Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


terça-feira, 26 de junho de 2012

Castigar ou Trucidar?




Charges, charges e charges



Pessoal da esquerda está a criticar nossa presidente, porque ela não está sendo dura o suficiente em relação a crise no Paraguai. Eles queriam que Dilma fizesse o novo governo paraguaio sangrar, tal como desejam os outros atores do cenário político sul americano: Chávez, Correa, Evo e Cristina.

Esse quarteto, conforme matéria da Folha de hoje,  quer trucidar o novo governo paraguaio.O governo brasileiro pretende apenas castigar, ver abaixo.

Mas o que é preocupante é o golpe que o quarteto quer dar: como o Paraguai está suspenso do Mercosul e era o senado paraguaio que não aprovava o ingresso da Venezuela no Mercosul, existe a possibilidade de se aprovar a entrada do país de Hugo Chávez na comunidade.

Nada contra a Venezuela, tudo contra Chávez, o chefe do quarteto, o  cara que quer ditar o ritmo sul americano.


Brasil quer suavizar sanção contra o país
Dilma trabalha para evitar punições econômicas; nada deverá mudar na relação bilateral com a nação vizinha
Países do Mercosul vão se reunir nesta semana na Argentina; Planalto se irrita por ter sido pego de surpresa
NATUZA NERY
VALDO CRUZ
DE BRASÍLIA
ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA
O governo da presidente Dilma Rousseff é a favor de "castigar" o governo paraguaio, mas não "trucidá-lo", dizem diplomatas brasileiros.
Inicialmente, propostas de punições muito severas ao vizinho estão descartadas.
A posição contrasta com o tom da Argentina. Representantes da gestão Cristina Kirchner vem fazendo consultas informais ao Uruguai e ao Brasil sobre as chances de aprovar o ingresso da Venezuela no Mercosul nesse fim de semana, segundo a Folhaapurou com autoridades brasileiras. O Paraguai é o único sócio do Mercosul que não havia aprovado a entrada da Venezuela.
Embora não oficial, a suspensão já surtiu efeito. Ontem, o Paraguai foi excluído da negociação, por videoconferência, de acordo tarifário entre o Mercosul e a China.
A extensão das sanções ao país hoje governado por Federico Franco será definida na reunião entre os integrantes do Mercosul e os demais membros da Unasul (União das Nações Sul-Americanas), entre quinta e sexta-feira.
Há quatro gradações de sanções em debate: 1) expulsão; 2) suspensão sem afetar as relações comerciais; 3) rompimento dos projetos de integração física e de cooperação (agrícola, por exemplo); 4) bloqueio de financiamentos (o do BNDES, por exemplo).
Setores do governo Dilma defendem que a exclusão temporária do Paraguai se dê apenas nas instâncias políticas do bloco.
Ou seja: que Franco não seja convidado para reuniões, mas sem privar a economia paraguaia das tarifas reduzidas do bloco. Interlocutores do governo Dilma asseguram que nada muda nas relações bilaterais. Até mesmo o livre trânsito de cidadãos sem exigência de passaportes continuará valendo.
Não está nos planos do Brasil romper projetos de infraestrutura nem mudar regras no fornecimento de energia a partir da hidrelétrica binacional de Itaipu.
Lugo vinha num processo crescente de desgaste. A Folha teve acesso exclusivo a telegramas diplomáticos enviados desde o ano passado dando conta da debilidade dele.
"Lugo tem tido dificuldades para administrar sua heterogênea coalizão", informou o embaixador Eduardo dos Santos. No Planalto, porém, há incômodo quanto ao fato de a presidente ter se surpreendido com a destituição.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, defendeu ontem que a Unasul e o Mercosul façam uma "ação forte de não aceitar" o processo.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou à Folhaconsiderar o impeachment de Lugo um "golpe".

2 comentários:

guimas disse...

Há uma explicação simples pra posição de Dilma.

E se os paraguaios "fecharem a torneira" de Itaipu ao Brasil como retaliação à retaliação?

Dá um problema dos bons.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Concordo, Guimas, por isso eu confesso: gosto da Dilma.