Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quarta-feira, 17 de abril de 2013

Um Belo Livro Para Entender o Nosso Complicado Rio Grande



Lira Neto é cearense e está a escrever a biografia de Getúlio Vargas, em três volumes, sendo que o primeiro já está nas  bancas. Recomendo com 5 estrelas, porque neste primeiro tomo ele mostra a trajetória de Getúlio Dornelles Vargas na política do  Rio Grande do Sul. Aliado de Júlio de Castilhos e Borges de Medeiros, do Partido Republicano Riograndense, Getúlio, foi aos poucos, galgando espaço num Rio Grande sempre dividido. Essa é infelizmente a nossa característica.

Os Vargas de São Borja eram um pouco (bastante) mafiosos. Manoel Vargas, pai de Getúlio, era pica pau ou ximango, de lenço branco participou da revolução federalista ou  da degola (1893/1895), contra os maragatos, os de lenço vermelho que queriam derrubar o governo de Júlio de Castilhos e sua constituição positivista, mas não conseguiram. O saldo, 10.000 mortos, a grande maioria degolados.

Depois com as sucessivas eleições, muitas delas fraudadas,  do ximango  Borges de Medeiros que teria (???) vencido as eleições contra o maragato Assis Brasil, que tal como Capriles nos dias de hoje, não se conformou com a derrota e convocou o povo para ir as ruas, essa revolta de 1923 foi encerrada com o pacto de Pedras Altas.

O Rio Grande de hoje, guardadas as proporções, continua ideológicamente dividido e é motivo incontestável do nosso atraso, da nossa burocracia, da nossa politicagem, das coisas que emperra, do que não sai do papel, daquela história de um governante não continuar as obras e os projetos do antecessor. Até quando saíremos dessa história, quando deixaremos de ser maragatos e ximangos?

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