Nas eleições passadas eram poucos os empresários que apoiaram -- explicitamente -- candidatos petistas. Na eleição de 2002, por exemplo, esse era o rol: Antoninho Marmo Trevisan (Trevisan), Laurence Pih (Moinho Pacífico), José Pessoa de Queiroz Bisneto (Grupo J.Pessoa), Paulo Feldman (Ernst Young), Oded Grajew (Instituto Ethos) e Hélio Cerqueira (Estapar). E a lista parava por ai.
Empresário não dá ponto sem nó, sobretudo os graúdos. Uma grande empresa necessita de financiamentos e parcerias com o poder estatal. E o apoio explícito pode representar sim possibilidades de benefícios futuros. Não estou a criticar o PT e a Dilma por isso. Eles têm todo o direito de atrair para o seu lado a nata do empresariado nacional. Só falta avisar a turma do barulho, a turma do anticapital, que é essa a política que está sendo implementada.
Matéria da ZH de hoje.
Diniz articula chá de apoio a Dilma
Passados mais de 20 anos, o empresário Abílio Diniz, presidente do Conselho de Administração do Grupo Pão de Açúcar, volta a cruzar os caminhos do PT em uma eleição presidencial. Hoje, ele recebe a candidata Dilma Rousseff (PT) para um chá. Em 1989, o empresário esteve sequestrado por seis dias. Ao ser libertado, os autores do crime foram expostos pela polícia com camisetas petistas – o que prejudicou a imagem do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva.
No encontro de hoje, Diniz colaborará para que Dilma possa se aproximar do empresariado.
A maior parte dos convidados são mulheres de empresários paulistas.
Em março, durante um evento do Grupo Pão de Açúcar, Diniz teria se declarado um eleitor de Dilma e defendido que a candidata tem “todas as condições” de levar adiante o “legado” do governo Lula, que envolve geração de emprego e distribuição de renda.
No episódio de 1989, Diniz acabou como personagem involuntário. O crime só foi elucidado em 1993 e os sequestradores, liderados por dois argentinos, dizem ter sido forçados a vestir as camisetas do PT por policiais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário