Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Tentativa de Golpe no Equador


Rafael Correa, presidente do Equador e aliado de Chávez, estava fazendo um pronunciamento quando policiais lançaram uma bomba de gás lacrimogênio. Correa foi parar no hospital. Ele passa bem.

Tudo começou porque o governo do Equador conseguiu aprovar na Assembléia Nacional a lei do serviço público, que remove prêmios e benefícios dos policiais. A eliminação dos benefícios econômicos foi rejeitada pelos policiais, que protestaram em várias cidades do Equador,Um grupo de cerca de 150 policiais da Força Aérea tomou a pista o aeroporto internacional de Quito.
A situação política ficou tensa nesta quinta-feira no Equador, quando uma ministra de Correa afirmou que o presidente estudava a possibilidade de emitir um decreto dissolvendo a Assembleia Nacional, em função de um conflito interno com seu movimento político que vem freando a promulgação de leis cruciais para seu projeto socialista.
Em discurso proferido nesta quinta-feira na janela do regimento do exército, o presidente Rafael Correa chamou os manifestantes de "bandidos" e disse que "se quiserem me matar, que me matem." Após discursar na janela do regimento, Correa foi atingido por bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela polícia e levado ao hospital. segundo o site Terra.



Sobre o Debate de Hoje a Noite

Do sempre genial Angeli

Pretendo ver o debate hoje a noite. Sei que vou sair decepcionado, porque vai ser muito diluído. A grande dúvida é: como a Dilma vai se sair. Assisti apenas um debate, o primeiro que houve, o da Band. E ela se saiu muiiiito mal, insegura, nervosíssima, atrapalhada na linguagem. O Ibope foi baixo, porque tinha semifinal da Libertadores. Hoje o debate é na Globo, depois da novela. Tem tudo para ser quente, mas acho que vai ser morno.

O debate de hoje talvez seja a grande chance de Serra, porque, segundo o último Datafolha, a Dilma deixou de cair e tudo está a indicar que ela será eleita no próximo domingo. Ontem o Lula pegou as rédeas da campanha de Dilma e colocou a boca no trombone. Como ele é deus, isso pode ter dado, efetivamente, resultado.

Mas vamos ver hoje, o que vai dar. Gostaria, porque seria bom para o país, que houvesse um segundo turno e um debate direto entre Dilma e Serra. Mas, mesmo assim, seria apenas uma forma de protelar uma vitoria praticamente certa.

Depois de Telefonema de Serra -- Gilmar Mendes Pede Vista

Olha aí o Serra falando com o Gilmar Mendes ontem.

Está em jogo os votos dos menos favorecidos, da população de baixíssima renda que talvez não tenha consigo todos os documentos para votar. Essa população, beneficiada pelos programas assistencialistas do governo, tem a grande tendência de votar na Dilma.

Mas a lei eleitoral -- aprovada pelo próprio PT e sancionada por Lula -- determina que o eleitor deve apresentar não apenas o título de eleitor, mas também a carteira de identidade. Essa lei foi aprovada no ano passado para valer para este ano, conforme o princípio da anualidade.

E o PT, depois de ter cochilado na edição da lei e na última hora, ingressa com uma ADIN (ação declaratória de inconstitucionalidade) postulando a desnecessidade de se mostrar dois documentos, mas apenas um e com foto (o titulo de eleitor não é necessário). Sete ministros votaram a favor do PT. Se eu fosse ministro também votaria nesse sentido, pois documento oficial como Carteira de Identidade ou de Motorista, com foto, basta.

E Gilmar Mendes pediu vistas depois de receber ligação de José Serra, conforme noticia a Folha de hoje.

Repito, foi a imprensa malvada, vendida e antipt que denunciou essa ligação telefônica.

Isso é tipico do  Brasil.

Valeu, Tony Curtis


Todos os dias, no verão, tinha matinê no Cine Sapt na praia de Torres-RS. E eu não perdia uma. E Tony Curtis (1925-2010) sempre estava presente. Grande ator e comediante.

O Show de Weslian Roriz

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Do "Fervoroso" Dandi Wilde


If you want to tell people the truth, make them laugh, otherwise they'll kill you.


Oscar Wilde

A Quem Interessa a Exclusão Social?

Será que existem - ainda -  imbecis com  saudades de cenas como essa?

A psicanalista Diana Corso escreveu um artigo muito bom na Zero Hora de hoje. O Blog diário gauche copiou e colou o artigo e generalizou, pois fez um post com o seguinte título: Os mais ricos não querem o fim das senzalas no Brasil.

O artigo de da Diana Corso, que está abaixo,  não generaliza e nem manipula.


Se alguns mais ricos tem saudades da época da senzala e não querem acabar com a exclusão social que eles se danem, porque não pode interessar a ninguém ver esse país mergulhado na injustiça social, na pobreza e na miséria.

Os problemas causados pela pobreza afetam e muito os mais ricos, porque gera violência, poluição, insegurança e menos consumo. E tudo o que um capitalista mais quer é que mais e mais pessoas consumam.O aumento da classe média é politica de convergência e inclusão social e por isso é boa para todos.
No Brasil de hoje parece interessar muito mais a uma casta política que está no poder manter o povo na miséria e na alienação do assistencialismo e da esmola do que alguns setores  mais endinheirados da sociedade.
Aqui o artigo da Psicanalista Diana Corso:

Saudosa senzala


O Brasil mudou muito nesses últimos anos, e nem todos prestamos atenção ou nos demos conta, para bem ou para mal não somos os mesmos. Especialmente as classes C e D são as novas protagonistas num país que não estava acostumado com isso, agora elas compram, estão mais visíveis. Pequenos detalhes, como ter um telefone que era caro e difícil, hoje é barato e banal, estão acessíveis a geladeira nova, a TV maior, o trânsito está entupido por novos carros. Prestações e carnês enchem as lojas e esvaziam as prateleiras.

Entre os irritados com a conjuntura atual, encontram-se alguns economistas que, em seus termos misteriosos, fazem previsões de que pagaremos caro pelos dias de fartura. Sei lá, sou ignorante de suas sabedorias. Mas há outro tipo de gente incomodada com a situação atual, e esses, sim, me exasperam: são os viúvos do sistema de castas, que tinham um sem-número de pobres à mercê de suas roupas velhas, pequenas esmolas e favores de senhor da casa-grande. Essa senzala invisível está sendo erradicada do coração dos mais humildes, mas sobrevive na memória recente dos mais abastados e não é fácil abrir mão dela.


A diferença social fazia de qualquer remediado de classe média um senhor feudal, sua vida era mais admirável, seus bens mais reluzentes, seus filhos mais promissores. Hoje, o filho de uma empregada doméstica pode disputar vaga na universidade federal com o da patroa que estudou em escolas caras, graças ao sistema de cotas, o que enche esta última de indignação, e ambas podem ter o mesmo modelo de celular. Mesmo entre os intelectuais, uma miséria digna e consciente lhes parece mais atraente do que essas novas hordas de entusiastas consumidores, de quem lamentam a banalidade de horizontes.

Um ser humano se torna o que é porque outro lhe faz espelho, contraponto. A miséria de uns auxilia a que a imagem de outros pareça mais faustosa, são papéis que se complementam. Melhores índices de qualidade de vida em um país, portanto, não têm motivo para agradar a todos, mesmo que seja por motivos inconfessáveis, inconscientes. Estamos muito longe da igualdade social com que sempre sonhei, mas esse novo quadro, aliado ao fato de que os candidatos mais importantes neste pleito são oriundos das fileiras da luta contra a ditadura, me deixa de bom humor. Gosto de ver a política viva, embora ela costume aparecer apenas trajada de escândalos, prefiro-a paramentada de promessas. Além disso, nunca esqueço que as eleições diretas foram uma árdua conquista, por isso, elas ainda me produzem certa emoção, simplesmente por existirem

Porque Voto em José Serra


Abro meu voto em José Serra no próximo domingo, rumo ao segundo turno. E faço alguns considerandos.
Conforme dados do TSE metade do eleitorado brasileiro ou é analfabeta ou semi analfabeta e  nosso Brasil é sim um país carente e que precisa, com urgência, de política de inclusão social e melhoria de vida da população de baixa renda (a quem interessa a pobreza, a miséria, a alienação do povo brasileiro?). Desse modo,  qualquer bolsa família, qualquer esmola, qualquer política assistencialista é suficiente para que o governante de plantão vire uma espécie de deus. É o que acontece com o nosso pop presidente Lula. Mas nem ele -- e nem o PT e, muito menos Dilma -- tem o monopólio da boa moral , da boa vontade e da boa administração. Outros podem fazer isso e muito melhor e não apelando  para o assistencialismo e políticas eleitoreiras.  Não adiante apenas dar o peixe é também necessário que se ensine a pescar. E o povo brasileiro, sobretudo das regiões mais carentes, viciadas no assistencialismo,  precisa aprender a pescar! Outro ponto que considero importante para não votar na Dilma e no PT é essa insistência de não se admitir a crítica da grande mídia e tentar implantar aqui algo que não existe em nenhum país socialmente desenvolvido: o chamado "controle social da mídia".
E, por fim, a política externa. Acho que o governo Lula se alinhou muito mais com ditaduras, Cuba e Irã e com amigos complicados como Hugo Chávez do que com Democracias. Também não concordo com engessamento do Mercosul, porque acho que um país tem todo o direito de fazer acordos bilaterais com, por exemplo, os Estados Unidos sem dar explicações aos Hugos Chávez da vida. O Brasil deveria se comportar, em relação a América Latina, da mesma forma que o Chile: um companheiro, um parceiro independente.

Vamos de Serra (ou de Marina) para o segundo turno.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Um Debate Muito Fraco



Fraquíssimo o debate da RBS TV com os candidatos a governador do RS. Falta explosão, falta carisma, falta tudo. Um bando de chatos. Impressionante como a Yeda envelheceu. Ao Tarso - que prometeu manter os contratos - falta simpatia. E o monocórdio Fogaça que deveria dar tudo agora, continua mais morno do que nunca.

A Single Man


Dizem que o CQC ontem foi ótimo. Pois, infelizmente não assisti. A senhora Maia queria ver um filme e, como bom marido, a acompanhei.

Em 1986, quando morei em Berlim li um monte de livros sobre a cidade. Um deles foi do escritor britânico Cristopher Isherwood :"Adeus a Berlim" sobre a república de Weimar e a onda de violência contra as minorias (Judeus, comunistas, homossexuais) que tomou conta da capital alemã com a ascenção do nazismo.  Esse livro inspirou o filme "Cabaret" com a Lisa Minelli.

E o filme que assisti ontem é um roteiro adaptado de uma novela de Cristopher Isherwood: A single man, traduzido no Brasil como "O Direito de Amar". Francamente.

É um belo e sensível filme com direção de arte magnífica, bons diálogos, bons atores (o britânico Collin Firth foi indicado a melhor ator este ano por esse filme, no papel de George), excelente trilha sonora   e uma tristeza só.

Apesar de triste, recomendo.



Saindo do Armário



Em época em que todo mundo está saindo do armário e declarando seus votos. O bom Blog Na prática a teoria é outra abriu o voto para a Dilma.

Postei ali o seguinte comentário:

Respeito o ponto de vista do Blog. Aliás, muito bem fundamentado. Parabéns. Mas discordo. Acho que Serra faria -- porque sei que ele infelizmente não vai ser eleito - um governo melhor e sem ranços. A diferença é que Serra teria uma oposição furiosa, pois o PT é craque, é perito em fazer oposição. Os caras são profissionais. E outro ponto, o governo do PT insiste em fazer o controle social da mídia e duvido que o PT queira fazer algo que o Brasil precisa fazer: a reforma política. E por que o governo Dilma não vai fazer isso? Ora, porque lucra - e lucra bem - com o sistema atual de financiamento privado de campanha

O Brasil Precisa de Segundo Turno.

Com quem será? Com quem será que o Brasil vai casar?

Dizem que é onda verde puxada pela Marina. Dizem que são as "Vejas" do Polvo. Mas o certo é que Dilma está a cair e a possibilidade de segundo turno passou a ser concreta. Como o bom e brega chavão: a esperança é a última que morre.

É fundamental, é importante, é bom para a cidadania que tenhamos bons debates e embates no segundo turno. Isso até pode desanimar a militância petista (onde ela está?) e animar a oposicionista (onde ela está?), mas o país precisa refletir melhor, pensar bem antes de decidir, de forma definitiva.

Juro que até hoje não sei quem é Dilma, o que está por detrás daquela senhora plastificada e gostaria de conhecer melhor a candidata do PT. Será mesmo que ela é competente ou apenas um artefato? Ela participou ou não participou dos esquemas de corrupção no Palácio do Planalto? Essas questões -- pontuais  devem submergir e vir a tona depois de 3 de outubro. O Brasil precisa saber. O Brasil precisa de segundo turno.

Sobre o assunto, sugiro a leitura do Blog do Josias de Souza: Marina virou o pesadelo de Dilma e o sonho de Serra

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

E Agora, Piedad Córdoba?



Essa notícia, com certeza, vai gerar mais uma crise entre os governos da Venezuela -- Chávez disse que sua candidata na Colômbia é Piedad Córdoba --  e da Colômbia.

Do Terra.

Senadora Piedad Córdoba é destituída por colaboração com Farc


A senadora Piedad Córdoba, do Partido Liberal, durante entrevista à imprensa em Bogotá. A Procuradoria Geral da Colômbia destituiu a senadora e suspendeu seus direitos políticos por 18 anos por colaboração com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc-EP)

Depósito do Maia Declara Apoio aos Seguintes Candidatos:


Já que é para sair do armário e  declarar apoio, o editor deste Blog, que mora em Porto Alegre-RS, apoia os seguintes candidatos:

Deputado Estadual - Ainda não tem.
Deputado Federal - Osmar Terra - PMDB - 1522 - porque é sério e técnico competente na área da saúde.
Senador - Rigotto PMDB (151)  e, talvez, Ana Amélia (PP- 111) (para que Dilma não tenha maioria no Senado).
Governador - José Fogaça  (15 -PMDB)
Presidente - José Serra (45 -PSDB).

E confirmo.

Coisas do Rio Grande


Os Blogs da nossa esquerda, como se vê desse post do Diário Gauche, estão começando a pegar no pé do Tarso Genro. Ele disse numa mensagem do twitter: Aqui no Rs temous um alto nível de debate. Uma imprensa independente e que deveria servir de exemplo para o país."

Essa frase irritou certas pessoas.
Sexta-feira falei com uma pessoa do PP no RS e ele disse: Tá difícil tirar de Tarso essa eleição. E uma coisa é certa, ele vai convidar o PMDB, o PP e o PDT para fazer parte do seu governo.


O Consumo Vence Eleições

Chavistas, embalados pelo garoto propaganda Hugo -- que pede ao povo venezuelano consumir -- comemoram resultado das eleições de domingo.


O sociólogo Alberto Carlos Almeida, que escreveu Cabeça do Brasileiro, esteve ontem no Band Eleições. Ele disse que a possibilidade de uma vitória de Dilma no primeiro turno, no próximo domingo,  é mais forte do que a realização do segundo turno. E por que isso?

Ora, por causa do consumo. O consumo sempre esteve atrás das últimas eleições. Foi o consumo no Plano Real  que elegeu FHC, no primeiro turno, nas duas eleições que participou. Foi a queda no consumo, durante as crises mundiais do último governo FHC que fez o Brasil eleger Lula, que manteve a mesma política econômica de FHC e, conseguiu, por causa disso, a sua reeleição.

E agora, o brasileiro quer continuar consumindo, quer continuar com a mesma política econômica e, por isso, vota na Dilma.

Chávez vive época de turbulência na Venezuela, um pais dividido pelo ódio ideológico, com grande crise de abastecimento, inflação de 30%, aumento da violência e insegurança.

E Chávez virou garoto propaganda de artigos chineses na TV estatal venezuelana e conclama o povo a consumir esses produtos.

Chávez sabe que consumo vence eleições.

E as eleições de ontem na Venezuela demonstram que a onda chavista continua forte. Apesar de ter perdido a maioria absoluta no parlamento, o partido governista do Hugo Chávez conquistou 90 cadeiras das 165 em disputa.

A oposição a Chávez que -- parte dela - tentou fazer o golpe midiático de 2002 e boicotear a última eleição parlamentar faz um trabalho de formiguinha. Tenta conquistar seu espaço aos poucos, pelas bordas. E esse é um trabalho de conscientização e a oposição brasileira que, ao que tudo indica, vai sair enfraquecida das urnas no próximo dia 3, vai ter de fazer trabalho semelhante.

Estadão Declara Apoio a José Serra



O Mal a Evitar

Editorial do Estadão de 26 de setembro de 2010:

A acusação do presidente da República de que a Imprensa "se comporta como um partido político" é obviamente extensiva a este jornal. Lula, que tem o mau hábito de perder a compostura quando é contrariado, tem também todo o direito de não estar gostando da cobertura que o Estado, como quase todos os órgãos de imprensa, tem dado à escandalosa deterioração moral do governo que preside. E muito menos lhe serão agradáveis as opiniões sobre esse assunto diariamente manifestadas nesta página editorial. Mas ele está enganado. Há uma enorme diferença entre "se comportar como um partido político" e tomar partido numa disputa eleitoral em que estão em jogo valores essenciais ao aprimoramento se não à própria sobrevivência da democracia neste país.

Com todo o peso da responsabilidade à qual nunca se subtraiu em 135 anos de lutas, o Estado apoia a candidatura de José Serra à Presidência da República, e não apenas pelos méritos do candidato, por seu currículo exemplar de homem público e pelo que ele pode representar para a recondução do País ao desenvolvimento econômico e social pautado por valores éticos. O apoio deve-se também à convicção de que o candidato Serra é o que tem melhor possibilidade de evitar um grande mal para o País.


Efetivamente, não bastasse o embuste do "nunca antes", agora o dono do PT passou a investir pesado na empulhação de que a Imprensa denuncia a corrupção que degrada seu governo por motivos partidários. O presidente Lula tem, como se vê, outro mau hábito: julgar os outros por si. Quem age em função de interesse partidário é quem se transformou de presidente de todos os brasileiros em chefe de uma facção que tanto mais sectária se torna quanto mais se apaixona pelo poder. É quem é o responsável pela invenção de uma candidata para representá-lo no pleito presidencial e, se eleita, segurar o lugar do chefão e garantir o bem-estar da companheirada. É sobre essa perspectiva tão grave e ameaçadora que os eleitores precisam refletir. O que estará em jogo, no dia 3 de outubro, não é apenas a continuidade de um projeto de crescimento econômico com a distribuição de dividendos sociais. Isso todos os candidatos prometem e têm condições de fazer. O que o eleitor decidirá de mais importante é se deixará a máquina do Estado nas mãos de quem trata o governo e o seu partido como se fossem uma coisa só, submetendo o interesse coletivo aos interesses de sua facção.

Não precisava ser assim. Luiz Inácio Lula da Silva está chegando ao final de seus dois mandatos com níveis de popularidade sem precedentes, alavancados por realizações das quais ele e todos os brasileiros podem se orgulhar, tanto no prosseguimento e aceleração da ingente tarefa - iniciada nos governos de Itamar Franco e Fernando Henrique - de promover o desenvolvimento econômico quanto na ampliação dos programas que têm permitido a incorporação de milhões de brasileiros a condições materiais de vida minimamente compatíveis com as exigências da dignidade humana. Sob esses aspectos o Brasil evoluiu e é hoje, sem sombra de dúvida, um país melhor. Mas essa é uma obra incompleta. Pior, uma construção que se desenvolveu paralelamente a tentativas quase sempre bem-sucedidas de desconstrução de um edifício institucional democrático historicamente frágil no Brasil, mas indispensável para a consolidação, em qualquer parte, de qualquer processo de desenvolvimento de que o homem seja sujeito e não mero objeto.

Se a política é a arte de aliar meios a fins, Lula e seu entorno primam pela escolha dos piores meios para atingir seu fim precípuo: manter-se no poder. Para isso vale tudo: alianças espúrias, corrupção dos agentes políticos, tráfico de influência, mistificação e, inclusive, o solapamento das instituições sobre as quais repousa a democracia - a começar pelo Congresso. E o que dizer da postura nada edificante de um chefe de Estado que despreza a liturgia que sua investidura exige e se entrega descontroladamente ao desmando e à autoglorificação? Este é o "cara". Esta é a mentalidade que hipnotiza os brasileiros. Este é o grande mau exemplo que permite a qualquer um se perguntar: "Se ele pode ignorar as instituições e atropelar as leis, por que não eu?" Este é o mal a evitar.




Texto publicado na seção "Notas e Informações" da edição de 26/09/2010

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Bendita Capitalização

Nosso pop presidente Lulinha, todo de laranja, comemora a grande façanha do capitalismo de estado brasileiro: Nunca Antes na História da Humanidade.....

Quando a tucana, governadora do RS,   Dona Yeda Crusius,  resolveu capitalizar as ações do banco estatal dos gaúchos, o Banrisul,  a patota do PT gritou, esperneou, fez alarde. Os blogs de esquerda, então,   cairam em cima da governadora dos gaúchos, disseram que era um absurdo fazer essa tal capitalização. Oposição que é oposição protesta sem saber o porquê de protestar. Aqui no Rio Grande do Sul sempre foi assim. Tudo que Dona Yedinha resolveu fazer foi impiedosamente criticada. E a opinião pública, neste Brasil onde a grande mídia não é mais formadora de opinião, é vítima do discurso fácil da demagogia. Por isso a tadinha da Yedinha amarga altos índices de rejeição.

Agora o governo do nosso deus e pop presidente resolveu capitalizar as ações da Petrobrás. Foi um sucesso absoluto, estrondoso. Nunca antes na história mundial uma empresa capitalizou tanto como a estatal brasileira Petrobrás -- que continua insistindo em contratar sem licitações. A Petrobrás arrecadou 120 bilhões de reais e o ministro Mantega comemorou porque, dizem,  se transformou na segunda empresa do mundo. Será?

Hoje Lula colocou o célebre macacão laranja e desfilou pelos corredores da Bovespa comemorando a grande façanha capitalista: "Nunca antes na história da humanidade tivemos um processo de capitalização da envergadura do que estamos fazendo aqui".

Bom, muito bom, que isso tenha ocorrido. O povo brasileiro tem de se aproximar mais da bolsa de valores. Assim funciona a sociedade americana. É importante que mais e mais brasileiros aplique suas rendas nas ações imobiliárias e a capitalização de ações da Petrobrás foi um ponto extremamente positivo do governo Lula.

E aqueles que criticaram a governadora Yeda por ter capitalizado as ações do Banrisul, o que dizem agora?

Palhaçada no Supremo


O dono deste bolicho aqui é a favor da Lei da Ficha Limpa para evitar que os Roriz da vida sejam reeleitos depois de fazerem falcatruas e picaretagens. Mas, no caso, a lei eleitoral exige o princípio da anualidade; ou seja não pode haver modificação na legislação no mesmo ano. O STF julgou ontem pela constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa, mas em relação ao princípio da anualidade houve empate de 5 a 5. Foi nesse momento que o proprietário deste depósito -- depois de assistir as baboseiras globais de pessoas comendo vermes, cérebros e olhos de animais -- sintonizou na TV Justiça.

E que palhaçada. Que blá, blá, blá imbecil. Juro que não sei o que foi mais bizarro, a sessão do STJ de ontem ou assistir a lindinha  mastigar olhos e cérebro de carneiro no hipertensão da Globo.

Os excelentíssimos ministros ficaram 10 horas julgando um processo sem decidir anteriormente que regra aplicar se der empate. Então, por que colocaram em pauta?

Nada se decidiu, a eleição corre em 9 dias e a dúvida continua. Francamente.

O julgamento de ontem no STF é a demonstração cabal de como nós, brasileiros,  somos desorganizados, como este país é atrapalhado.

Magnífica matéria sobre o STF está na grande Revista Piaui.

A charge acima é do Jbosco.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Sobre a Entrevista de Lula ao Terra Magazine



Mercado de mídia em pais democrático e socialmente desenvolvido vai ser sempre oligopolista. Se não for assim vai ser monopolista. Não existe terceiro gênero.

Hoje o site terra divulgou uma entrevista do Lula criticando a grande mídia, porque dominada por nove ou dez famílias.

A entrevista tem 55 minutos e está aqui.

Os Blogs da nossa esquerda, como o diario gauche, estão a vibrar. Os comentários são no sentido de que: por que Lula não tomou providências antes para calar a grande mídia oligopolista? Outra frase que muito se diz é: vamos acabar com a mídia oligopolista.

Em qualquer lugar do mundo socialmente desenvolvido, mídia é oligopolista por natureza. A exceção são os regimes autoritários onde a mídia é monopolista como Cuba, Irã e Coreia do Norte. Não existe, em lugar nenhum do mundo, mercado de mídia de concorrência perfeita. Então é pura ignorância dizer, como se diz,  vamos acabar com a mídia oligopolista. A mídia vai ser sempre oligopolista. Se não é assim é pior, porque monopolista. Seria bom estudar um pouco de direito da concorrência antes de dizer certas  maluquices. Na Europa a mídia é também dominada por grandes grupos. E mídia é empresa, é atividade econômica, ela defende mercado e sociedade de consumo. Ou seja mídia oligopolista tem sempre uma linha ideológica bem determinada. Mas não existe nenhuma obrigação que a linha editorial de um órgão de mídia apoie expressamente um candidato. O New York Times apoiou o Obama, mas poderia ficar quieto e calado. Era uma opção, apenas uma opção naquele contexto, no momento histórico.

 É claro, é cristalino, o Brasil inteiro sabe que a grande mídia apoia Serra, porque é um candidato que dá mais segurança ao mercado e aos contratos.

E repito aqui o que disse já disse no post anterior, acerca da frase de  Luiz Fernando Veríssimo, em artigo cujo conteúdo discordo::


"O que talvez precise ser revisado, depois dos oito anos do Lula e depois destas eleições, quando a poeira baixar, seja o conceito da imprensa como formadora de opiniões."

Essa discussão deve se manter na teoria, no aspecto conceitual. O que não se pode fazer - sob pena de levar este país a um rumo autoritário - é levar essa discussão para o aspecto prático de se construir mecanismos de controle da mídia. Ou mesmo regulação nesse sentido. Mesmo essa forma dissimulada de "controle social da mídia". Em nenhum país socialmente desenvolvido isso ocorre. Nenhum. Apenas nas republiquetas bolivarianas para se impedir o sagrado direito de crítica.

O Risco PT


No artigo que o Luiz Fernando Veríssimo publicou hoje, abaixo, ele fala algo interessante que eu concordo:

O que talvez precise ser revisado, depois dos oito anos do Lula e depois destas eleições, quando a poeira baixar, seja o conceito da imprensa como formadora de opiniões

Ou seja, a imprensa, considerando o Brasil de hoje de Lula e Neymar, está deixando de ser formadora de opinião. O que o Brasil pode revisar são os conceitos  e tudo isso fica, evidentemente, no campo teórico e acadêmico.

Mas o pessoal do PT e da esquerda que está bem alinhadinha com Dilma não quer revisar apenas aspectos teóricos, acadêmicos, conceituais, eles querem mais, muito mais. Porque muitos deles pensam com ressentimentos, ódios e rancores E, talvez, se Dilma for eleita -- e tudo indica que ela será -- a sociedade brasileira vai ter um grande embate, como ocorre na Argentina do casal K. e na Venezuela de Chávez, acerca do controle social da grande mídia.

E esse tipo de pauta é de gerar calafrios.

Luiz Fernando Veríssimo é a Velhinha de Taubaté

Gosto de ler Luiz Fernando Veríssimo, mas quando ele fala em politica raramente concordo com ele. Ele é um cabra inteligente, escreve bem e eu respeito, mas, indicustivelmente, ele  força a barra. Na sua coluna de hoje em Zero Hora, na íntegra abaixo, ele fala sobre a corrida de 10 dias para as eleições. Ele começa assim: De hoje à data da eleição, teremos 10 dias de manchetes nos jornais e duas edições da Veja.

Essa é uma típica frase dissimulada e isso é profundamente irritante. LFV se faz de avestruz, ele simplesmente não quer ver, não admite nem se aprofundar no assunto sobre as picaretagens e falcatruas que ocorrem nas salas ao lado da Dilma e do Lula. É claro que fraudes desse tipo sempre ocorreram no Brasil, mas antes quando uma notícia dessas circulava pela mídia, o Luiz Fernando Veríssimo criticava exatamente aqueles que não queriam enxergar.

E por isso ele criou a velhinha de Taubaté. Hoje a velhinha de Taubaté é LFV.

Coisas do Brasil de nossos dias.

O artigo de LFV na ZH está abaixo.

Fundador do Facebook tem 26 Anos e Fortuna de US$ 6,9 Bilhões de dólares



Mesmo sob os efeitos da crise financeira mundial, mais da metade dos bilionários dos EUA conseguiram aumentar sua fortuna no último ano. Desta vez, o fundador da rede social Facebook, Mark Zuckerberg, 26 anos, ficou entre os mais ricos do país, superando a fortuna de Steve Jobs, da Apple, segundo ranking da revista "Forbes".

Zuckerberg teve a fortuna estimada em US$ 6,9 bilhões, contra US$ 6,1 bilhões de Jobs.

Do G1.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Tadinho do Tigrinho


Essa foto do Boston Globe não é montagem, é verídica. Esse filhote de tigre foi encontrado - nesta mala com outros tigres de pelúcia -  quando uma mulher tentava embarcar de Bangkok para o Irã, no dia 22 de agosto de 2010. Ela foi flagrada no raio X do aeroporto.

Apoio, Mas Não Assino o Manifesto em Defesa da Democracia


Em tempos complicados, quando se tenta  controlar a liberdade de imprensa e nosso pop presidente se acha o dono da opinião pública, tentei assinar agora o manifesto pela democracia no seguinte site: http://manifestoemdefesadademocracia.wordpress.com/,

Preenchi todos os pedidos e na hora de assinar pediram uma doação de no mínimo US$ 2,00 via cartão de crédito.

Desisti na hora.

Sobre a Arena do Grêmio


No dia 20 de setembro uma multidão de gremistas (dizem que foi 10 mil)  se deslocou para o Bairro Humaitá, em Porto Alegre,  para participar da cerimônia de início das obras da nova Arena do imortal tricolor. Nosso amigo Hélio Paz está muito desiludido com os novos rumos administrativos do Grêmio. Escrevi para ele a seguinte mensagem:

Hélio, semana passada tive um compromisso fora do estado e o céu estava limpo. O avião decolou do Salgado Filho e sobrevoou o bairro Humaitá. É um bairro miserável, paupérrimo. E fiquei pensando, em pouco tempo esse bairro vai mudar. Ele vai ser a porta de entrada de Porto Alegre. Vai ter a arena do Grêmio, seus edifícios, seus conjuntos comerciais, seu shopping, o acesso que liga ao Guaíba, à rodovia do Parque, a freeway. Vai ser tudo ali. E uma coisa puxa a outra. Outros prédios, outras residências, outros pontos comerciais vão surgir por ali, gerando empregos, renda. Isso  vai fazer circular capital (o que efetivamente importa), vai gerar impostos. E o Bairro Humaitá que é paupérrimo vai virar um bairro classe média. Assim como o Brasil que está saindo da exclusão social para a inclusão social. Isso é bom para todos, porque não interessa a ninguém a pobreza e a miséria.


Definitivamente, Porto Alegre vai mudar e mudança assusta. Por outro lado, acho que os sócios do Grêmio (e não sou sócio)  fez justiça com o Paulo Odone, talvez o grande presidente dos últimos anos. Foi Odone que tirou o Grêmio da segundona e colocou como vice da Libertadores. Odone tem liga, tem sorte e sabe escolher profissionais. Acho, por exemplo, que Odone não investiria no preguiçoso do Douglas, como faz a atual direção. Vai dar sim uma dor no coração quando o Olímpico for abaixo. Mas isso faz parte dos tempos de mudança. E Porto Alegre e o Brasil precisam mudar.

Se o Brasil Fosse a USP, Marina Silva Seria Presidente.


Vejam que interessante essa pesquisa realizada na Universidade de São Paulo, conforme matéria da Folha de hoje e que demonstra que o Brasil acadêmico,  mais conscientizado e com mais estudo não vota na Dilma.

Marina Silva (PV) aparece na frente entre os alunos da USP (Universidade de São Paulo), José Serra (PSDB) é o preferido dos professores e Dilma Rousseff (PT), dos funcionários, aponta pesquisa Datafolha em parceria com a ECA/USP (Escola de Comunicação e Artes).

No total, Marina tem 30% das intenções de voto na maior universidade pública do país, empatada tecnicamente com Serra (27%). Dilma obteve 21%, e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), 7%.

Dois deuses


Twittaram por ai que Serra contratou o Neymar para demitir a Dilma. No Brasil de hoje existem dois deuses: Lula e Neymar. E os dois têm tudo a ver, porque são arrogantes. Eles "se acham". Um é o "dono da opinião pública" e o outro não admite que seja contrariado por qualquer tipo de autoridade. Coisas do Brasil de hoje.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Basicamente, no Brasil, tudo é culpa da Zelite branca dominadora-exploradora traíra e inimiga do povo



Excelente e assino embaixo o editorial do Estadão de hoje. Quer saber o que é Zelite? Veja na Desciclopédia abaixo.

A elite que Lula não suporta


Nas encenações palanqueiras em que o presidente Lula invariavelmente se apresenta como o protagonista da obra de criação deste país maravilhoso em que hoje vivemos, o papel de antagonista está sempre reservado às "elites". Durante mais de 500 anos, as elites mantiveram o Brasil preso aos grilhões do subdesenvolvimento e da mais perversa injustiça social. Aí surgiu Lula, o intimorato, e em menos de oito anos tudo mudou. Simples assim.

Com essa retórica maniqueísta, sem o menor pudor Lula alimenta no eleitorado de baixa renda e pouca instrução - seu público-alvo prioritário - o sentimento difuso de que quem tem dinheiro e/ou estudo está do "outro lado", nas hostes inimigas. Mas a verdade é que o paladino dos desvalidos nutre hoje uma genuína ojeriza por uma, e apenas uma, categoria especial de elite: a intelectual, formada por pessoas que perdem tempo com leituras e que por isso se julgam no direito de avaliar criticamente o desempenho dos governantes. Por extensão, uma enorme ojeriza à imprensa. Com todas as demais elites Sua Excelência já resolveu seus problemas. Está com elas perfeitamente composto, afinado, associado, aliado e, pelo menos em outro caso específico, o das oligarquias dos grotões maranhenses, alagoenses, amapaenses e que tais, acumpliciado.
Até por mérito do próprio governo na condução da economia (nem sempre a imprensa ignora os acertos do poder público...), os ventos favoráveis que hoje, de modo geral, embalam o mundo dos negócios, muito especialmente os negócios financeiros, não permitem imaginar que o "poder econômico" considere Lula um inimigo ou uma ameaça e vice-versa.
É claro que em público o jogo de cena é mantido, com ataques, sob medida para cada plateia, aos eternos inimigos do povo. Mas na intimidade o presidente se vangloria, em seus cada vez mais frequentes surtos apoteóticos, de que hoje o poder econômico, nacional e multinacional, está submisso à sua vontade. Não é, portanto, essa elite que tem em mente nas diatribes contra os malvados que conspiram contra sua obra redentora.
A revelação de seu verdadeiro alvo Lula oferece cada vez que abre a boca. Como no dia 18, em Juiz de Fora: "Essa gente não nos perdoa. Basta que você veja alguns órgãos e jornais do Brasil (...) Porque na verdade quem faz oposição neste país é determinado tipo de imprensa. Ah, como inventam coisa contra o Lula. Olha, se eu dependesse deles para ter 80% de aprovação neste país eu tinha zero. Porque 90% das coisas boas deste país não é mostrado (sic)."
Então é isto. Imprensa que fala mal do governo não presta, extrapola os limites da liberdade de informar. Não é mais do que um instrumento de dominação das elites.


Assim, movido por sua arraigada tendência ao autoritarismo messiânico que é a marca de sua trajetória na vida pública, Lula parece cada vez mais confortável na posição de dono de um esquema de poder que almeja perpetuar para alegria da companheirada. Um modelo populista, despolitizado, referendado pela aprovação popular a resultados econometricamente aferíveis, mas que despreza valores genuinamente democráticos de respeito à cidadania, coisa que só interessa à "zelite". Tudo isso convivendo com a prática mais deslavada do patrimonialismo, coronelismo, clientelismo, tráfico de influência, cartorialismo, aparelhamento e tudo o mais que Lula e seu PT combateram vigorosamente por pouco mais de 20 anos, para depois transformar em seu programa de governo. E em toda essa mistificação o repúdio às elites é a palavra de ordem e a imprensa, o grande bode expiatório.

O diagnóstico seguinte foi feito, com as habituais competência e sutileza, por um dos mais notórios fantasmas de Lula, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em entrevista publicada no Estado de domingo: "Achei que (Lula) fosse mais inovador, capaz de deixar uma herança política democrática, mostrando que o sentimento popular, a incorporação da massa à política e a incorporação social podem conviver com a democracia, não pensar que isso só pode ser feito por caudilhos como Perón, Chávez, etc. (...) Mas Lula está a todo instante desprezando o componente democrático para ficar na posição de caudilho." Falou e disse.


Consultei a Desciclopédia sobre Zelite e deu isso:

A Zelite é uma sociedade não tão secreta muito conhecida em nosso país, conhecida por conspirar contra o povo, fazer festas pra cachorrinhos, não querer pagar CPMF, queimar índios, disputar rachas em carrões de luxo importados e blindados, ser dona de bancos e emissoras de TV, favorecer os grandes produtores, fumar charutos cubanos, atirar ovos podres da sacada de prédios de luxo, beber água mineral Perrier e Champagne francesa importada, colecionar relógios Rolex, comer caviar (contribuindo para a extinção do esturjão, uma espécie ameaçada), contratar Prostitutas de Luxo e pagar só a metade do michê combinado, e até exigir que Lula faça a barba, se alfabetize e quem sabe entre na faculdade.

Basicamente, no Brasil, tudo é culpa da Zelite branca dominadora-exploradora traíra e inimiga do povo, até o fato de sua mãe ter perdido a virgindade antes de VOCÊ!! A Zelite é a responsável por todos os problemas desse país e do mundo todo também.

O Brasil do Tiririca Vai Votar na Dilma

A Falência do Regime Estatista


A falência do regime socialista cubano é a demonstração cabal de que o estado, por si só, não tem condições de monopolizar a economia e as atividades econômicas. É  fundamental a participação ativa da iniciativa privada -- que gera empregos e paga impostos -- no mercado. Uma sociedade que vive apenas de serviço público não evolui. Pode até ter bons índices de saúde e educação, o que também é discutível, mas se faz  necessária, também, a participação da atividade econômica e livre iniciativa exercida por empresas privadas. Em Cuba a participação do setor privado é de apenas 5%. É indiscutível hoje que as empresas privadas devem atuar como parceira do estado, gerando empregos e renda aos trabalhadores.

O que parece incontestável é que o  modelo cubano faliu. Em Cuba até um flanelinha é servidor público. Não há como o estado cubano pagar salários para seus 5 milhões de servidores públicos e por isso vai ter de demitir 10% dessa força de trabalho, o governo já anunciou que vai demitir 500 mil até o primeiro trimestre de 2011.

O incrível paradoxo é que quem vai apresentar as propostas de cortes não é o governo, conforme Folha de hoje,  mas a Central dos Trabalhadores de Cuba, CTC, espécie de CUT local, que publicou ontem no jornal "Trabalhadores" os primeiros critérios que deverão nortear as 500 mil demissões que o governo do país deverá fazer até o primeiro trimestre de 2011.
Segundo a central, a "idoneidade" do trabalhador será um dos quesitos mais fortemente avaliados para decidir quem ficará e quem será demitido do serviço público.
Ora, segundo a  Central dos Trabalhadores de Cuba o critério será moral.

Em outras palavras, o critério de demissão proposto pela Central Sindical (que deveria lutar para manter os empregos)  não será técnico, o que demonstra que persite ainda, na ilha da dinastia Castro, o paternalismo socialista de manter nos cargos do poder os companheiros de luta e ideologia. Essa tradição socialista não ocorre apenas em Cuba, no Brasil de nossos dias, esse fato também é realidade, como bem se sabe.

Com a Faca e o Queijo Na Mão



Cartazes da Dilma míope e POP, da época em que ela não usava lentes de contato.

Apesar de tudo. Apesar das denúncias. Apesar dos aloprados. Apesar dos tráficos de influência no balcão de negócios da Casa Civil. Apesar de tudo isso, ele tem tudo, mas tudo mesmo,  para ganhar as eleições no próximo 3 de outubro. Denúncias feitas pela grande mídia cativa apenas parte da classe média brasileira que já decidiu em quem candidato votar. O povão já sabem em quem vai votar: na candidata do "dono da opinião pública" pelo simples fato de que seu governo melhorou a qualidade de vida de grande parte dos brasileiros. E que ela, se eleita já no primeiro turno, continue essa política essencial de inclusão social, porque isso é o que efetivamente importa. Mas temos de ficar alerta com esses movimentos -- que estão engrossando -- de controle da imprensa e da mídia. Hoje as Centrais Sindicais, o MST, a UNE (todos entes que abocanham substanciosas verbas públicas e esse governo ampliou esses valores) estão organizando um protesto contra a imprensa. Eles defendem o controle social da mídia. Ora, quem defende proposta como essa é porque tem culpa no cartório da corrupção.

sábado, 18 de setembro de 2010

O "Cara" se Acha


 Hoje em Campinas, SP, nosso pop presidente disse:

“Nós não precisamos de formadores de opinião. Nós somos a opinião pública”.

Esse metalúrgico que não fala espanhol, não fala inglês, não fala francês e falava 'menas laranja'... Esse metalúrgico vai pra Bolsa de Valores bater o martelo para capitalizar a maior capitalização da história da humanidade, nós vamos capitalizar a Petrobras, pra transformar ela maior, mais forte... Não será Bill Gates, Dilma. Não será George Soros. Não será o presidente dos Estados Unidos, o presidente da Alemanha, não será o presidente da França, a rainha da Inglaterra... Será o metalúrgico de São Bernardo do Campo que vai passar pra história com a maior capitalização que o capitalismo já fez no mundo. Isso tudo porque eu sou socialista".

Inimigos

Papa Bento XVI
Tadinha da Elisabeth II
George Bush
FHC e Lula - O cabra não tem lado.


Até o companheiro Ahmadinejad, vejam só!

Esse polêmico trabalho é de Gil Vicente, da série inimigos que está sendo exposto na Bienal de São Paulo. E a OAB-SP - francamente - intimou o presidente da Fundação Bienal de São Paulo, Heitor Martins, para retirar esse trabalho da amostra. O pedido foi recusado.

A Bombástica Veja Denuncia "Balcão de Negócios" na Casa Civil de Dilma



E a  bombástica Veja desta semana fazendo novas denúncias sobre o balcão de negócios que era a Casa Civil nos tempos de Dilma. Dessa vez o caso Tamiflu; Lembram do Tamiflu? Aquele medicamento  da gripe A. E era um  monopólio imposto pelo governo do pop presidente. O fabricante teria recebido  400 milhões de reais do governo e o ex assessor da Casa Civil, Vinicius Castro -- sócio do filho de Erenice -- teria recebido R$ 200 mil na brincadeira.

Em outra denúncia da Veja  o marido de Erenice também fazia tráfico de influências.

Segundo o site Terra:
 Matéria abaixo.


sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Nosso Destino É Mesmo a Hipocrisia

O novo ministro da Casa Civil e a escada da hipocrisia - charge de Jean.


Muito bom o editorial da Folha de hoje - A grande família -- sobre a demissão da ministra Erenice Guerra e as suspeitas de que a Casa Civil de Dilma Rousseff era, na realidade, um balcão de negócios. Todos sabem que a Folha é serrista, torce por José Serra, mas não admite isso de forma expressa. É uma torcida implícita, na surdina, hipócrita. Mas a política, nesse país, é mesmo uma grande hipocrisia.

Como foram  hipócritas, com todo o respeito e data venias, as últimas palavras de Erenice como Chefe da Casa Civil e braço direito do governo Lula:

Não posso deixar dúvida pairando acerca de minha honradez"
Mesmo com todas as medidas por mim adotadas, (...) a sórdida campanha para desconstituição de minha imagem, meu trabalho e minha família continuou implacável"
"Por ter formação cristã não desejo nem para o pior dos meus inimigos que ele venha a passar por uma campanha de desqualificação como a que se desencadeou contra mim e minha família. As paixões eleitorais não podem justificar esse vale-tudo".

Erenice quis posar de tadinha, mas eu não tenho nenhuma pena dela.

Abaixo, para quem quiser ler, o editorial da Folha de hoje que recomendo.


As Pesquisas Dizem: A Maioria Flutuante do RS OPTou


Eu sempre concordei com a  tese de que o PT no Rio Grande do Sul tem seu limite nos 30% e que existem outros 30% que são antiPT. E os outros 40% flutuam. Ou votam no PT ou votam no PMDB, PSDB, PDT, Demos etc. As pesquisas estão a indicar - todas elas sem exceções --que essa maioria flutuante de 40% no RS vai votar no PT, em Tarso Genro e também em Dilma. Por que isso? Primeiro lugar, porque o governo Yeda Crusius, PSDB-RS -- que não foi ruim -- foi extremamente incompetente politicamente. Yeda errou na sua arrogância e está prejudicar -- e muito -- a candidatura de José Serra no RS. Aliás, Serra quer distância de Yeda e faz muito bem. E o Fogaça, tadinho, não empolga é morno demais, é muito em cima do muro e o povo gaúcho - gladiador por natureza - não gosta muito de gente calminha. E Tarso, embalado pelo governo do pop presidente, capitaliza tudo isso. E tem a faca e o queijo na mão para ganhar a eleição, inclusive -- pasmem -- no primeiro turno. O redator desse blog torce para que haja segundo turno no Brasil e no Rio Grande do Sul. Em  2010 não está fácil  torcer, é muito sofrimento tanto na política como no futebol, porque o imortal tricolor, o greminho do coração é este ano um exército de medíocres.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Erenice - Ponta do Iceberg - Guerra Pede Demissão

Se tudo foi armação, invenção da mídia maldita, dos PIG´s da vida, por que motivos a Chefe da Casa Civil Erenice Guerra pediu demissão?



Sobre o assunto: Reinaldo Azevedo - que generaliza e esse talvez seja seu grande defeito:

O que isso significa? Que Erenice é Dilma — e Dilma, obviamente, é PT. No partido, o esquema é fordista. Cada um ou cada grupo se encarrega de uma etapa do processo de produção, até que se chegue ao produto final. Não existe espaço para “artesãos”, para “iniciativas pessoais”. As partes compõem o todo, mas o todo está sempre presente, como organização, em cada parte.



Paulo Maluf, por exemplo, jamais poderia ser petista. Não tem nada a ver com a sua moralidade ou com a do partido. Elas são absolutamente compatíveis. Todos eles querem e disputam a mesma coisa. É que Maluf não deixa de ser um romântico, entendem? Trabalha sozinho. Já o PT atua em grupo. Fosse para usar uma metáfora zoológica, Maluf seria um guepardo. Os petistas são como hienas. Se preciso, eles se juntam e tomam até a presa do guepardo, segundo a máxima de que hienas que tomam a gazela do guepardo tem cem anos de perdão.

Não é Onda Vermelha, Cara Pálida, é Onda Econômica


O Diário Gauche de hoje presta uma homenagem ao Zé Serra: um poema do poeta português, Miguel Torga:

Guerra Civil


É contra mim que luto
Não tenho outro inimigo.
O que penso
O que sinto
O que digo
E o que faço
É que pede castigo
E desespera a lança no meu braço
Absurda aliança
De criança
E de adulto.
O que sou é um insulto
Ao que não sou
E combato esse vulto
Que à traição me invadiu e me ocupou
Infeliz com loucura e sem loucura,
Peço à vida outra vida, outra aventura,
Outro incerto destino.
Não me dou por vencido
Nem convencido
E agrido em mim o homem e o menino

Miguel Torga (1907-1995), poeta português



Meu pitaco: É bom esse Miguel Torga que diria, com absoluta certeza:


É a economia, cara pálida. O Brasil silencioso (sem bandeiras e ondas vermelhas) está votando na Dilma, porque a economia vai bem. Isso ocorreu quando o Brasil votou no PMDB no governo Sarney, na época daquela farsa chamada  Plano Cruzado. Essa eleição não tem nada de ideológica ou de preferência do povo brasileiro pela esquerda. É a onda econômica que atinge os corações e mentes do brasileiro que gosta de consumir.

"Excesso de Liberdade de Expressão"

É de deixar de cabelos em pé o que disse o José Dirceu anteontem em um discurso para companheiros sindicalistas, pescado do Blog do Josias:


- Liberdade de expressão: “Dizem que nós queremos censurar a imprensa. Diz que o problema é a liberdade de imprensa. O problema do Brasil é excesso, [...]  abuso do poder de informar, o monopólio e a negação do direito de resposta e do direito da imagem. [...] Os tribunais brasileiros estão formando jurisprudência. Se vocês lerem os discursos do Carlos Ayres Britto [ministro do STF], aquilo não é voto é discurso político, que a liberdade de imprensa está ameaçada no Brasil, que é um escândalo...”



Como disse o Diego Casagrande ontem no seu programa na Band News. Zé Dirceu não gosta da liberdade de expressão, porque se não fosse ela ele seria candidato.

Quarenta Mil Por Mês Para a Dama de Ferro



Graças a grande mídia o Brasil está começando a descobrir o que rola embaixo dos tapetes do governo Lula (a corrupção neste país começou em 1.500). Vejam, abaixo, a entrevista deste empresário que se encontrou com Erenice e o filho dela, Israel e que fala de uma tal Dama de Ferro que precisa de dinheiro urgente, porque tem dívidas a pagar. Muito embora, há de se dizer isso, esse empresário já teve duas condenações na justiça de SP, conforme esclarece a própria Folha.

Empresa acusa filho de Erenice de cobrar comissão (5%)  para liberar crédito no BNDES.

Uma empresa de Campinas confirma que um lobby opera dentro da Casa Civil da Presidência da República e acusa filho da ministra Erenice Guerra de cobrar dinheiro para obter liberação de empréstimo no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Interessada em instalar uma central de energia solar no Nordeste, a EDRB do Brasil Ltda. diz que o projeto estava parado desde 2002 na burocracia federal até que, no ano passado, seus donos foram orientados por um servidor da Casa Civil a procurar a Capital Consultoria. Trata-se da firma aberta em nome de um dos filhos de Erenice.

O empresário Rubnei Quícoli, sócio da EDRB, concedeu essa  entrevista à Folhade hoje: 

Folha - Quando e como você foi apresentado à empresa Capital?


Rubnei Quícoli - Me foi apresentado o Marco Antonio [ex-diretor dos Correios]. Ele ficou durante um tempo como diretor dos Correios e me trouxe o [sobrinho dele, que trabalhava na Casa Civil] Vinícius, onde foram viabilizados esses e-mails para poder ir para a Casa Civil para demonstrar esse projeto.
É lógico que o pessoal viu o tamanho do investimento e todo mundo criou uma situação favorável para ele, em termos de participação e intermediação. Acho que todo mundo que trabalha tem direito a alguma coisa, mas dentro de uma coisa normal.
Estive na Casa Civil junto com a Erenice, que era a secretária-executiva da Casa Civil. A Dilma não pôde me receber, estava com outros afazeres. Ela sabe do projeto, recebeu em 2005, se não me engano. O documento foi encaminhado para o MME [Ministério de Minas e Energia]. Houve essa reunião com a Erenice, que encaminhou isso para a Chesf. A Chesf teve reunião conosco, me parece que um deles teve problema de saúde, isso acarretou todo esse tempo em que aconteceu esse contrato de participação, de intermediação.Eu fiquei horrorizado de ter que pagar R$ 40 mil por mês para eles terem um favorecimento de acesso. Para que eu vou pagar se não vai sair [o crédito]? Eles diziam que iria sair, para dar sustentação e eu pagar os R$ 40 mil. E eu decidi com [os sócios] o Aldo e o Marcelo não pagar nada e esperar ver.


Folha: Quando você conversou com o Vinícius, ele se apresentou como da empresa Capital?
Não, ele disse que iria me levar para o escritório que daria a sequência do trabalho, que precisaria do escritório para dar manutenção, assessoria e consultoria para a gente não ficar desprotegido.

Folha: Erenice prometeu fazer algo?


Ela se colocou num patamar assim: "Vou ver onde eu coloco isso". Ela colocou que a Chesf seria a empresa recomendada porque está no Nordeste. Nessa condição ela agiu corretamente. [...] Até então eu nem sabia da existência da Capital, para mim o negócio estava sendo direcionado ao governo. Eu não sabia que existia propina no meio, contrato, que eu teria que pagar. Não dá para entender a pessoa deixar um filho [Israel Guerra] tomar conta de um ministério. É um projeto que foi investido muito dinheiro para parar por conta de propina.

Folha: O senhor recebeu e-mail com cobrança. O que queriam?
A ideia principal era amarrar o aporte e a manutenção de R$ 40 mil para eles porque era final de ano. A gente sabe como funciona Brasília. Eles [a Capital] queriam receber antecipadamente uma mensalidade para poder se manter. Quem está fazendo uma intermediação de R$ 9 bilhões e vai se preocupar com R$ 40 mil por mês? Não dá para entender.

Folha: Como você reagiu quando pediram dinheiro?
Eu mandei, desculpe a expressão, para a puta que o pariu. Falei: "Vocês estão de brincadeira?" [Disse] que não assinava nada.


Folha: Em que momento o Israel apareceu?
O que aconteceu depois? Isso foi informação do Marco Antônio. Ele falou que precisava de R$ 5 milhões para poder pagar a dívida lá que a mulher de ferro tinha. Que tinha que ser uma coisa por fora para apagar um incêndio.

Quem era a mulher de ferro?
A mulher de ferro é a Dilma e a Erenice, as duas. Não sei quanto é a dívida de uma e de outra. Eu sei que a Erenice precisava de dinheiro para cobrir essa dívida. O Marco Antônio é que pediu. Eu falei: "Eu não vou dar dinheiro nenhum. Eu estou fazendo um negócio que é por dentro e estou me sentindo lesado".
Aí o Marco Antônio falou: "O Israel, filho da Erenice, bloqueou a operação porque você não deu o dinheiro". Isso é a palavra do Marco Antônio. Eu respondi: "Não tenho conversa com bandido". Isso aconteceu há três meses. Foi o último contato com eles.


Você esteve com o Israel?
O encontro foi no escritório do Brasília Shopping. O Israel nunca pediu nada porque eu não dei chance. Eu não sabia que ele era filho da Erenice. Soube pelo Marco Antônio. Quanto à atitude dele, barrar um negócio desse por conta do dinheiro me deixou totalmente nervoso, com atitude até agressiva.