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Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quarta-feira, 21 de março de 2012

Dilma, Gerdau e Certa Esquerda

Dilma e Gerdau, bons companheiros.
Vejam só, certa esquerda está desapontada com Dilma porque ela confia e convoca  homens de visão como Jorge Gerdau.
Post do Diário Gauche, volto depois:
Jorge Gerdau Constitui um Grande Erro Político da Presidenta Dilma
A manchete principal do jornal Folha de S. Paulo informa que a presidenta Dilma convocou 27 grandes empresários brasileiros com a finalidade de cobrar-lhes investimentos, face ao desempenho pífio do PIB brasuca no ano passado. A iniciativa da presidenta cumpre uma tarefa política de dupla finalidade: mostrar dinamismo reativo do Planalto quanto à necessidade premente de acelerar o investimento produtivo - única maneira de gerar emprego e riqueza social - e, ao mesmo tempo, empanar a crise institucional provocada pelas (eternas) insatisfações da base aliada - leia-se PMDB.

Muito bem, muito correto, não fora o nome escolhido pela presidenta para coordenar a reunião com os campeões do PIB brasileiro: Jorge Gerdau. O empresário do setor siderúrgico assessora a presidenta na área de gestão e competitividade e, segundo o diário da família Frias, "ajudou a elaborar a lista" que irá se entrevistar com Dilma. Gerdau ocupa um cargo não-remunerado no Planalto e se refestela em uma sala próxima ao gabinete presidencial no recinto mesmo do Poder Executivo nacional.

A decisão de guindar Jorge Gerdau à condição em que se encontra no centro do poder planaltino é um equívoco grosseiro da presidenta Dilma. Um mega engano político, uma rombuda insensatez econômica e uma rotunda imprudência institucional.

Jorge Gerdau é um símbolo das estrepolias privatistas do tucanato no País, adquiriu a preço de cachaça ruim, em 1992, a antiga Aços Finos Piratini, fundada pelo então governador Brizola, em Charqueados, no Rio Grande do Sul. Gerdau assumiu a direção da aciaria e de plano demitiu cerca de 60% dos 3 mil trabalhadores da siderúrgica sulina. Hoje, o Rio Grande importa aço plano e para construção mecânica (que serve para indústria automotiva, ônibus, máquinas e equipamentos agrícolas, indústria naval e indústrias de energia eólica e outras).

Um dos grandes gargalos do desenvolvimento produtivo no RS - hoje - é a falta de aço, e o "planaltino" Jorge Gerdau se recusa a investir no seu estado de origem, onde fez a sua acumulação primitiva e de onde se projetou como boss do aço em inúmeros países de três continentes. Gerdau prefere investir no Canadá. A presidenta Dilma talvez não saiba disso, mas se sabe, agrava o seu espetacular erro político em convidá-lo para tão importantes missões do governo brasileiro.

Voltaremos ao assunto.
Voltei.
A escolha de Gerdau mostra que Dilma é, primeiro, corajosa e, segundo, tem visão. Gerdau sempre esteve preocupado com a eficiência do estado brasileiro; somos entravados, não sabemos trotar, somos o país dos mil e um estudos de viabilidades. E quando fazemos as obras elas são de péssima qualidade. O Brasil tem que mudar e para isso temos de desengessar a ideologia do nosso cérebro e convocar para nos ajudar pessoas de visão.

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