Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


sábado, 4 de setembro de 2010

Coco & Igor


Ela ficou impressionada com a sagração da primavera, a música, a coreografia, aqueles celos impietuosos. Havia ali uma ruptura e ela sempre gostou disso.  O teatro estava um caos, dizem que foi um motim,  pessoas se retiravam indignadas, mas ela ficou. Isso aconteceu em 1913. Depois, com a revolução de 17, ele   teve de deixar São Petersburgo e viver em Paris, o apartamento é apertado para ele,  seus filhos e sua mulher doente. E um artista precisa de espaço para trabalhar.

Na Paris da  década de 20, ela circula elegante. Ela transgride:  usa pijamas, calças, chapéus, cabelos curtos. Sempre exigente se considerava artista e não apenas uma vendedora de tecidos e perfumes. Capitalista, comentava-se que ela colecionava pessoas. E isso era um incômodo para ele -- que com sua família - estava hospedado na casa de campo dela. No cenário de composições, quartos mouros e chineses,  paredes negras, sala de música, piano, terrines, vinhos e conhaques  eles trocam confidências e intimidades.

Eles transgridem com eles mesmo. A ruptura é recíproca. E a história não podia dar certo. Dizem que ela financiou seus trabalhos. Certas biografias omitem essa história. E, finalmente, surge um belo filme que conta tudo.

Um comentário:

Terráqueo disse...

Esse filme é maravilhoso. Quero rever mais algumas vezes, pois existem uma série de sinais sutis, que valem ser reexaminados.