 quilômetros dali um grupo de 50 jovens, repartidos quase meio a meio em brancos e negros, debatia o futuro da África do Sul. Membros de partidos políticos, ONGs e entidades de direitos civis, a maioria na casa dos 20 anos, eles têm pouca ou nenhuma lembrança dos tempos do apartheid – mas suas vidas continuam a ser moldadas diariamente pelo passado que não testemunharam.

“Quem entrou na escola depois de 1994 não deveria estar sujeito à ação afirmativa”, disse um jovem branco, referindo-se à política de cotas implantada depois do apartheid para reduzir a desigualdade entre brancos e negros. “Em um concurso para 50 vagas de piloto de helicóptero na polícia, havia 150 candidatos brancos. Nenhum foi aprovado”, queixou-se outro branco. “Vocês se recusam a nos devolver nossas terras porque dizem que não sabemos cultivá-las”, retrucou um negro. Um debatedor branco decidiu se exprimir em africânder, e não em inglês. “Esse comportamento de perguntar em africânder é intolerável!”, protestou um negro. “É meu direito falar em minha língua”, respondeu outro branco, tomando as dores do colega.

Basta assistir meia hora a semelhante debate para ter uma ideia do abismo que separa os sul-africanos pela cor da pele. O fim relativamente pacífico do apartheid deixou sem solução uma série de questões que caberá à nova geração resolver. Para os negros, o controle da economia continua injustamente na mão dos brancos; estes, por sua vez, se sentem cidadãos de segunda classe num país em que todas as leis parecem favorecer o antigo oprimido.


A minoria caucasiana enfrenta até um problema inédito – a pobreza. “Dos 4 milhões de brancos da África do Sul, 750 mil vivem com menos de 4 mil rands (cerca de R$ 940) por mês”, diz Tiaan Esterhuizen, de 25 anos, dirigente da Helpende Hand, organização dedicada a combater a “pobreza branca”. “Os brancos pobres estão entregues à própria sorte, porque não têm direito à ajuda do governo”, afirma Ernst Roets, advogado de 24 anos e líder do AfriForum, entidade de direitos civis que luta pelos direitos das minorias. Segundo Roets, há 70 favelas de brancos nos arredores de Pretória: “Se alguém fala que é preciso ajudar os brancos, é acusado de racismo”. A nova geração de brancos defende o fim, ou pelo menos a flexibilização, do conjunto de leis que concede aos negros a prioridade no recrutamento das empresas.



É mesmo difícil falar em pobreza branca num país onde a regra ainda é a pobreza negra. Mais de 40% dos sul-africanos vivem com menos de R$ 100 por mês. “Muitos jovens africanos (isto é, negros) ainda veem os brancos como um grupo privilegiado”, diz Leaga Lesufi, de 29 anos, dirigente do Congresso da Juventude Pan-Africanista de Azania, tradicional entidade negra. Uma das principais queixas é relativa à distribuição das terras. “Os brancos detêm quase 85% das terras”, afirma Lesufi. “Em algum momento eles terão de ceder esse controle.” Para reforçar seu argumento, Lesufi ergue a mão direita espalmada e grita: “Izwe lethu!” (“A terra é nossa!”, na tradução do zulu). Ao que os negros a sua volta respondem, como de costume: “I Afrika!” (“África!”).

São diferenças que parecem irreconciliáveis – mas a disposição dos jovens para o debate mostra que existe esperança. Na quarta-feira, John Mabaso, funcionário de uma empresa de transportes, levou a filha, Ayanda, de 3 anos, para conhecer o memorial a Hector Pieterson. “Ela vai aprender sobre isso na escola e eu prometi trazê-la”, diz Mabaso. “A África do Sul tem boas chances de se unir, se as diferentes nações dentro dela se entenderem. Este é um grande, grande país.”

O Choro das Viúvas do Futebol Arte

Seleção brasileira de 70 - Félix era um goleiro baixo, Clodoaldo era o único volante e cinco  atacantes "faceirinhos".  Essa seleção absolutamente técnica, que não marcava,  não teria chances hoje.

As viúvas do futebol arte, como meu amigo Senna Madureira, estão chocadas com o futebol feio da Copa da Africa.

Mestre Senna é a "carpideira" que mais chora:

A grande verdade é que a atual Copa é A PIOR TECNICAMENTE DE TODOS OS TEMPOS.

Não há um time de alta qualidade.
Apenas as firulas normais de propaganda enganosa.
(...)
O time do Brasil, como os outros, é muito fraco e pobre de talentos.
Sábio, o povo brasileiro já colocou suas barbas de molho.
Dunga, Globo, Maradona, Messi e outros que tais são irrelevantes, pois a Copa da Africa do Sul É UM TREMENDO FRACASSO, inclusive técnico.

Ao Senna e amantes do falecido futebol arte e da boa técnica:
O futebol hoje é de força física, organização e competição. O Brasil ganhou a copa da Asia, em 1992, com o Felipão exatamente porque jogou futebol mais ou menos feio, havia também técnica,  mas o futebol era, acima de tudo,  engajado e raçudo. Não tinha bola perdida.  Parreira tentou fazer uma seleção organizada em 1996, mas falhou, porque, talvez, não tenha agido como hoje faz o Dunga.Foi muito liberal, liberal demais e, no final das contas, a cena marcante daquela copa: o Roberto Carlos ajeita as meias enquanto o Thierry Henry fazia o gol que desclassificou o Brasil.

O meu Grêmio, imortal tricolor, foi o primeiro time brasileiro a jogar futebol de competição. Na época, meados dos anos 90, dirigido por Felipão Scolari, era muito criticado, porque diziam, abusava da violência. Resultado, foi campeão brasileiro, bi da Libertadores e só perdeu a final do mundial de Interclubes para o Ajax nos penaltis.

O futebol arte, o futebol bonito, o futebol da época de Pelé, Tostão, Gerson, Rivelino, Zico, Falcão e Sócrates já era, é passado. A técnica ainda sobrevive e é necessária, mas apenas futebol técnico não ganha, hoje em dia, copas e  campeonatos.

E vou além, se os canarinhos de 1970 entrassem hoje no gramado e desafiasse uma Africa do Sul ou uma Nigéria da vida, possivelmente perderiam, porque não teriam chances de resistir a marcação do futebol que se joga hoje, de força física.  Vejam só, a  seleção de Zagalo de 70 tinha apenas um volante de marcação, o Clodoaldo. Gerson, Pelé, Rivelino não marcavam. Não se joga mais futebol assim.

O Tosco Dunga e o Fascismo Democrático



Subdunguismo na rede



Entre a velha promiscuidade da CBF com a Globo e a truculência de Dunga no trato com os jornalistas, a escolha é muito simples: criticar as duas.


O monopólio do acesso à seleção, derivado da audiência e obtido durante várias Copas pela Globo, fez fermentar uma cultura bocó e nociva, na qual as fronteiras entre jornalismo verde-amarelo e negócios nem sempre foram claras. Isso, é bom destacar, a despeito da seriedade e da qualidade de muitos profissionais que atuam na emissora.


Até mesmo num assunto tão sério como o futebol, a sociedade ganha quando há pluralismo, opções de escolha, debate, divergências -enfim, imprensa independente.


Quando se volta contra profissionais da Globo, Dunga não está preocupado com o direito à informação desimpedida. Isso não existe no seu horizonte. Ele não aceita, não tolera e não perdoa a crítica. E exibe isso com um grau de franqueza que deve incomodar o espírito de compadrio & cia. que rege a CBF.


Dunga é uma figura tosca e autoritária. Naquela instrutiva entrevista que concedeu ao convocar a seleção, disse que não poderia avaliar se a ditadura brasileira foi boa ou ruim: "Só quem viveu é que pode nos dar a resposta". Não satisfeito, foi mais longe: "É a mesma coisa sobre a época da escravidão. Eu não vivi, como é que vou dizer -ah, era ruim, era bom, não sei".


Depois da história, a moral e cívica; depois da teoria, a aula prática: na sua recente coletiva, o "professor" primeiro interpelou de forma intimidatória o repórter da SporTV que havia balançado negativamente a cabeça -"algum problema?". A seguir, o insultou com palavrões em voz baixa, repetidas vezes.


Foi o que bastou para que o assunto invadisse a seara política. Na blogosfera, militantes do PT e da candidatura Dilma Rousseff transformaram o técnico em herói da resistência antiglobal. Espalhou-se na rede um subdunguismo eleitoral. Soa como um sintoma -como dizer?- de fascismo democrático.

Artigo de Fernando Barros e Silva hoje na Folha.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Dunga e a Globo




Dunga, por causa da entrevista acima, dada após o jogo contra a Costa do Marfim,  virou o grande ídolo da esquerda brasileira. Isso porque criou atrito com a Globo, no  caso o comentarista Alex Escobar. Mas logo o Alex Escobar -- e eu lamento ele ter saido do Sportv  para ser comentarista da Globo --, que é um cara que não é de criar muito alarde?

Segundo o Bob Fernandes do Terra Magazine, Dunga não volta atrás, vai manter o grupo fechado e não vai dar arrego para a Globo. Dunga não vai ceder.

É claro que a Globo tem sim seu lado arrogante, talvez imposto pelo  Galvão Bueno. Mas entre Galvão Bueno e Alex Escobar há uma diferença enorme. Não se pode generalizar.

Global Dorme na Direção e Cai no Dilúvio


Carro do ator Werner Schünemann é visto no Arroio Dilúvio, em Porto Alegre. Ele se acidentou na manhã desta terça-feira enquanto dirigia na Avenida Ipiranga. Werner afirmou que adormeceu no volante, bateu o carro e só foi parar no Arroio. O resultado deu negativo no teste do bafômetro.

Terra Magazine


Soldados Muçulmanos

Faisal Shahzad - que admitiu sua culpa no ataque frustardo no Times Square em NYC


É uma guerra. Sou parte da resposta à aterrorização das nações muçulmanas"

"É preciso entender de onde eu venho. Eu me considero um soldado muçulmano"
FAISAL SHAHZAD


 Esse "soldado muçulmano" poderia ter causado uma tragédia matando inocentes em área de grande circulação. Sorte que o plano não deu certo.  Outros soldados muçulmanos fazem o mesmo em locais menos nobres como no Iraque e no Afeganistão.  Geralmente as vítimas dos atentados cometidos pelos "soldados muçulmanos" não são os soldados americanos ou do "imperialismo mundial", são cidadãos iraquianos ou afegãos. Alguém financia essas barbáries cometidas pelos "soldados muçulmanos". Outros disfarçam, se fingem de surdos, mudos. Simplesmente se omitem. Saramago, por exemplo e falo nele porque é assunto do momento,  fez muitas   críticas (justas) à Igreja Católica, mas sempre se calou e se omitiu diante das barbáries cometidas pelos "soldados muçulmanos."

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Um Provocador Chamado Saramago


Recomendo o Blog português O Bom Sacana  , do nosso amigo Pulha Garcia. Em post publicado hoje  algumas boas verdades sobre o Saramago. Hoje Portugal deu de 7 a 0 na Coréia do Norte. Alguma vez Saramago criticou aquele regime? São perigosas as unanimidades em torno de uma personalidade logo depois de sua morte. Saramago tinha sim seus defeitos.

O post -- que vai contra a maré da quase unanimidade -- é o seguinte:

Obrigado Saramago? Não em Meu Nome.

Compreendo esse triste fenómeno das sociedades humanas de amar com maior entusiasmo as pessoas depois de partirem desta terra. Aconteceu com Júlio César, acontecerá com Carlos Queiroz. Respeito Saramago como cidadão e agradeço o que indirectamente fez pelo elevar da cultura Portuguesa. Ontem como hoje não é fácil ser escritor em Portugal.



Sucede apenas que discordo de Saramago politicamente e não esqueço a prepotência com que ao longo da vida sempre tratou os que pensavam de forma diferente. Não está em causa ser comunista (Jorge Amado, que por acaso era um excelente escritor e nunca ganhou um Nobel, também o era e mantinha toda uma outra atitude em relação ao mundo) ou não ser um dos meus autores preferidos. Para mim, um homem que critica regimes democráticos mas não vê o que se passa nas ditaduras do bloco soviético de Moscovo a Cuba passando por Pequim, ou é parvo ou é um daqueles cegos que não quer ver. Um homem que levanta sistematicamente a voz contra a fé Católica mas nunca contra os Muçulmanos ou outros credos, é uma fraude, um provocador com o objectivo de ganhar marketing gratuito para os seus livros.

Obrigado Saramago ? Não em meu nome. Obrigado Bartolomeu Dias, obrigado D. João II, obrigado Aristides Sousa Mendes ...

""Marx nunca teve tanta razão como hoje."
— José Saramago, Público, 15/06/2008"

Saramago - O Fator Deus


Este artigo de Saramago foi publicado no dia 19 de setembro de 2001. Oito dias após o 11/9.

O Fator Deus


José Saramago


Algures na Índia. Uma fila de peças de artilharia em posição. Atado à boca de cada uma delas há um homem. No primeiro plano da fotografia um oficial britânico ergue a espada e vai dar ordem de fogo. Não dispomos de imagens do efeito dos disparos, mas até a mais obtusa das imaginações poderá "ver" cabeças e troncos dispersos pelo campo de tiro, restos sanguinolentos, vísceras, membros amputados. Os homens eram rebeldes.

Algures em Angola. Dois soldados portugueses levantam pelos braços um negro que talvez não esteja morto, outro soldado empunha um machete e prepara-se para lhe separar a cabeça do corpo. Esta é a primeira fotografia. Na segunda, desta vez há uma segunda fotografia, a cabeça já foi cortada, está espetada num pau, e os soldados riem. O negro era um guerrilheiro. Algures em Israel. Enquanto alguns soldados israelitas imobilizam um palestino, outro militar parte-lhe à martelada os ossos da mão direita. O palestino tinha atirado pedras.

Estados Unidos da América do Norte, cidade de Nova York. Dois aviões comerciais norte-americanos, sequestrados por terroristas relacionados com o integrismo islâmico, lançam-se contra as torres do World Trade Center e deitam-nas abaixo. Pelo mesmo processo um terceiro avião causa danos enormes no edifício do Pentágono, sede do poder bélico dos States. Os mortos, soterrados nos escombros, reduzidos a migalhas, volatilizados, contam-se por milhares.

As fotografias da Índia, de Angola e de Israel atiram-nos com o horror à cara, as vítimas são-nos mostradas no próprio instante da tortura, da agônica expectativa, da morte ignóbil. Em Nova York tudo pareceu irreal ao princípio, episódio repetido e sem novidade de mais uma catástrofe cinematográfica, realmente empolgante pelo grau de ilusão conseguido pelo engenheiro de efeitos especiais, mas limpo de estertores, de jorros de sangue, de carnes esmagadas, de ossos triturados, de merda. O horror, agachado como um animal imundo, esperou que saíssemos da estupefação para nos saltar à garganta. O horror disse pela primeira vez "aqui estou" quando aquelas pessoas saltaram para o vazio como se tivessem acabado de escolher uma morte que fosse sua. Agora o horror aparecerá a cada instante ao remover-se uma pedra, um pedaço de parede, uma chapa de alumínio retorcida, e será uma cabeça irreconhecível, um braço, uma perna, um abdômen desfeito, um tórax espalmado. Mas até mesmo isto é repetitivo e monótono, de certo modo já conhecido pelas imagens que nos chegaram daquele Ruanda-de-um-milhão-de-mortos, daquele Vietnã cozido a napalme, daquelas execuções em estádios cheios de gente, daqueles linchamentos e espancamentos daqueles soldados iraquianos sepultados vivos debaixo de toneladas de areia, daquelas bombas atômicas que arrasaram e calcinaram Hiroshima e Nagasaki, daqueles crematórios nazistas a vomitar cinzas, daqueles caminhões a despejar cadáveres como se de lixo se tratasse. De algo sempre haveremos de morrer, mas já se perdeu a conta aos seres humanos mortos das piores maneiras que seres humanos foram capazes de inventar. Uma delas, a mais criminosa, a mais absurda, a que mais ofende a simples razão, é aquela que, desde o princípio dos tempos e das civilizações, tem mandado matar em nome de Deus. Já foi dito que as religiões, todas elas, sem exceção, nunca serviram para aproximar e congraçar os homens, que, pelo contrário, foram e continuam a ser causa de sofrimentos inenarráveis, de morticínios, de monstruosas violências físicas e espirituais que constituem um dos mais tenebrosos capítulos da miserável história humana. Ao menos em sinal de respeito pela vida, deveríamos ter a coragem de proclamar em todas as circunstâncias esta verdade evidente e demonstrável, mas a maioria dos crentes de qualquer religião não só fingem ignorá-lo, como se levantam iracundos e intolerantes contra aqueles para quem Deus não é mais que um nome, nada mais que um nome, o nome que, por medo de morrer, lhe pusemos um dia e que viria a travar-nos o passo para uma humanização real. Em troca prometeram-nos paraísos e ameaçaram-nos com infernos, tão falsos uns como outros, insultos descarados a uma inteligência e a um sentido comum que tanto trabalho nos deram a criar. Disse Nietzsche que tudo seria permitido se Deus não existisse, e eu respondo que precisamente por causa e em nome de Deus é que se tem permitido e justificado tudo, principalmente o pior, principalmente o mais horrendo e cruel. Durante séculos a Inquisição foi, ela também, como hoje os talebanes, uma organização terrorista que se dedicou a interpretar perversamente textos sagrados que deveriam merecer o respeito de quem neles dizia crer, um monstruoso conúbio pactuado entre a religião e o Estado contra a liberdade de consciência e contra o mais humano dos direitos: o direito a dizer não, o direito à heresia, o direito a escolher outra coisa, que isso só a palavra heresia significa.

E, contudo, Deus está inocente. Inocente como algo que não existe, que não existiu nem existirá nunca, inocente de haver criado um universo inteiro para colocar nele seres capazes de cometer os maiores crimes para logo virem justificar-se dizendo que são celebrações do seu poder e da sua glória, enquanto os mortos se vão acumulando, estes das torres gêmeas de Nova York, e todos os outros que, em nome de um Deus tornado assassino pela vontade e pela ação dos homens, cobriram e teimam em cobrir de terror e sangue as páginas da história. Os deuses, acho eu, só existem no cérebro humano, prosperam ou definham dentro do mesmo universo que os inventou, mas o "fator Deus", esse, está presente na vida como se efetivamente fosse o dono e o senhor dela. Não é um deus, mas o "fator Deus" o que se exibe nas notas de dólar e se mostra nos cartazes que pedem para a América (a dos Estados Unidos, não a outra...) a bênção divina. E foi o "fator Deus" em que o deus islâmico se transformou, que atirou contra as torres do World Trade Center os aviões da revolta contra os desprezos e da vingança contra as humilhações. Dir-se-á que um deus andou a semear ventos e que outro deus responde agora com tempestades. É possível, é mesmo certo. Mas não foram eles, pobres deuses sem culpa, foi o "fator Deus", esse que é terrivelmente igual em todos os seres humanos onde quer que estejam e seja qual for a religião que professem, esse que tem intoxicado o pensamento e aberto as portas às intolerâncias mais sórdidas, esse que não respeita senão aquilo em que manda crer, esse que depois de presumir ter feito da besta um homem acabou por fazer do homem uma besta.

Ao leitor crente (de qualquer crença...) que tenha conseguido suportar a repugnância que estas palavras provavelmente lhe inspiraram, não peço que se passe ao ateísmo de quem as escreveu. Simplesmente lhe rogo que compreenda, pelo sentimento de não poder ser pela razão, que, se há Deus, há só um Deus, e que, na sua relação com ele, o que menos importa é o nome que lhe ensinaram a dar. E que desconfie do "fator Deus". Não faltam ao espírito humano inimigos, mas esse é um dos mais pertinazes e corrosivos. Como ficou demonstrado e desgraçadamente continuará a demonstrar-se.

A Onipotência do Narrador que Perturba


Copio e colo do Diário Gauche de hoje.

Saramago não tinha o direito de incriminar a um Deus ao qual jamais acreditou, diz a Santa Sé



O diário do Vaticano, L'Osservatore Romano, atacou ontem (19) o recém falecido escritor português José Saramago, dedicando-lhe um artigo no qual o define como "um populista extremista de ideologia antirreligiosa ancorado no marxismo".
Um dia depois da morte do escritor, o vespertino da Santa Sé publica um duro obituário sob o título A onipotência (presumida) do narrador assinado por Claudio Toscani, no qual repassa a vida do Prêmio Nobel de Literatura de 1998, que foi muito crítico com o catolicismo.
"Foi um homem e um intelectual de nenhuma transigência metafísica, até o final ancorado numa confiança no materialismo histórico, aliás o marxismo", dispara o artigo.
O texto repassa a produção literária do português, analisando também sua novela O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991), uma obra "irreverente" que supõe um "desafio à memória do Cristianismo, do qual não sabe o que salvar".
"Com respeito à religião, sua mente fixada como sempre por uma desestabilizadora intenção de banalizar o sagrado e por um materialismo libertário que quanto mais avançava nos anos mais se radicalizava, Saramago nunca se abandonou à simplicidade teológica", afirma o artigo.
"Um populista extremista como ele, que se havia encarregado de examinar os males do mundo, deveria ter abordado em primeiro lugar o problema das falhas estruturais humanas, desde as histórico-políticas até as sócio-econômicas, em vez de atacar logo o plano metafísico", prossegue.
O artigo do L'Osservatore Romano assegura que Saramago não deveria "incriminar, inclusive demasiado comodamente e longe de qualquer consideração, a um Deus no qual jamais acreditou, pela via de sua onipotência, de sua onisciência, e de sua onividência".

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Só vou lembrar uma das tantas frases geniais de Saramago, a propósito desse blablablá reativo e de argumentos indigentes da Santa Sé, escrito pelo sub do sub do sub Claudio Toscani:
"Eu não escrevo para agradar ou para desagradar, escrevo para perturbar".

Meu pitaco: Incomoda um pouco essa quase unanimidade sobre Saramago. Essa frase em amarelo diz tudo. Saramago  perturbava. E isso é fundamental para qualquer bom e produtivo debate.

Uribe Elege Santos Que Continua na Luta contra os Inimigos do Estado


Apesar da alta abstenção (55%), a Colômbia elegeu ontem o sucessor de Uribe, Juan Manuel Santos eleito com 69% dos votos. O excêntrico Antanas Mockus do Partido Verde ficou com 27%.

A América Latina, portanto, continua dividida em sua geopolítica. Neste fim de semana sete policiais e três militares colombianos foram mortos Os policiais perderam a vida em um ataque guerrilheiro, aparentemente cometido pelo Exército de Libertação Nacional (ELN).











Este fim de semana, integrante do esquadrão antibomba desarma artefato de 25 kg em Cali.




Copiado do site da RTP:

FARC prometem prosseguir combate

Entretanto, contactado pelos repórteres da Al Jazeera durante uma incursão armada antes das eleições de domingo, um comandante das FARC já fez saber que, independentemente da mudança de chefia no governo colombiano, os rebeldes prosseguirão obstinadamente na luta contra um poder que desvaloriza a "igualdade".

"O nosso inimigo é o Presidente Uribe e as Forças Armadas. Nós queremos dizer às pessoas que ainda estamos vivos, que ainda somos fortes. Agora há eleições na Colômbia. As pessoas podem votar em quem elas quiserem. Mas nós continuaremos a lutar. A ideologia das FARC é vencer ou morrer, era isso que dizia Che Guevara", declarou o comandante Duber, para acrescentar que Juan Manuel "Santos matou muitos inocentes quando tentava eliminar-nos a nós".


Pelo seu lado, o vencedor das presidenciais também promete não abrandar o trabalho levado a cabo pelo Presidente Uribe, garantindo que "continuaremos a lutar contra os inimigos do Estado".

Chocolate Português


O Brasil penou para ganhar da Coréia do Norte. Apenas 2 a 1. E os portugueses, hein? 7 a 0.

domingo, 20 de junho de 2010

Apenas o dever de casa

 

Luiz Fabiano desencantou.  Kaká jogou melhor, foi expulso e não joga contra Portugal.  O Brasil mostrou um pouco mais de futebol. Nada que entusiasme. Mas quem entusiasma?

Esse Cabra é Perigoso


Didier Drogba, nº 11 da Costa do Marfim, atacante do Chelsea da Inglaterra, que joga hoje contra o Brasil.

Drogba foi o pivô da demissão de Luiz Felipe Scolari no Chelsea. Felipão insistia em manter Drogba fora do time titular(embora o marfinense estivesse voltando de lesão).

E o Brasil - vejam só -- tentou tirar o atacante Drogba da partida de hoje, alegando que a proteção que o centroavante usa em seu cotovelo direito é ilegal, por conter partes metálicas que poderiam ferir adversários em caso de contato.

sábado, 19 de junho de 2010

Histerias Esquerdistas


Adoro ler as histerias da esquerda gaúcha. A última agora, do Diário Gauche,  é que a Zero Hora está usando a morte de Saramago para vender jornal. 






Nauseante! Revoltante!

O jornal Zero Hora usa a morte do escritor José Saramago para vender assinaturas, como se não bastasse as matérias cínicas que perfumam e incensam alguém que vivia e pensava de forma completamente diversa do que prega o principal diário dos Sirotsky.

Cada edição de ZH é um manifesto contra as ideias do imortal Saramago, mas isso pouco importa, é preciso vender a mercadoria, nem que para isso se instrumentalize a morte de um inimigo de classe.


O que a RBS está fazendo é um desrespeito para com a memória do Nobel da língua portuguesa. Espera-se que o leitorado compreenda o ato mercenário do jornal da Azenha e não faça nenhuma nova assinatura, ao contrário, que os atuais assinantes cancelem suas assinaturas, em sinal de protesto pelo uso vulgar e rasteiramente comercial do nome e obra de Saramago.

O ato da RBS é repugnante.

Acima fac-símile da página 37, edição de hoje do jornal Zero Hora, de Porto Alegre.