Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quarta-feira, 10 de abril de 2013

O Dono da República




José Dirceu, quando ministro da Casa Civil de Lula era o dono da república. Por ele passavam as decisões importantes de governo. Era o arquiteto do governo.  Uma vez descoberto e retirado do cargo, por conselho de seu ex chefe, ele foi condenado e esbraveja. Atualmente, como lobista e ganhando bem para isso, ele continua se achando o dono da república. E esbraveja.

Em entrevista à Folha de S.Paulo , disse que foi “assediado moralmente” por mais de seis meses para receber o então candidato a ministro do Supremo Tribunal Federal (SFT) Luiz Fux (ele seria indicado a ocupar uma cadeira no STF pela presidente Dilma Rousseff em fevereiro de 2011). No encontro, do qual Dirceu diz que não era a favor, Fux teria falado, “de livre e espontânea vontade”, que o absolveria no processo do mensalão - Fux votou pela condenação de Dirceu.

Fux -- admitiu que se encontrou com Dirceu, mas negou, evidentemente, que tenha prometido absolvição. Fux utilizou o termo estarrecido ao saber com mais nitidez, os detalhes, as provas, os indícios, os fatos do processo.

Agora Dirceu está a dizer que é "tragicômico" e "soa ridículo, no mínimo" essas afirmações de Fux.


Na verdade, tudo está errado. Um candidato ao ministro do STF, que tem de possuir notório saber jurídico, não pode e nem deveria fazer esse tipo de lobby. Por outro lado, um chefe da casa civil não tem que sentir previamente do candidato ao STF se ele vai votar assim ou assado em processo em que ele é acusado de corrupção. Tudo errado.

E o assunto vem a mídia, como tudo isso fosse absolutamente normal. Coisas do Brasil de nossos dias.

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