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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Luiz Fernando Veríssimo é a Velhinha de Taubaté

Gosto de ler Luiz Fernando Veríssimo, mas quando ele fala em politica raramente concordo com ele. Ele é um cabra inteligente, escreve bem e eu respeito, mas, indicustivelmente, ele  força a barra. Na sua coluna de hoje em Zero Hora, na íntegra abaixo, ele fala sobre a corrida de 10 dias para as eleições. Ele começa assim: De hoje à data da eleição, teremos 10 dias de manchetes nos jornais e duas edições da Veja.

Essa é uma típica frase dissimulada e isso é profundamente irritante. LFV se faz de avestruz, ele simplesmente não quer ver, não admite nem se aprofundar no assunto sobre as picaretagens e falcatruas que ocorrem nas salas ao lado da Dilma e do Lula. É claro que fraudes desse tipo sempre ocorreram no Brasil, mas antes quando uma notícia dessas circulava pela mídia, o Luiz Fernando Veríssimo criticava exatamente aqueles que não queriam enxergar.

E por isso ele criou a velhinha de Taubaté. Hoje a velhinha de Taubaté é LFV.

Coisas do Brasil de nossos dias.

O artigo de LFV na ZH está abaixo.


Corrida de 10 dias



De hoje à data da eleição, teremos 10 dias de manchetes nos jornais e duas edições da Veja. Não sei até quando podem ser publicadas as pesquisas sobre intenção de voto, mas até a última publicação – aquela que, segundo os céticos, é a mais confiável, pois é a que garante a credibilidade e o futuro dos pesquisadores – veremos uma corrida emocionante: o noticiário perseguindo os índices da Dilma para tentar derrubá-los antes da chegada, no dia 3. O prêmio, se conseguirem, será um segundo turno. Se não conseguirem, a única dúvida que restará será: se diz a presidente ou a presidenta?
Até agora, as notícias de corrupção na Casa Civil não afetaram os índices da Dilma. Estou escrevendo na terça, talvez as últimas pesquisas mostrem um efeito retardado. Mas ainda faltam 10 dias de manchetes e duas edições da Veja, quem sabe o que virá por aí? O governo Lula tem um bom retrospecto na sua competição com o noticiário. A popularidade do Lula não só resistiu a tudo, inclusive às mancadas e aos impropérios do próprio Lula, como cresceu com os oito anos de denúncias e noticiário negativo. Desde UDN x Getúlio, nenhum presidente brasileiro foi tão atacado e denunciado quanto Lula. Desde sempre, nenhum presidente brasileiro acabou seu mandato tão bem cotado. Acrescente-se ao paradoxo o fato de que o eleitorado brasileiro é, tradicionalmente, às vezes simplisticamente, moralista. Elegeu Jânio para varrer a sujeira do governo Juscelino, elegeu Collor para acabar com os marajás, aplaudiu a queda do Collor por corrupção presumida e houve até quem pedisse o impedimento do Itamar por proximidade temerária com calcinha transparente. Mas o moralismo tornou-se politicamente irrelevante com Lula e, por tabela, para os índices da Dilma . É improvável que volte a ser decisivo em 10 dias. Mas nunca se sabe. O que talvez precise ser revisado, depois dos oito anos do Lula e depois destas eleições, quando a poeira baixar, seja o conceito da imprensa como formadora de opiniões.
Mas a corrida dos 10 dias começa hoje e seu resultado ninguém pode prever com certeza. Virá alguma bomba de fragmentação de última hora ou tudo que poderia explodir já explodiu? O que prevalecerá no final, os índices inalterados da Dilma ou o noticiário? Faça a sua aposta.

4 comentários:

senna madureira disse...

Maia


Lembro, que a uns seis anos atras, quando falamos a primeira vez sobre o aspecto politico do LFV, vc. respondeu:

-" Ele é um sujeito nascido em berço de ouro que gosta de brincar de ser "comunista".

Ainda prefiro ele escrevendo livros de ficção ou tocamdo saxofone

Senna Madureira

Carlos Eduardo da Maia disse...

Com efeito, Mestre Senna, com efeito.

LFV fica enlouquecido quando alguém critica o velho Érico. Já brigou com diversas pessoas por causa disso. Só que Érico -- ao contrário de LFV -- não era alinhado com uma certa esquerda.

Carlos Arruda disse...

A Velhinha de Taubaté tá mais pra ti Maia que não quer reconhecer que a velha mídia tenta criar desesperadamente uma crise às vésperas da eleição para ver se provoca um segundo turno.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Arruda, a mídia faz muito bem em mostrar ao povo brasileiro que o governo do PT é imoral como todos os outros.