Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


segunda-feira, 7 de junho de 2010

No Consulado Americano


Era um jovem casal do interior do Rio Grande do Sul, ambos loiros. Eles foram chamados para se dirigirem à cabine 2. O homem de meia idade e de óculos, com forte sotaque, analisou, na tela do computador, o formulário enviado e, depois, disse pelo estridente microfone, do outro lado do vidro blindado: -- sinto muito, vocês não comprovaram que têm dinheiro para fazer essa viagem aos Estados Unidos. Seus vistos não podem ser concedidos. O rapaz tentou argumentar, sem sucesso. As pessoas postadas na fila -- que ouviram toda a conversa -- olhavam para os cantos e para o chão. O casal saiu humilhado em direção à rua, no centro do Rio.


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Um brasileiro para conseguir visto nos EUA tem de pagar, para início de conversa, R$ 38,00 para ter acesso a senha e ingressar no o site da embaixada americana no Brasil onde deve preencher o formulário que é enviado, via internet, ao consulado respectivo. Depois deve pagar US$ 140,00, por pessoa, numa agência do Citibank, que é a taxa do visto. Além disso, o vivente que não mora no Rio, São Paulo, Recife ou Brasília tem de se deslocar até essas cidades onde existem consulados ou embaixada para realizar a entrevista. E, por fim, lá chegando corre-se o risco de ser humilhado em público na entrevista que deveria ser realizada com portas fechadas, mas não é. Se o visto for recusado o dinheiro não é devolvido.

2 comentários:

Fábio Mayer disse...

Bem, cabe ao Brasil usar apenas do critério internacional de RECIPROCIDADE.

Mas quando o Brasil fez isso, enquanto nas alfândegas americanas o processo de "check-in" era eletrônico e eficiente, aqui, foi feito com fichinhas de cartolina, máquinas fotográficas analógicas e almofada e carimbo para pegar as digitais.

Por isso que deu galho!

Agora, fazendo as coisas direito, ninguém, nem os americanos teriam o que reclamar: Quer vir ao Brasil? Turismo? Bem, então, tem que ter dinheiro suficiente para pagar hotel, traslados e passagem de volta pelo tempo que deseja ficar, se não tiver, simples: SEM VISTO!!!

Basta fazer as coisas dentro da Lei e do bom senso (no caso, dentro da Lei Internacional) que já, já, o consulado americano deixa de ser tão casca grossa!

Terráqueo disse...

Acho correto o Brasil utilizar o critério de reciprocidade, mas não precisa abusar. A fila da imigração brasileira no Rio é tão longa que supera com folga a lenta e antipática imigração norte-americana, no quesito maltrate o turismo. Aliás, somente em Portugal vi algo semelhante, e olha que a imigração de Miami é terrível.