Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quarta-feira, 23 de junho de 2010

O Choro das Viúvas do Futebol Arte

Seleção brasileira de 70 - Félix era um goleiro baixo, Clodoaldo era o único volante e cinco  atacantes "faceirinhos".  Essa seleção absolutamente técnica, que não marcava,  não teria chances hoje.

As viúvas do futebol arte, como meu amigo Senna Madureira, estão chocadas com o futebol feio da Copa da Africa.

Mestre Senna é a "carpideira" que mais chora:

A grande verdade é que a atual Copa é A PIOR TECNICAMENTE DE TODOS OS TEMPOS.

Não há um time de alta qualidade.
Apenas as firulas normais de propaganda enganosa.
(...)
O time do Brasil, como os outros, é muito fraco e pobre de talentos.
Sábio, o povo brasileiro já colocou suas barbas de molho.
Dunga, Globo, Maradona, Messi e outros que tais são irrelevantes, pois a Copa da Africa do Sul É UM TREMENDO FRACASSO, inclusive técnico.

Ao Senna e amantes do falecido futebol arte e da boa técnica:
O futebol hoje é de força física, organização e competição. O Brasil ganhou a copa da Asia, em 1992, com o Felipão exatamente porque jogou futebol mais ou menos feio, havia também técnica,  mas o futebol era, acima de tudo,  engajado e raçudo. Não tinha bola perdida.  Parreira tentou fazer uma seleção organizada em 1996, mas falhou, porque, talvez, não tenha agido como hoje faz o Dunga.Foi muito liberal, liberal demais e, no final das contas, a cena marcante daquela copa: o Roberto Carlos ajeita as meias enquanto o Thierry Henry fazia o gol que desclassificou o Brasil.

O meu Grêmio, imortal tricolor, foi o primeiro time brasileiro a jogar futebol de competição. Na época, meados dos anos 90, dirigido por Felipão Scolari, era muito criticado, porque diziam, abusava da violência. Resultado, foi campeão brasileiro, bi da Libertadores e só perdeu a final do mundial de Interclubes para o Ajax nos penaltis.

O futebol arte, o futebol bonito, o futebol da época de Pelé, Tostão, Gerson, Rivelino, Zico, Falcão e Sócrates já era, é passado. A técnica ainda sobrevive e é necessária, mas apenas futebol técnico não ganha, hoje em dia, copas e  campeonatos.

E vou além, se os canarinhos de 1970 entrassem hoje no gramado e desafiasse uma Africa do Sul ou uma Nigéria da vida, possivelmente perderiam, porque não teriam chances de resistir a marcação do futebol que se joga hoje, de força física.  Vejam só, a  seleção de Zagalo de 70 tinha apenas um volante de marcação, o Clodoaldo. Gerson, Pelé, Rivelino não marcavam. Não se joga mais futebol assim.

3 comentários:

Fábio Mayer disse...

O Brasil de 70, mesmo com Pelé, não passaria da primeira fase da Copa... de 1990, que dizer desta!

senna madureira disse...

Maia, velho amigo

Não faz assim, não faz mais não.

Não misture quantidades heterogêneas

Minhas saudades apenas são Vinicianas, quando pergunto à vida onde anda um velho amigo que a gente não vê.

Deus me deu minha vida de presente com alguma durabilidade.

Vivi a Era de Aquarius, Maia

Reclamar de que ?

Ontem o livro de papel, hoje o meu "kinder" eletrônico.

Tudo isso é divino e tudo é maravilhoso, como diz Belchior.

O futebol mudou para pior.

Com torcedor e fá de futebol eu mudei também pois troquei os estádios pelo conforto da poltrona da minha sala e o fantástico "per per view".

É outro mundo, Maia

Não há comparação

Carlos Eduardo da Maia disse...

É verdade, Senna. Tudo muda -- e ainda bem que tudo muda. Seria uma imensa chatice viver na rotina de sempre. E o futebol também. E as chances do Brasil na Copa estão aumentando. Os bambas estão caindo.

Fábio, apesar das diferenças e da impossibilidade de comparação, é isso mesmo. A gente vendo as imagens da copa de 70 parece que aquele é outro esporte. O jogo fluia e a marcação era escassa. Parece que não haviam volantes naquela época.