O governador Tarso Genro --PT-RS, aquele que não é um Olívio -- está em Havana, Cuba, tentando fechar negócios para o Rio Grande do Sul. Coisas do tipo, vender vinhos e espumantes gaúchos nos hotéis e resorts da ilha da dinastia Castro. Esse blogueiro não é contra essa visita.
Os jornalistas gaúchos circulam por Havana. Um dele é Juremir Machado da Silva, copio e colo algumas impressões dele, de seu blog;
Tarde de Domingo em Havana
Depois da abertura da Feira Internacional, fui ao centro de Havana.
Cores, sol, atmosfera e pulsação.
Voltei para o hotel, escrevi um pouco e fui andar.
Arranjei conversas com jovens cubanos.
Um deles me diz: “O futuro nunca chega”.
Uma menina de 16 anos discorda: “Não será sempre assim. Vai mudar. Está mudando”.
Uma velha aproxima-se. Espicha o ouvido. Diz: “Nada é para sempre”.
Lembro-me de um título de Louis Althusser: o futuro dura muito tempo.
Depois da abertura da Feira Internacional, fui ao centro de Havana.
Cores, sol, atmosfera e pulsação.
Voltei para o hotel, escrevi um pouco e fui andar.
Arranjei conversas com jovens cubanos.
Um deles me diz: “O futuro nunca chega”.
Uma menina de 16 anos discorda: “Não será sempre assim. Vai mudar. Está mudando”.
Uma velha aproxima-se. Espicha o ouvido. Diz: “Nada é para sempre”.
Lembro-me de um título de Louis Althusser: o futuro dura muito tempo.
Filosofia cubana
Estou em Havana. Saio para caminhar, perto do hotel, pouco depois das sete horas de manhã. Está escuro. A temperatura é agradável. Sento-me para desencasar. Um cubano de cabelos brancos se aproxima. Puxa conversa.
– Francês?
– Brasileiro.
– Fazendo turismo?
– Trabalhando.
Dois minutos depois, estou fazendo a pergunta de sempre, como se não houvesse mais o que falar com cubanos, com a certeza de, enfim, desvendar o enigma.
– E a revolução?
– Resiste.
– Mas o senhor gosta?
– Por que caminha de manhã?
– Não caminho.
– Como não?
– Só estava tentando conhecer as imediações do hotel.
– Eu também.
– Ainda não conhecia as imediações do hotel?
– Sim, claro, vivo aqui desde sempre.
– Então?
– Vamos caminhando.
Resolvo aproveitar a situação e ser incisivo:
– Falta-lhe liberdade?
– Muita. E dinheiro, juventude e projetos.
– Teria tudo isso se Cuba não fosse comunista?
– Você tem?
– Vivo num país livre.
– Sim, imagino. O que é mesmo a liberdade?
– Francês?
– Brasileiro.
– Fazendo turismo?
– Trabalhando.
Dois minutos depois, estou fazendo a pergunta de sempre, como se não houvesse mais o que falar com cubanos, com a certeza de, enfim, desvendar o enigma.
– E a revolução?
– Resiste.
– Mas o senhor gosta?
– Por que caminha de manhã?
– Não caminho.
– Como não?
– Só estava tentando conhecer as imediações do hotel.
– Eu também.
– Ainda não conhecia as imediações do hotel?
– Sim, claro, vivo aqui desde sempre.
– Então?
– Vamos caminhando.
Resolvo aproveitar a situação e ser incisivo:
– Falta-lhe liberdade?
– Muita. E dinheiro, juventude e projetos.
– Teria tudo isso se Cuba não fosse comunista?
– Você tem?
– Vivo num país livre.
– Sim, imagino. O que é mesmo a liberdade?
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