Diversidade, Liberdade e Inclusão Social
Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt
terça-feira, 16 de abril de 2013
Os Esquálidos Não São Tão Esquálidos Assim
Chávez chamava a oosição venezuelana de "os esquálidos". E, de fato, a sonolenta oposição demorou a acordar. Fez, inclusive, a grande burrice de não participar de uma eleição, deixando o chavismo tomar conta das instituições> Não é a toa que os oficialistas controlam hoje o executivo, o judiciário e o legislativo e, além disso, fazem o chamado controle social da mídia.
Ninguém poderia imaginar, após a morte do grande líder, que Henrique Capriles, candidato oposicionista fosse perder com diferença de menos de 2% dos votos. Nenhuma pesquisa indicava isso. A vitória folgada de Maduro, candidato do chavismo, era dada como certa e por razoável margem.
Os esquálidos, os descontentes, os opositores estão mostrando sua força numa Venezuela dividida, inflacionada, com problemas graves de abastecimento e de gestão, onde a corrupção e a violência tomam conta. Maduro não vai ter folga, os esquálidos estão atentos e aumentando. O chavismo pode sim virar história.
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7 comentários:
Quanta bobagem num post só. Controle social da mídia? A mídia privada é toda anti-chavista! Legislativo? É eleito, em eleições diretas. Judiciário? Tem leis a respeitar. A menos que as leis sejam "bolivarianas" também.
O que a oposição tem de sobra é intolerância, necessidade de recuperar o controle que perdeu (curioso que ninguém acha isso "ditatorial". Só o chavismo é assim).
Maduro é um candidato fraco. De Maduro só tem o nome. A pior herança do chavismo é a falta de lideranças positivas. A oposição joga no quanto pior, melhor, e a situação vai viver sob o fantasma de Chavez.
Tempos difícies na Venezuela.
Guimas, o governo venezuelano -- e Chávez fez isso diversas vezes na campanha eleitoral do ano passado -- pode a qualquer tempo convocar cadeia nacional e a mídia privada é obrigada a transmitir os discursos chavistas. E a mídia privada tem mesmo que ser antichavista, porque essa exerce a todo momento o chamado controle social, tal como aconteceu com a Globovision.
Nenhum país evolui socialmente alimentando luta de classes e a receita do chavismo é exatamente essa, alimentar antagonismos sociais.
Agora estamos vendo que o chavismo está perdendo a tão badalada maioria.
Maia,
Mais um caso de indignação seletiva?
A Globovision, aquela que patrocinou o golpe de Estado contra Chavez? Modelo exemplar de conduta democrática, né?
Aqui no Brasil o governo também pode convocar cadeia nacional - temos também os famosos espaços eleitorais gratuitos dos partidos. Sabe o qque a mídia acha disso? Uma beleza. Ela é BEM PAGA por esses espaços. Sei lá como funciona na Venezuela.
A receita do Chavismo é governar para os pobres, Maia, e para quem está acostumado a mordomias governamentais, essa transforma-se em receita para "luta de classes". A mídia privada venezuelana conclama a luta de classes diariamente com seu antichavismo, mas aí pode, né?
Aliás, a oposição está, em suas manifestações atuais, conclamando até atos violentos - pessoas já morreram. Mas aí não tem problema, né? O problema é esse pessoal do Chavez que insiste em se eleger. Se fosses honesto, estarias escrevendo agora um post indignado contra Capriles. Claro, isso não ocorrerá. Pega mal, né, defender esse pessoal grotesco do Chavez.
O Chavismo ainda não perdeu a maioria. Perderá, sem dúvida, mas torço que não seja para esta oposição, que, por incrível que pareça, consegue ser pior do que os Chavistas.
O problema no teu post, e dos antichavistas da nossa imprensa é esta indignação seletiva, esta contradição evidente, esta desonestidade intelectual.
Para parafrasear teu raciocínio, quem defende o antichavismo também defende o golpe de estado, um governo elitista que abusa da miséria da maioria.
Mas, claro, se consideras verdade irrefutável a opinião dos Tio Reis da vida, então fica claro que Chavez e seus herdeiros políticos são o demônio. Seus opositores, os anjos abençoados que vêm salvar o povo.
Faz-me rir. E muito. Mas é triste. no fundo, esse tipo de ignorância.
O discurso de Capriles é de União Nacional, uma venezuela para todos. A Venezuela chavista é um modelo que dá sim prioridade aos pobres, mas economicamente é uma catástrofe. Inflação alta, desabastecimento, corrupção, grande violência. E a população de baixa renda, que recebe as bolsas misérias, pode até ter mais acesso à saúde e educação, mas continua pobre e violenta.
O chavisismo é um pacote, se destina o dinheiro do petróleo para as populações pobres e se alimenta o antagonismo contra os ricos e classe média, os esquálidos.
O papel do governo não é alimentar antagonismos. O PT do Lula e da Dilma faz políticas sociais e não alimenta antagonismos, apesar de setores do PT quererem que isso ocorra. Lula ultimamente tem feito isso.
Se a oposição é violenta e os protestos desta semana estão mostrando isso é porque isso faz parte do pacote do chavismo.
Não, Maia.
A oposição é violenta porque viu espaço pra tomar o poder no grito, coisa que já tentou antes.
A culpa não é da mulher estuprada, é do estuprador. Capriles colocou a turma na rua pra protestar, inclusive se recusando a reconhecer o resultado da eleição.
Quem está alimentando antagonismos sociais é a oposição, que ainda não aceitou perder.
No Brasil ocorre o mesmo, menos a violência.
Guimas, o discurso chavista sempre foi belicoso, chamando a oposição de esquálida etc. Está colhendo o que plantou.
Maia, acho que tens um problema de compreensão básica de textos.
Eu não disse que o chavismo é santo. O que eu disse é que a oposição está, hoje, impondo o conflito.
Se és contra o discurso chavista "belicoso", deverias ser também contra o discurso belicoso de Capriles.
Aí tens a famosa falha da indignação seletiva. Chavez com discurso belicoso? Está errado, diz Maia. Capriles com discurso belicoso? É culpa do chavismo, diz Maia.
Ignoras os erros - graves - da oposição ao chavismo porque assumes um lado - o do antichavismo. Aí teu discurso fica vazio, parecendo torcida de time de futebol.
Idéias curtas, Maia. Capriles está partindo pro conflito pra explodir tudo de vez, e apostar em um apoio que o eleve ao poder. Nada democrático, e estás assinando embaixo disso.
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