Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


terça-feira, 14 de setembro de 2010

República de Bananas


Dilma e Erenice que admite que  recebeu em seu apartamento seu filho lobista e o cliente dele: Fábio Bacarat. O negócio rendeu milhões de comissão.


Parte final do editorial da Folha de hoje:


Quem submete o interesse público às gestões da conveniência privada é o lobista que, valendo-se de parentesco direto com alguém do governo, recebe remuneração para assessorar empresas no intuito de abocanhar algum contrato.


Seria inconcebível, em qualquer país que já tenha abandonado o estágio de republiqueta de bananas, uma situação em que o filho de uma ministra de Estado atende, do seu próprio balcão, aos interessados em fazer negócios com o governo.


Seria também inconcebível, em qualquer país que não vive sob um Estado policial, uma situação em que funcionários do governo violam o sigilo fiscal de familiares de um líder da oposição.


É inaceitável, por fim, que numa estrutura marcada pela indicação pessoal -de que é símbolo a própria invenção, por Lula, da candidata Dilma-, todas as personagens com real poder de decisão sobre o que acontece no governo insistam, como acontece há anos no Brasil, em dizer que "nada sabiam" sobre as atividades de seus mais diretos assessores.


E que repitam, a cada escândalo, a promessa de que tudo será investigado com rigor. Nada seria nem sequer revelado, não fosse a imprensa exercer o papel que lhe cabe e contra o qual se insurgem com a arrogância de sempre.

O editorial inteiro está abaixo:


Editoriais







editoriais@uol.com.br


Arrogância de sempre






Relações de representantes do PT com a imprensa mais uma vez repetem, no caso Erenice Guerra, um padrão inaceitável de conduta






A candidata Dilma Rousseff reagiu com expressões veementes, no debate Folha/Rede TV! deste último domingo, a uma pergunta sobre as recentes denúncias de tráfico de influência envolvendo o filho de sua principal assessora, e atual ministra da Casa Civil, Erenice Guerra.


"Eu não concordo, não vou aceitar, que se julgue a minha pessoa baseado no que aconteceu com o filho de uma ex-assessora minha." Dirigindo-se diretamente à jornalista, prosseguiu. "Você acha correto responsabilizar o diretor-presidente da tua empresa pelo que foi feito pelo filho de um funcionário dele?"


Beneficiada pela regra que proíbe réplicas dos jornalistas, Dilma Rousseff não apenas se esquivou de tratar dos pormenores do caso, como também fez uso de um subtexto frequente nas relações de petistas com seus entrevistadores.


Com efeito, é comum que tratem o jornalista não como alguém investido da função democrática e pública de questioná-los sobre temas incômodos, mas como uma espécie de funcionário a serviço dos donos de uma empresa.


Perguntar sobre um escândalo envolvendo a administração pública e os recursos do contribuinte não seria, segundo essa visão, defender os interesses da sociedade contra os abusos dos governantes, mas simplesmente seguir as ordens de algum chefe.


Todavia, quem segue ordens de um chefe, quem mistura interesses privados a questões de ordem pública, quem age de forma subserviente, quem conspira e quem se esconde não é o jornalista nem os que administram a empresa da qual faz parte.


O comportamento é, isso sim, típico de quem sabe ter à sua volta uma corte invertebrada de assessores, militantes, bajuladores e negocistas, incapazes de qualquer tipo de manifestação crítica.


Quem submete o interesse público às gestões da conveniência privada é o lobista que, valendo-se de parentesco direto com alguém do governo, recebe remuneração para assessorar empresas no intuito de abocanhar algum contrato.


Seria inconcebível, em qualquer país que já tenha abandonado o estágio de republiqueta de bananas, uma situação em que o filho de uma ministra de Estado atende, do seu próprio balcão, aos interessados em fazer negócios com o governo.


Seria também inconcebível, em qualquer país que não vive sob um Estado policial, uma situação em que funcionários do governo violam o sigilo fiscal de familiares de um líder da oposição.


É inaceitável, por fim, que numa estrutura marcada pela indicação pessoal -de que é símbolo a própria invenção, por Lula, da candidata Dilma-, todas as personagens com real poder de decisão sobre o que acontece no governo insistam, como acontece há anos no Brasil, em dizer que "nada sabiam" sobre as atividades de seus mais diretos assessores.


E que repitam, a cada escândalo, a promessa de que tudo será investigado com rigor. Nada seria nem sequer revelado, não fosse a imprensa exercer o papel que lhe cabe e contra o qual se insurgem com a arrogância de sempre.





2 comentários:

REINALDO AZEVEDO (SOU SEU FÃ CARA!) disse...

ACHO UMA IDIOTICE ESSE POST. REPUBLICAR O QUE DIZ O EDITORIAL DO ESTADAO OU DA FOLHA PRÓ-SERRA NÃO AJUDA EM NADA NA DEMOCRACIA.

E DIGO PORQUE NÃO AJUDA. HÁ INÚMEROS NEGÓCIOS ESCUSOS EM SÃO PAULO QUE TEM ESSAS EMPRESAS COM O EX-GOVERNADOR. NA EDITORA ABRIL, ASSIM COMO NESSA IMPRENSA PAULISTA (QUE NÃO QUER LARGAR A ALCUNHA DE 'DONOS DO PODER') SEMPRE HOUVERAM LOBBISTAS E EMPRESAS LARANJAS PARA INTERMEDIAR OS NEGÓCIOS COM SERRA.

A PROVA DISSO É QUE ESSAS DENUNCIAS SÃO CONHECIDAS PELOS JORNALISTAS DESDE O ANO PASSADO, MAS FORAM 'GUARDADAS' PARA APARECER NA MÍDIA NUM PROVÁVEL MOMENTO COMO ESSE: A QUEDA NAS PESQUISAS DO CANDIDATO FAVORITO DELES.

TUDO UMA MANIPULAÇÃO PREMEDITADA DE QUEM NA VERDADE ESCONDE SEU PROPRIO RABO PRESO.

REINALDO AZEVEDO (SOU SEU FÃ CARA!) disse...

RABO SUJO