Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


terça-feira, 23 de abril de 2013

Da Série, a Esquerda Não Sabe Interpretar Texto

 
 
 
 
O post abaixo, para variar, é do Diário Gauche e serve de exemplo para demonstrar como nossa certa esqueerda tem uma dificuldade -- e que parece invencível --- de interpretar textos. Eles leem de acordo com a sua lente ideológica. Impressionante. O assunto é a nova lei das domésticas e o Diário Gauche vai logo dizendo que a Zero Hora, do Grupo RBS, é contra essa lei. Ora, a ZH não está a dizer que é contra a lei, assim como fez a Veja em recente edição. O que a grande mídia está dizendo é que a classe média brasileira vai ter de se adaptar a essa nova lei -- que é importante no Brasil de hoje.
 

domingo, 21 de abril de 2013


Capa de Zero Hora quer atacar nova lei do trabalho doméstico



A capa do jornal Zero Hora, edição de hoje, é um primor de sutileza. Estampa a bela atriz global, Taís Araújo, com a sua beleza afro, numa pose desafiadora, vestida com esmêro e riqueza de detalhes.

A fotografia de Taís como que ilustra uma matéria sobre a nova lei do trabalho doméstico. Por óbvio e por tradição, ZH é contra a lei de direitos. Mas ao manifestar-se encobre-se com a máscara da covardia e da dissimulação.
 
Observem o nexo que o editor quis promover: uma negra bonita e produzida, com ar desafiador e insolente face às novas regras, com mais direitos, às trabalhadoras do ambiente doméstico.

A foto da atriz global ilustra, a rigor, uma matéria sobre o seu trabalho na TV, mas a forma como foi montado o jogo de ilustrações e manchetes da capa, há uma relação direta, embora subliminar, entre Taís e a crítica que o jornal faz à nova lei de direitos de trabalhadores no País.
 
A matéria de ZH quer criticar a lei de direitos. Para tanto, sugere que está havendo desemprego e insatisfação generalizada no meio: seja no patronato, seja entre as trabalhadoras.
 
Este é o jornal da RBS: jogando pedra numa lei modernizadora, constituinte de direitos, promotora de dignidade de trabalhadoras que eram tratadas com objetos do lar da classe média, uma lei que retira da servidão cerca de 7 milhões de pessoas que viviam no limiar entre a casa-grande e a senzala.
 
Quando os últimos sinais do regime escravocrata no Brasil são extintos, a RBS se insurge e faz essa capa da vergonha e do atraso.

Sei não, mas Taís Araújo pode muito bem processar judicialmente o jornal da RBS por uso indevido de sua imagem, racismo velado e danos morais.

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