Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quarta-feira, 30 de maio de 2012

Inventando Falsas Verdades





Quem circula pelos sites de certa  esquerda fica com a impressão de que de um lado estão as redes sociais e de outro a grande mídia e que as opiniões são diametralmente opostas. Ledo engano.


Vejam esse   fato envolvendo Lula e Gilmar . Quem circulou pelas redes sociais pode notar, sem sombra de qualquer dúvida, que a indignação foi muito maior em relação ao Lula do que ao Gilmar,  tanto é assim que o trend tópic #lulamente foi um dos mais acessados no twitter a nível mundial e sem ajuda de robot. 

O leitor desavisado que lê, porque pouco pensa, a Carta Maior, por exemplo ou os artigos do Emir Sader acha que as pessoas que frequentam as redes sociais apoiam Lula, mas a realidade não é bem essa. O mesmo pode ser dito em relação ao leitor que só lê Veja ou o Blog do tio Rei.

Voltando um pouco  a questão de fundo, é importante sempre indagar: quem ganhou ou ganharia com essa história envolvendo Lula e Gilmar? Só uma pessoa ganharia, no caso, Lula. Que benefício teria Gilmar com essa história?  Como a questão é duvidosa, esse é o raciocínio a ser seguido. 

Infelizmente, Lula que deveria ficar fazendo tarefas nobres, como Clinton, Jimmy Carter e FHC, do tipo assim, fazer uma fundação que auxiliasse o governo na importante tarefa de inclusão social, combate a fome, etc... se propõe a  fazer trabalho sujo para seu amigo Zé Dirceu.


Será mesmo que Lula é a cara do Brasil?

Golpe de Mestre?



Estão a dizer que Lula deu um golpe de mestre em Gilmar Mendes, porque agendou a reunião, fez a proposta que foi recusada e depois ficou quieto. Gilmar, ao contrário, abriu a boca. Assim fazendo ele pode ser declarado suspeito ou impedido de julgar o mensalão.

Essa é a tese de Wálter Fanganiello Maierovitch , desembargador aposentado do TJSP e colunista politico e jurídico da Carta Capital e do site Terra que escreveu artigo Gilmar Mendes se coloca impedido e faz a alegria dos mensaleiros.

Ora, nada parece tão simples, se assim fosse qualquer réu ou interessado (como foi o caso de Lula)  agiria da mesma forma que o ex presidente e, dessa forma, retiraria o suposto julgador que vai condenar do processo. O precedente é perigoso.

Gilmar não vai se declarar impedido e se assim proceder, vai fazer muito bem. O que é preocupante, nessa história toda, é que o processo do mensalão está com vistas, faz muitos meses, com o Ministro Ricardo Lewandowski que - em tese - vai absolver os réus e, portanto, o processo estaria descansando nas prateleiras de seu gabinete até o momento certo.

Qual será mesmo o momento certo? Depois das eleições ?  Quando o prazo prescricional transocorrer?

Infelizmente, o STF, faz tempo, vem se aparelhando para ser um órgão muito mais político do que jurídico e neste ponto, nosso ex presidente Lula tem responsabilidade direta.

Wagner/Capitão Nascimento Desafinado, Mas de Coração e Alma


Wagner Moura e Dado Villa Lobos

Ontem assisti, na MTV,  de cabo a rabo o Legião Urbana com Wagner Moura. O cara desafinou o tempo inteiro, mas ele realmente é genial e extremamente  carismático; ou como ele disse ontem, estou aqui  de coração e alma.
Quem não assistiu, recomendo, apesar das engraçadas desafinações.
Renato Russo ainda vive.
v

terça-feira, 29 de maio de 2012

Qua-Qua-Ra-Qua-Qua



Governo define que classe média tem renda entre R$ 291 e R$ 1.019
29 de maio de 2012 • 20h58 •  atualizado 21h0
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O governo brasileiro já tem uma nova definição para a classe média brasileira. Considerando a renda familiar como critério básico, uma comissão de especialistas formada pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República definiu que a nova classe média é integrada pelos indivíduos que vivem em famílias com renda per capita (somando-se a renda familiar e dividindo-a pelo número de pessoas que compõem a família) entre R$ 291 e R$ 1.019.
"Quem tiver renda per capita nesse intervalo será considerada classe média", disse Ricardo Paes de Barros, secretário de Ações Estratégicas da SAE, na noite desta terça-feira, em São Paulo. Segundo ele, a definição de classe média foi finalizada após análises de propostas com mais de 30 alternativas, feitas em quatro reuniões da equipe técnica da secretaria e mais duas da equipe de avaliação.

Quem Abriu a Boca Não Foi Gilmar, Foi Lula



Good friends?

Uma das coisas que chama a atenção no comportamento de certa esquerda é o lado emocional. Tipo assim, no Blog do (argh) Emir Sader uma pergunta: quem tem razão Lula ou Gilmar? 100%, porque ele controla os comentários, dizem que é o Lula. É que os caras não querem saber de raciocìnios objetivos e concretos. Parece que existe uma ordem programática, automática de apoiar o Lula, o presidente do bem. Não interessa os detalhes, as nuances, os fatos objetivos, o que interessa é a emoção, a superficialidade da interpretação:  não ir além do que manda a santa ideologia.

No mais, se o vivente está interessado em ir além nessa reunião entre Gilmar e Lula, leia o que copiei e colei da  Tribuna da Imprensa:

Saiba por que Gilmar Mendes resolveu revelar o assédio de Lula a Veja

Fabio Pannunzio


O que você vai ler abaixo não é inferência, interpretação nem opinião. É informação. Este post vai revelar o motivo pelo qual o ministro Gilmar Mendes decidiu contar à Revista Veja detalhes da insidiosa conversa com o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva ocorrida no dia 26 do mês passado.

Desde que a revista chegou às bancas, três perguntas recorrente e importantes permaneciam sem resposta: Por que Gilmar Mendes resolveu agir dessa forma? Por que o atraso de um mês entre o fato e a versão apresentada pelo ministro? Gilmar tem como provar que ouviu de Lula o que disse ter ouvido no escritório de Nelson Jobim?

Uma parte das respostas está contida na entrevista na entrevista concedida hoje ao Jornal Zero Hora. Disse o ministro:

“Fui contando a quem me procurava para contar alguma história. Eu só percebi que o fato era mais grave, porque além do episódio (do teor da conversa no encontro), depois, colegas de vocês (jornalistas), pessoas importantes em Brasília, vieram me falar que as notícias associavam meu nome a isso e que o próprio Lula estava fazendo isso”.

Em seguida, a entrevista envereda pela seara de outros assuntos — as intrigas da CPI do Cachoeira. A repórter pergunta a Gilmar Mendes: “Jornalistas disseram ao senhor que o Lula estava associando seu nome ao esquema Cachoeira?”. Ao que o ministro responde: “Isso. Alimentando isso”.


Alimentando isso.


Não era o que o ministro queria dizer. Se tivesse sido questionado, teria contado que foi procurado por duas importantes jornalistas dias atrás para saber da mesma história. Espantou-se com o vazamento. Apesar de constrangido, ele havia decidido falar sobre o assunto apenas com alguns de seus pares, pessoas discretas que jamais revelariam a conversa constrangedora. E mantê-la longe dos jornais.


Essas jornalistas são profissionais respeitabilíssimas. Ocupam posições importantes em uma empresa não menos. A história chegou a elas por intermédio de uma fonte crível que preza da amizade de ambos, Gilmar e Lula.


Sabe como a fonte ficou sabendo do diálogo ? Porque Lula contou.


Isso mesmo. Foi Lula em pessoa quem cometeu a indiscrição de falar sobre a conversa com Gilmar Mendes, descendo ao nível dos detalhes que agora estão expostos por iniciativa do ex-presidente do STF.

Esta é a razão oculta por trás da “inconfidência” do ministro Gilmar Mendes. E também a justificativa para a incapacidade do ex-presidente da República de fazer um desmentido cabal, como o assunto exigiria caso o magistrado pudesse ser desmentido.

Não pode. Há testemunhas muito bem identificadas no caminho da informação que transitou entre o escritório de Jobim e as páginas de Veja.

Se alguém falou demais, não foi Gilmar Mendes. Foi Lula. Simples assim. Quem fala demais dá bom-dia a cavalo. Deu no que deu.

#Lulamente ou #GilmarMentes



Vou dar meu pitaco nesta história. Acho que Jobim mente e Lula, o indignado, também. A conversa ocorreu, isso ninguém duvida. Quem convidou quem? Ora, Lula agendou com Jobim que convidou Gilmar. Por que Lula fez isso? Porque ele está sendo pressionado por um gângster chamado Zé Dirceu. Se isso ocorresse os EUA seria o fim do mundo: já imaginaram o Bush ou o Clintou pressionando um ministro da Suprema Corte? Mas aqui é o Brasil e por isso estamos onde estamos.

Lula, como ex presidente, não tem que se envolver com essas questões menores. O Brasil inteiro sabe que o PT não quer o julgamento do mensalão antes das eleições, até mesmo porque dois ministros que teoricamente vão votar pela condenação vão se aposentar: Peluso e Aires Britto. E também, o que é relevante, porque muitos crimes vão estar prescritos.

O fato é que o STF está na obrigação de votar o mensalão o quanto antes, até mesmo para manter a credibilidade da própria instituição.

Ontem de noite, no tweeter, o pessoal do #Lulamente deu um relho no #GilmarMentes, foi o Trend Tópic mais acessado da noite e sem robô.

Abaixo entrevista de Gilmar no Globonews ontem.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Olha que Linda a Arena do Grêmio!


Parece que estamos no Japão

Foto de hoje, 27 de maio de 2012 da Arena do Grêmio. Impressionante, essa obra começou a cerca de um ano e está assim. Claro, não envolve dinheiro público, politicagem,  burocracia, licitação etc. O parceiro privado, a OAS, vai entregar o estadio concluído para a inauguração no dia 08 de dezembro de 2012 e vai receber em troca a área do Olímpico. A obra da Arena do Grêmio é a prova cabal de que este país tem todas as condições de dar certo. Temos é que discutir menos e fazer mais.

Os Monólogos de Cristina



Cristina K. comemora o 202º aniversario da Revolução de Maio, em 25 de maio de 2012, em Bariloche, seu discurso foi transmitido por cadeia nacional e ela falou por 45 minutos.


Muito boa a matéria da Sylvia Colombo, publicada na Folha de hoje (leia abaixo), sobre Cristina Kirchner: ela não dá entrevistas e nem realiza reuniões ministeriais. Em compensação, ela discursa, 10 vezes por mês, e sua voz penetra, com grande frequência, na população de baixa renda. Por isso ela foi eleita e tem popularidade. Na verdade, ela utiliza uma tática semelhante a de Chávez na Venezuela. Rompeu com a grande mídia e faz demorados discursos que são transmitidos pela mídia chapa branca ou cadeia nacional, como ocorreu, na sexta-feira, 25 de maio.

A Folha  faz um resumo dos monólogos de Cristina, leia depois a matéria de Sylvia Colombo.

Presenças constantes: Ministros, governadores, deputados e senadores governistas, líderes das Mães e Avós da Praça de Maio e de outros grupos de direitos humanos.

Ausências: Jornalistas do "Clarín" e "La Nación", com quem está em guerra, o líder sindical Hugo Moyano, com quem rompeu, Maurício Macri, prefeito de Buenos Aires, seu principal rival.

Duração dos discursos em média: 20 a 40 minutos.

Freqüência: 10 vezes por mês.

Ocasiões: Inaugurações de obras, espaços da Casa Rosada ou outras que levem o nome de "Néstor Kirchner", também acontecem em inaugurações de instalações de empresas.

Figurino:Sempre de vestido preto e colar vistoso.

Presenças ilustres: Os atores Pablo Echarri, Leonardo Sbaraglia e Luis Machín, os roqueiros Charly Garcia e Andrés Calamaro

Palavras proibidas: - inflação - segurança - crise - recessão.

Militância: La Cámpora (grupo jovem), Movimiento Evita e Juventude Peronista vão a todos os eventos.

Palavras mais repetidas: Malvinas - pátria - modelo - colonialismo - Néstor - todos e todas - nacional - popular - história - meios - direitos humanos

Guerra de Versões



Em quem você acredita?
Na Veja?
No Gilmar?
No Lula?
No Jobim?
Ou em nenhum deles?

sexta-feira, 25 de maio de 2012

E a Dilma Não Vetou Tudo




Dos 84 artigos vetou 12. Pelos meus cálculos 14,28%.

E A Dilma - Parece - Não Vai Vetar Tudo



Hoje teremos a definição sobre a questão do veto da Dilma sobre o tão alardeado Código Florestal. Se ela tiver bom senso, se for razoável (princípio norteador de tudo) e inteligente (parece que  é) ela vai fazer vetos parciais, e assim deve ser. É o que eu faria se estivesse agora sentado na cadeira do poder. Seria uma estultice se Dilma resolvesse vetar tudo, com todo o respeito.

O Enigma da Delta


Cavendish, dono da Delta, Cabral, governador do Rio e alguns secretários no Ritz em Paris - tão bem, hein?

O que efetivamente importa é isso:

Trecho do editorial da Folha de hoje:

Não admira. A Delta se especializou em obras públicas, ponto nodal do circuito corrompedor que abastece empreiteiros, políticos e campanhas eleitorais com dinheiro do contribuinte. É a maior concessionária de canteiros do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) petista. Atua na maioria dos Estados, com destaque para o Rio do governador Sérgio Cabral (PMDB), amigo íntimo do "ex-dono" da firma, Fernando Cavendish.


A CPI resiste a investigar Cabral e, ecumenicamente, outros dois governadores -Marconi Perillo (PSDB-GO) e Agnelo Queiroz (PT-DF)- colhidos na teia de relações suspeitas com Cachoeira.

No que respeita às contribuições da Delta para o caudal milionário, a estratégia de contenção desenhada pelos parlamentares tem sido circunscrever o inquérito ao braço da construtora no Centro-Oeste, comandado por Claudio Abreu, hoje ex-diretor, antes assíduo interlocutor de Cachoeira.


As pontas do novelo são tantas, porém, que o controle já lhes escapa das mãos. Veio à luz na CPI, por exemplo, que Abreu tinha procuração para movimentar uma dezena de contas da Delta, inclusive na sede fluminense, pondo por terra a versão de que o esquema só atuava em Goiás e cercanias.


Os enigmas em redor da Delta não se limitam ao passado de relacionamentos suspeitosos. Também quanto ao presente e ao futuro da empresa proliferam as incógnitas.

Por que surgiu o interesse do grupo J&F (JBS-Friboi) em administrar e prometer comprar uma empresa sob ameaça de declaração de inidoneidade pela Controladoria-Geral da União, que a tiraria do PAC? Por que os proprietários da J&F não conseguem dar versão unívoca sobre o alegado aval do governo Dilma Rousseff para a transação?


Está evidente que sobram interrogações e faltam respostas em todo esse imbróglio.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

O Quê, Afinal, Querem "Os Bons Companheiros"?



O nervoso e irado do Collor, o novo companheiro de certa esquerda

Abaixo, recomendo a leitura do artigo de Demétrio Magnoli no Globo de hoje, em negrito o que considero importante.  Repito estão perdendo o foco, a CPI do Cachoeira não foi composta para avaliar a conduta da Veja, mas para investigar as relações que os tentáculos do bicheiro tem com o governo federal e diversos estados, governados por tucanos, petistas e pemedebistas. Bilhões de reais em dinheiro público estão envolvidos.  Esse é o foco.

Os Bons Companheiros

De “caçador de marajás”, Fernando Collor transfigurou-se em caçador de jornalistas. Na CPI do Cachoeira, seu alvo é Policarpo Jr., da revista “Veja”, a quem acusa de associar-se ao contraventor “para obter informações e lhe prestar favores de toda ordem”. Collor calunia, covardemente protegido pela cápsula da imunidade parlamentar. Os áudios das investigações policiais circulam entre políticos e jornalistas ─ e quase tudo se encontra na internet. Eles atestam que o jornalista não intercambiou favores com Cachoeira. A relação entre os dois era, exclusivamente, de jornalista e fonte ─ algo, aliás, registrado pelo delegado que conduziu as investigações.


Jornalistas obtêm informações de inúmeras fontes, inclusive de criminosos. Seu dever é publicar as notícias verdadeiras de interesse público. Criminosos passam informações ─ verdadeiras ou falsas ─ com a finalidade de atingir inimigos, que muitas vezes também são bandidos. O jornalismo não tem o direito de oferecer nada às fontes, exceto o sigilo, assegurado pela lei. Mas não tem, também, o direito de sonegar ao público notícias relevantes, mesmo se sua divulgação é do interesse circunstancial de uma facção criminosa.

Os áudios em circulação comprovam que Policarpo Jr. seguiu rigorosamente os critérios da ética jornalística. Informações vazadas por fontes diversas, inclusive a quadrilha de Cachoeira, expuseram escândalos reais de corrupção na esfera federal. Dilma Rousseff demitiu ministros com base naquelas notícias, atendendo ao interesse público. A revista na qual trabalha o jornalista foi a primeira a publicar as notícias sobre a associação criminosa entre Demóstenes Torres e a quadrilha de Cachoeira ─ uma prova suplementar de que não havia conluio com a fonte. Quando Collor calunia Policarpo Jr., age sob o impulso da mola da vingança: duas décadas depois da renúncia desonrosa, pretende ferir a imprensa que revelou à sociedade a podridão de seu governo.


A vingança, porém, não é tudo. O senador almeja concluir sua reinvenção política inscrevendo-se no sistema de poder do lulopetismo. Na CPI, opera como porta-voz de José Dirceu, cujo blog difunde a calúnia contra o jornalista. Às vésperas do julgamento do caso do mensalão, o réu principal, definido pelo procurador-geral da República como “chefe da quadrilha”, engaja-se na tentativa de desqualificar a imprensa ─ e, com ela, as informações que o incriminam.

O mensalão, porém, não é tudo. A sujeição da imprensa ao poder político entrou no radar de Lula justamente após a crise que abalou seu primeiro mandato. Franklin Martins foi alçado à chefia do Ministério das Comunicações para articular a criação de uma imprensa chapa-branca e, paralelamente, erguer o edifício do “controle social da mídia”. Contudo, a sucessão representou uma descontinuidade parcial, que se traduziu pelo afastamento de Martins e pela renúncia ao ensaio de cerceamento da imprensa. Dirceu não admitiu a derrota, persistindo numa campanha que encontra eco em correntes do PT e mobiliza jornalistas financiados por empresas estatais. Policarpo Jr. ocupa, no momento, o lugar de alvo casual da artilharia dirigida contra a liberdade de informar.


No jogo da calúnia, um papel instrumental é desempenhado pela revista “Carta Capital”. A publicação noticiou falsamente que Policarpo Jr. teria feito “200 ligações” telefônicas para Cachoeira. Em princípio, nada haveria de errado nisso, pois a ética nas relações de jornalistas com fontes não pode ser medida pela quantidade de contatos. Entretanto, por si mesmo, o número cumpria a função de arar o terreno da suspeita, preparando a etapa do plantio da acusação, a ser realizado pela palavra sem freios de Collor. Os áudios, entretanto, evidenciaram a magnitude da mentira: o jornalista trocou duas, não duzentas, ligações com sua fonte.


A revista não se circunscreveu à mentira factual. Um editorial, assinado por Mino Carta, classificou a suposta “parceria Cachoeira-Policarpo Jr.” como “bandidagem em comum”. Editoriais de Mino Carta formam um capítulo sombrio do jornalismo brasileiro. Nos anos seguintes ao AI-5, o atual diretor de redação de Carta Capital ocupava o cargo de editor de “Veja”, a publicação na qual hoje trabalha o alvo de suas falsas denúncias. Os editoriais com a sua assinatura eram peças de louvação da ditadura militar e da guerra suja conduzida nos calabouços. Um deles, de 4 de fevereiro de 1970, consagrava-se ao elogio da “eficiência” da Operação Bandeirante (Oban), braço paramilitar do aparelho de inteligência e tortura do regime, cuja atuação “tranquilizava o povo”. O material documental está disponível no blog do jornalista Fábio Pannunzio, sob a rubrica “Quem foi quem na ditadura”.


Na “Veja” de então, sob a orientação de Carta, trabalhava o editor de Economia Paulo Henrique Amorim. A cooperação entre os cortesãos do regime militar renovou-se, décadas depois, pela adesão de ambos ao lulismo. Hoje, Amorim faz de seu blog uma caixa de ressonância da calúnia de Carta dirigida a Policarpo Jr. O fato teria apenas relevância jurídica se o blog não fosse financiado por empresas estatais: nos últimos três anos, tais fontes públicas transferiram bem mais de um milhão de reais para a página eletrônica, distribuídos entre a Caixa Econômica Federal (R$ 833 mil), o Banco do Brasil (R$ 147 mil), os Correios (R$ 120 mil) e a Petrobras (que, violando a Lei da Transparência, se recusa a prestar a informação).


Dilma não deu curso à estratégia de ataque à liberdade de imprensa organizada no segundo mandato de Lula. Mas, como se evidencia pelo patrocínio estatal da calúnia contra Policarpo Jr., a presidente não controla as rédeas de seu governo ─ ao menos no que concerne aos interesses vitais de Dirceu. A trama dos bons companheiros revela a existência de um governo paralelo, que ninguém elegeu.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

A OSPA Precisa de Uma Privataria



Torço para que esse prédio fique pronto, ali perto da Usina do Gasômetro em  Porto Alegre




O Pessoal tem se queixado da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre 0 OSPA, um dos orgulhos da cidade,  como se lê aqui:
Comentei:
A Ospa está assim porque é uma estatal. Recentemente fui a Nova York, visitei o Carnegie Hall e os espaços do Lincoln, Julliard School, Metropolitan etc. E tenho ouvido – via internet – a rádio do Lincoln, WQXR (recomendo). A diferença é que nesses espaços de NYC (onde se ouve muita música erudita) existe uma perfeita harmonia entre o público e privado. Aqui nesta província chamada RS falar em parceria público privada é palavrão, é privataria. A OSPA precisa sim de uma privataria.

Perdendo o Foco



Estão perdendo o foco da CPI do Cachoeira, porque certa esquerda burra e caduca que se aliou ao Collor quer investigar as relações de Cachoeira com o Policarpo da Veja. Ora, Policarpo não é servidor público, não recebe dinheiro público e ele, como jornalista de uma impresa privada, pode ir sim atrás da fonte que ele achar melhor. Não existe nada de irregular nisso. Os parlamentares e uma certa mídia que se diz alternativa parece não estão interessados em verificar os negócios envolvendo Cachoeira com a  empresa Delta, que tem 3,6 bilhões (é dinheiro para caramba) em contratos apenas com o governo federal, além de contratos com governos do Rio, Goiás, Tocantins e Distrito Federal.  É isso o que tem de ser investigado, mas parece não haver interesse de que essa verdade venha a tona. Por que será?

Podem Falar Isso e Aquilo, Mas o Depoimento Foi Corajoso e Útil



Numa boa, confesso não tenho paciência para assistir O Fantástico e nem a Xuxa. Quando um ou o outro aparecem na frente da tela eu simplesmente pego o controle e escolho outro canal.

Pois fiquei sabendo que a Xuxa abriu seu coração no Fantástico. E a rainha dos baixinhos na frente do Brasil disse que foi vítimas de abusos. Não foram membros de sua família, mas duas pessoas próximas que frequentavam a sua casa: melhor amigo do pai e namorado da avó. Na época ela se calou e não falou para ninguém.

Buenas, o assunto repercutiu e todo o Brasil está falando, debatendo. Foi útil? Sim, sim foi útil, porque essa é uma história, infelizmente, recorrente e a Xuxa, pelo menos, do alto de sua autoridade, tendo vivenciado esse drama pode ajudar as crianças a falarem ou a denunciarem.

Tipicamente PT



Direto do facebook para o depósito.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

O Brasil Tem Dificuldade de Se Desenvolver Por Conta Disso: Presidente da Infraero Diz que Puxadinhos São Bons e Vieram Para Ficar




Puxadinho em construção (já ficou pronto) no aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre

Leio na Folha de hoje a entrevista com Gustavo do Vale, 61, presidente da (argh) Infraero.

Ele disse algumas coisas interessantes e preocupantes.

A Infraero é uma estatal e por isso quando faz obras e  compras tem que licitar. E uma licitação demanda tempo: tem que publicar edital, depois  se realiza o certame antes de contratar. Se ocorrer impugnação, a obra e a compra pode demorar para ser executada. Muito melhor terceirizar os serviços, contratando empresa privada que pode contratar sem a exigência de realizar licitação.

A Lei de Licitações (8.666/93) é importante, mas está na hora do Brasil começar a pensar em flexibilizar essa lei -- que engessa as obras e compras deste país. Sei lá, temos de verificar como os países socialmente desenvolvidos contratam. Terceirizar serviços é realmente uma boa solução, mas para terceirizar tem que se fazer licitação.

A Infraero é o exemplo vivo de que estatais  têm  dificuldades imensas em administrar serviços públicos de grande porte, como é a gestão dos aeroportos. Porto Alegre, e esse assunto é recorrente, precisa do radar que ajuda a navegar em tempos de grande cerração (outono e inverno. Em  qualquer aeroportinho americano de meia tijela existe esse  sistema. Mas  em Porto Alegre não.

A TAP -- que faz o voo Poa/Lisboa -  está pensando em cancelar esse serviço, porque é sempre complicado pousar em Porto Alegre, em dias de cerração. Culpa de quem? da ineficiente Infraero

 Por isso o governo Dilma resolveu privatizar os aeroportos de Brasília, Vira Copos e Guarulhos. E fez bem.

O tema preocupante da entrevista do presidente da Infraero diz respeito aos puxadinhos. Ele disse:Vão continuar. Chegaram para ficar, não são temporários, alguns são definitivos e são a solução para aeroportos regionais. São baratos, você faz um em seis meses.

Opinião complicada, porque o puxadinho retira o espaço para se construir uma obra melhor, mais concreta e definitiva. No aeroporto de Porto Alegre fizeram um puxadinho onde hoje funciona os serviços da TAM, imagens acima.

A questão é que esse puxadinho bloqueia, engessa, uma ampliação mais efetiva, mais bem feita do aeroporto, porque o espaço onde o aeroporto pode e deve ser ampliado é exatamente onde foi construído o puxadinho.


Abaixo a entrevista:

Foucault é o Pai da Análise Superficial da Sociedade



Uma das grandes cenas do filme  Tropa de Elite I  é a que está acima.
Ela ilustra super bem o que o pensamento politicamente correto faz. Ele distorce as relações. Os bandidos se transformam em anjinhos e o necessário poder de polícia (que qualquer estado deve ter) é visto como o grande vilão da sociedade.


Não estou aqui fazendo discursos ideológicos, longe disso, mas é necessário que sejamos um pouco sensatos. Nem todo o necessário poder de polícia é vilão e nem todo bandido é anjinho. O pensamento foucaltiano faz uma perigosa -- e criticável -- generalização. Para Michel Foucault, as estruturas de poder do estado capitalista são sempre podres (porque protege os ricos e pune os pobres). A polícia age perversamente contra os despossuídos e descamisados, diz o professor de sociologia do filme.

O Mathias, personagem do filme Tropa de Elite,  está certíssimo quando diz que essa é uma opinião superficial da realidade. E realmente é. Estamos embutidos num mundo onde o pensamento politicamente correto (e muitas vezes superficialmente correto) é o grande lema. É assim que nos ensinam nas escolas, nas instituições e também na mídia. Não estou a dizer que esse pensamento está completamente errado, mas ele é superficial e perigoso, porque generaliza e não admite maiores discussões sobre o que já está superficialmente estabelecido. Quem ousar questionar é taxado de fascista, o pior adjetivo do mundo. É ou não é?

sábado, 19 de maio de 2012

Os Crentes de Foucault Querem Controlar a Mídia

Copio e colo do Diário Gauche, comento depois




O vídeo e a produção são da TV Band. A jornalista - branca e de cabelo pintado de louro - não se sabe quem é. Só sabemos que é racista, debochada, boçal, covarde e ignorante. Não precisa ler ''Casa-Grande & Senzala'', do Gilberto Freyre. Basta ver esse pequeno vídeo de três minutos. Está tudo ali, e mais Foucault: luta de raças explícita, ao vivo, sem censura, na TV brasileira.

Essa é a mídia que temos, e não é essa mídia que queremos. Fica provado que faz falta um marco regulatório na imprensa brasileira, para que lixo como esse não seja exibido como programa de entretenimento e formação.  



Comento: A repórter pode até ter pisado na bola, mas o entrevistado não é nenhum anjinho. Só faltava essa, os crentes de Foucault -- que se acham acima do bem e do mal -- querem ditar o que é certo e o que é errado.

Rapaz, Deu Chelsea!

Didier Drogba comemora o título do Chelsea



O retrancão pragmático levou o caneco da  #championsleague . Os caras conseguiram ganhar do Barcelona, o melhor time do mundo e depois venceram os alemães do Bayern em casa.


Esse Drogba é um baita jogador, em todos os sentidos.