Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


segunda-feira, 24 de junho de 2013

Manifesto dos Jornalistas da Zero Hora



Enganam-se aqueles que dizem que esses protestos são capitalizados pela direita. A extrema esquerda também faz parte, porque insiste em chegar ao prédio da Zero Hora. São os mesmos que querem exercer o tal controle social da mídia e que queria, vejam só, que a Dilma, no seu pífio pronunciamento de sexta-feira insistisse sobre esse mesmo tema. Por isso o manifesto dos jornalistas da ZH:

MANIFESTO DOS JORNALISTAS DE ZERO HORA
Nos últimos dias, a Redação de Zero Hora esteve sob ameaça em duas ocasiões, e isso pode ocorrer outras vezes.
Na segunda-feira, dia 17, e na quinta-feira, dia 20, o Batalhão de Operações Especiais fez barreiras quase em frente ao jornal. Havia - e há - informações de que grupos de vândalos tinham a intenção de depredar, invadir e mesmo incendiar o prédio enquanto dezenas de pessoas estavam ali trabalhando, entre as quais jornalistas, radialistas e inúmeros outros profissionais de áreas como manutenção, alimentação e segurança.
A imensa maioria dos manifestantes, como o jornal tem destacado, quer protestar de forma pacífica contra governos e diferentes instituições, aí incluída a imprensa. Zero Hora, porém, tornou-se alvo de grupos que defendem abertamente o uso de métodos violentos de protesto, como incendiar veículos e vandalizar prédios.
Como todos os brasileiros, torcemos para que desse movimento resulte, dentro dos marcos da ordem democrática, um país mais justo e uma imprensa melhor.
Nosso papel, neste momento, é noticiar, analisar, refletir as diferentes visões da sociedade sobre o que se vê nas ruas. Desde os protestos contra o aumento das passagens em Porto Alegre, Zero Hora tem dado espaço para múltiplas opiniões sobre o assunto, tentando refletir a pluralidade do movimento e contribuindo para que cada leitor se posicione diante dos acontecimentos. Ainda assim, uma minoria violenta e radical ameaça invadir nosso local de trabalho.
Nesta Redação, trabalham quase duas centenas de profissionais. Quem faz a Zero Hora que você lê são jornalistas que procuram atender ao interesse do público. Acertamos e erramos. Fazemos autocrítica e ouvimos com extrema atenção as críticas dos leitores porque sabemos que estamos sujeitos a errar. Trabalhamos, todos os dias, para sermos cada vez mais transparentes e para aperfeiçoarmos o produto que entregamos ao leitor. Acreditamos que, com todas as suas falhas, a imprensa livre é fundamental para a democracia. Calar a imprensa significa eliminar um canal de troca de informação e debate. Perde a sociedade e perde a democracia.
Por esse motivo, queremos trabalhar, queremos ouvir o público. Queremos cobrir as manifestações da forma mais plural possível. É nosso papel e nossa forma de contribuir para a evolução da sociedade. Mas não podemos aceitar que nossa integridade física esteja ameaçada.
Acreditamos nesse Brasil melhor que as ruas estão exigindo. Nossa maneira de ajudar a construir esse país é fazer jornalismo. Em respeito aos cidadãos e porque acreditamos no jornalismo, não fugiremos ao dever de informar.

2 comentários:

guimas disse...

Ótimo.

Só não entendo por que há necessidade de tratar a ZH de maneira diferente.

Eu, que penso como um cidadão apartidário, acho estranho que uma massa de pessoas queira protestar contra uma empresa jornalística.

Mas tudo bem. A ZH representa o bem, e os protestantes, o mal. E, se querem protestar contra a ZH, é porque são de extrema esquerda. O resto acha a ZH "o fino"!

Tu ficas falando desse tal "controle social da mídia", Maia, mas tu realmente não sabes o que isso significa. É óbvio, evidente, que tu não sabes do que se trata. Diversão pura!

Carlos Eduardo da Maia disse...

Guimas, o pessoal da extrema direita, nazi fascista, também não gosta da ZH. Sou sim contra o controle social da mídia. Não estou dizendo que mídia não deve ter controle. Deve ter sim, mas não através de um órgão político, como ocorre nos países bolivarianos. Isso me dá calafrios.