Patrícia Galvão, a Pagu, que escreveu diversos artigos para periódicos brasileiros
O Partido "tinha razão".
De degrau em degrau desci a escada das degradações, porque o Partido precisava de quem não tivesse um escrúpulo, de quem não tivesse personalidade, de quem não discutisse. Reduziram-me ao trapo que partiu um dia para longe, para o Pacífico, para o Japão, e para a China, pois o Partido se cansara de mim gato e sapato. Não podia mais me empregar em nada: estava 'pintada' demais.
Mas, não haviam conseguido destruir a personalidade que transitoriamente submeteram. E o ideal ruiu, na Rússia, diante da infância miserável das sarjetas, os pés descalços e os olhos agudos de fome. Em Moscou, um grande hotel de luxo para os altos burocratas, os turistas do comunismo, para os estrangeiros ricos. Na rua, as crianças mortas de fome: era o regime comunista.
Um comentário:
Muito bom. Pagu foi interessantíssima.
Postar um comentário