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| Angeli |
O senador Demóstenes Torres talvez tenha sido o grande "justiceiro" da CPI do Mensalão. Promotor e Procurador de Justiça, o homem que além de fiscal da lei conhece as estratégias do processo, e que se transformou numa grande decepção por conta de suas ligações íntimas com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Segundo a Procuradoria da República, Demóstenes teria recebido R$ 3,1 milhões do grupo de Cachoeira, além de fazer lobby em favor dos interesses do bicheiro no Congresso Nacional, no Judiciário e no MP.
E uma das empresas que trabalhavam com Cachoeira é a Delta Construções, responsável por 30% das obras do Maracanã e que tem contratos milionários via PAC do governo federal. Foi a empreitera que mais recebeu verbas do governo federal. Dizem que Demóstenes é sócio oculto da Delta.
Aliás, a mesma Delta ( e também Cachoeira) tinham relações muito íntimas com o Agnelo Queiroz, governo petista do DF. O chefe do gabinete do governador recebeu de Cachoeira um aparelho a prova de grampos. Há suspeita de propinas fornecida pela Delta a graduados servidores do DF para que a empresa recebesse verbas do governo.
A influência de Cachoeira no governo de Goiás administrado pelo tucano Marconi Perillo, era forte, dizem que era Cachoeira que nomeava pessoas para cargo de governo, como demonstram as gravações da operação Monte Carlo. Perillo, inclusive, cumprimenta Cachoeira pelo seu aniversário, conforme gravações realizadas e divulgadas pela Folha.
Há suspeitas de que o governador tucano tenha recebido propinas de Cachoeira.
Resumo de todas história: o Brasil continua complicado.
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