Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quinta-feira, 18 de abril de 2013

O Enterro de Margaret Hilda




A história tem seus personagens. Goste ou deteste é assim que funciona. Margaret Hilda Thatcher foi importante naquele momento histórico, porque, apesar de ser truculenta nas negociações, porque pouco cedia, foi a partir de seu governo que a Grã Bretanha conseguiu superar velhos ranços estatais e corporativistas que emperravam o seu desenvolvimento. Sim, ela foi liberal,na desregulamentação do setor financeiro, na flexibilização do mercado de trabalho e na privatização das empresas estatais. Sim Thatcher  privatizou e  fez muito bem em privatizar, e o país tomou impulso, isso é inegável. O fato é que, a  economia britânica passou por um desagradável - mas importante - momento de reorganização: houve quebra de empreendimentos que mantinham-se devido a privilégios do governo. Houve sim desemprego e ela aboliu, vejam só, o salário mínimo.

 Eu não diria, como dizem alguns, que seu governo destruiu o chamado welfare state, típico da social democracia. Até mesmo porque o estado de bem-estar social é fundamental em qualquer país do mundo e Thatcher sabia disso. Ela apenas diminuiu o papel do estado na economia, para que ele funcionasse, de melhor forma. É uma respeitável visão de mundo.

O movimento punk tomou impulso em seu governo, outros movimentos sociais também. Realmente, Thatcher -- podem amá-la ou detestá-la -- fez história. Sim, eu sei que minha visão é meio em cima do muro, mas eu diria, como dizem os punks, fuck you.

3 comentários:

guimas disse...

Maia, não acho que estejas em cima do muro.

Thatcher acertou, mas também errou. Simples assim. Há correntes que consideram que seus erros foram mais graves - já li economistas dizendo que reflexos de suas medidas aparecem hoje, com a crise econômica que também atinge a Inglaterra.

É difícil agradar a todos.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Pois, tu também estás e concordo contigo.

guimas disse...

Maia,

É que acho ridícula essa necessidade de "ter um lado". Eu não tenho necessidade nenhuma de defender Thatcher - nem necessidade de criticá-la. Ficar "em cima do muro" é diferente disso.

Ficar em cima do muro é o que nossa imprensa faz quando não quer criticar algum aliado, ou simpatizante político. Ficar em cima do muro é ficar quieto na hora de dizer o que precisa ser dito.

Além do mais, o assunto não é futebol, e eu não preciso torcer pra ninguém.