O governador gaúcho Tarso Genro criou uma estatal - Empresa Gaúcha de Rodovias -- para administrar os pedágios comunitários. Todo mundo sabe que esse modelo de pedágios comunitários não tem condições efetivas de fazer o que deve ser feito: duplicação decente das estradas. O estado, por si só, não tem as mínimas condições de duplicar estradas, somente com parceria com a iniciativa privada, o que foi rechaçado por Tarso Genro, pelo menos em um primeiro momento, até a eleição..
Tarso pensa na sua reeleição, quando o atual modelo inventado pelo ex governador Antônio Britto expirar, os pedágios estaduais serão comunitários e as tarifas vão realmente cair, mas os serviços e as condições das estradas como ficarão?
Tarso vai se postar, então, como o candidato que fez as tarifas dos pedágios cair e vai se reeleger com esse discurso. Não tenham dúvida disso.
Uma vez reeleito Tarso vai ter de resolver essa questão e não há outra alternativa: vai ter sim de realizar parcerias e novas concessões com a iniciativa privada para fazer o que deve ser feito: duplicar de forma decente e segura as estradas gaúchas.
Estamos perdendo tempo, por motivos, evidentemente, eleitoreiros, vamos fazer em três ou quatro anos o que poderíamos fazer agora. . Não vejo motivo algum para se criar uma nova estatal (mais uma) para esse fim. Os interesses parece que falam mais alto.
9 comentários:
Nada que surpreenda, não é?
O fim das contas, cria-se uma companhia estatal, ela é completada de idiotas e desonestos em suas muitas diretorias, dá prejuízo atrás de prejuízo, não faz obras, transforma as estradas em vias do caos e um dia, em meio à tormenta, ou à extinguem ou privatizam com enormes prejuízos à coisa pública.
É a cara do PT!
Prefiro pagar menos.
O atual modelo também não duplicou as estradas, e não garantiu qualidade em muitos pontos no Estado.
Eleitoreiro é o discurso que diz que ter pedágio caro resolve tudo. Não resolveu e não resolverá. Pagamos caro e temos de ouvir as empresas reclamarem do governo (!).
O privado, sem a devida fiscalização, é tão ruim quanto o público.
Fábio e Guimas, absurdo criar uma estatal para isso. Em qualquer país socialmente desenvolvido as estradas são muito melhores do que as nossas. Nossas estradas são perigosas e horrorosas. O modelo de Britto nunca foi perfeito, pedágio caro e sem contrapartida. Chegou a hora e a vez de realizarmos novas licitações, tal como fez o governo federal - do PT -- recentemente com resultados ótimos. Pedágio comunitário não vai dar certo, a estrutura é precária. Precisamos é de parceria com a iniciativa privada com fiscalização efetiva do estado. Mas isso Tarso não quer, porque só pensa na muito provável reeleição.
Ah tá!
Parceria com a iniciativa privada nós já temos.
Mas quando quiseram mudar este modelo "ixperto" que o Britto criou, chamaram de "vanguarda do atraso".
Pedágio comunitário pode dar certo sim. é só querer e fiscalizar o poder público - como se faz nos paises socialmente desenvolvidos.
Aqui no RS dos "muquiranas", só funciona se é privado, de preferência de algum "parceiro".
E a muito provável reeleição do Tarso só acontecerá se a oposição continuar assim, involuindo. Sem a RBS e a mídia amiga, nossos liberais modernos não são ninguém.
Curioso, não?
Guimas, o modelo ixperto do Britto foi instituído na década de 90, isso faz quase 20 anos. HOje o mercado é outro. Na Comunidade Européia as rodovias são maravilhosas. Portugal, por exemplo, está todo interligado de norte a sul com rodovias muito melhores do que a Freeway. E tudo isso é feito sob a supervisão da comunidade européia, do estado português, mas o regime é de concessão, a administração é de empresa privada. Existe pedágio (você paga o que percorre) em todas essas rodovias. O pedágio comunitário não vai resolver a situação grave de nossas estradas horrorosas. Tarso deveria fazer agora o que vai fazer em 3 ou 4 anos.
Guimas, só para lembrar -- até porque tem post aqui no depósito nesse sentido -- eu fui contra aquela proposta absurda da Yeda de prorrogar as concessões do Britto. Fui contra porque o mercado é outro, são outros tempos e o estado pode licitar e contratar por preço menor, como aconteceu na licitação das estradas federais, realizada pelo governo Lula, há 3 anos.
Tarso deveria licitar e fazer novas concessões abrindo o mercado para qualquer empresa mundial.
Mas prefere, infelizmente, por motivo eleitoreiro (vai ser chamado de o governador que baixou as tarifas dos pedágios) propor um modelo precário, que não vai resolver a situação.
Para construir boas estradas o estado precisa de parceiro privado, que vai investir na estrada, em troca de pedágio. A univias já ofertou pedágio pela metade do preço do atual. É possível sim fazer concessão com exigência de duplicação decente das estradas e também diminuir o preço.
É isso o que o governo Tarso deveria fazer.
Bem, o que talvez vocês não lembre, é que o Polo de Pelotas, aquela cidadezinha lá de baixo, foi criado no governo Brito. No entanto, a concessionária não queria fazer as reformas necessárias e partir para a cobrança imediata. Brito não aceitou, alegando que precisavam fazer as tais reformas antes da cobrança.
Pois bem, Olívio assumiu e devolveu o polo Pelotas para o governo federal. Lá encontrou Padilha que, imediatamente, assinou o contrato. Entre as preciosidades, foi instalada uma praça no paradouro Grill para "compensar" o baixo movimento na estrada de Bagé. É o pedágio mais caro do RS e vai continuar assim, mesmo com a safadeza da criação da Estatal.
Culpa, lá na contratação, do pt de Olívio. Culpa hoje, do pt de Tarso.
Mas é só uma cidadezinha lá no sul.
Tam mais, a Ecosul não quiz fazer a duplicação Pelotas/Rio Grande, que está sendo feito com verba federal. Depois, claro, vai cobrar pedágio.
Não sou filiado ao PT e o que digo a seguir não o faço para defender o Tarso.
Aqui em Santa Catarina e´uma pouca vergonha a bandidagem da Concessionária espanhola (Autopista Litoral Sul) que cuida da BR-101.
Se o privado e´uma m.....da, então vamos tentar qualquer outro modelo. Privado é caro e não funciona!
Sabe qual é o verdadeiro problema do pedágio caro, Guimas?
É a INCOMPETÊNCIA VISCERAL da justiça em discuti-lo e revisá-lo a partir dos contratos descumpridos pelas concessionárias, contratos estes que o Judiciário mantém no que para elas é interessante e não força o cumprimento do que para elas é desinteressante.
Daí não é PT, nem PSDB, nem DEM, nem partido nenhum que solucione a questão ou mesmo, que seja totalmente culpado pelo estado de coisas, o Judiciário se omite, como faz praticamente todos os dias na vida nacional...
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