Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quarta-feira, 17 de abril de 2013

Pedágios da Discórdia





Estamos evoluindo, mas ainda engatinhando nessa questão. Aqui no RS,  Olívio disse que o opositor, o Britto era o pedágio e ele era o caminho. Olívio, na verdade,  foi também o pedágio.

E Tarso também está mantendo os pedágios, porque é uma tarifa importante sobre um serviço --- que continua sendo público -- que é fundamental para a sociedade.

O fato é que o número de mortes no trãnsito nas estradas é assustador. E o que o poder público deve fazer? Duplicar as estradas, torná-las mais seguras.

Mas Tarso Genro ao fazer os pedágios comunitários e formar uma estatal não está pensando na duplicação de estradas, mas na sua reeleição, porque os pedágios vão sim baixar de preço, mas essa estatal não vai ter caixa para realizar as necessárias e fundamentais duplicações.

Melhor forma de resolver o impasse são as parcerias públicos privadas, as famosas PPP's, lei criada no governo Lula do PT e que, infelizmente, o PT do RS não quer aplicar neste complicado estado de discórdia.



Existe um projeto do governo Yeda de PPP de construção de uma estrada duplicada,  RS 010, sim com pedágio privado, mas, por preconceito e politicagem, o governo Tarso colocou o projeto nas estantes do mofo.

E esse é o problema do Brasil e do RS, a politicagem e a demagogia.

8 comentários:

guimas disse...

Não entendo, Maia.

Temos rodovias pedagiadas pela iniciativa privada há mais de dez anos que não foram duplicadas.

Mas cobraram dez anos de pedágio caro. Sem benefícios para a população.

E o problema é a politicagem? Se for pra não ter vantagem, prefiro pagar menos - não tô aí pra enriquecer dono de posto de pedágio.

E a ERS-010 tem um novo projeto, com uma gloriosa PPP, mas que é um pouco mais amigável à população, menos ao empresário da estrada. O projeto da Yeda seguia o padrão dos de Britto - que hoje sabemos que eram extremamente favoráveis às concessionárias.

Politicagem e demagogia tem na iniciativa privada também, Maia. É só abrir os olhinhos pra ver.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Concordo, Guimas, Britto implantou pedágios no RS na metade da década de 90. Esse modelo está completamente atrasado, não haviam contrapartidas. Quando Yeda resolveu prorrogar aquele modelo para duplicar meia dúzia de kms eu fui contra. Tarso deveria fazer uma grande licitação, ampliando o número de empresas, tal como foi feita pelo governo Lula no estado de SP, com contrapartida de duplicação em todas elas. Mas Tarso, pensando na reeleição, porque os pedágios vão sim baixar em 2014, investe numa estatal que não vai ter caixa para duplicar.

E isso sim é complicado.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Guimas, parece que é a Odebrecht fez recentemente uma proposta para Tarso de duplicar e cobrar pedágio de aproximadamente R$ 5,00. Tem que fazer, até mesmo porque quem não quer pagar esse pedágio que utilize a BR 116.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Aliás, a proposta da Odebrecht não é só duplicar é construir a rodovia para receber a concessão por 30 anos e cobrar pedágio que é aproximadamente a metade do valor cobrado nos pedágios do Britto. Tarso não deveria nem pestanejar, deveria fazer e logo.

guimas disse...

Pois é, Maia.

Há como alterar o contrato para exigir contrapartida? Não, as concessioinárias não aceitam. Há como reduzir o pedágio com o contrato atual? Não, as concessionárias não aceitam.

Resultado? Fora concessionárias, mudemos o modelo para baratear o pedágio.

Se isso é eleitoreiro, não tenho problema nenhum. O importante é oferecer serviço de qualidade. Aliás, se for na mesma qualidade de antes, já estamos lucrando. O pedágio vai ser mais barato.

Sobre a ERS-010, o que o PT não quis foi justamente esse modelo atrasado. Ainda, algumas contrapartidas exigidas, desonerando o governo - desapropriações por conta da construtora, por exemplo.

Yeda entregou o projeto de lambuja. Ainda bem que não aprovamos aquele. O do Tarso é muito melhor.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Guimas, sequer houve licitação. Muito menos contrato. O governo Lula fez em SP uma licitação com participantes internacionais, via PPP, por que isso não pode ser feito no RS?

Tem que tentar fazer licitação para construir a estrada duplicada, com preço de pedágio justo e quem vencer vai ter direito á concessão.

Quanto a RS 010. O modelo da Yeda pode até não ser o melhor e Tarso tem todo o direito de mudar, mas não há outra alternativa senão a da concessão e parceria com a iniciativa privada, porque a estatal criada não vai ter recursos suficientes para duplicar estradas.

guimas disse...

Maia,

O governo não tem dinheiro para fazer a estrada nova, e fará uma PPP - com o aval do Tarso. Essa notícia já saiu mês passado. O que mudou é que a parte privada da parceria vai ter que investir mais - agradinhos que os governos anteriores eram faceiros em dar.

Agora, parceria para duplicar as estradas que já existem, acho que não vai rolar, e por um motivo simples: os "parceiros" privados vão preferir esperar um governo mais "simpático à causa".

Carlos Eduardo da Maia disse...

Semana passada saiu a notícia que a Odebrecht fez nova proposta aceitando algumas contrapartidas.

Concessão de estrada pública com iniciativa privada e com as necessárias contrapartidas é a forma mais razoável de se fazer estradas, porque desonera os cofres públicos.

tudo é questão de se acertar.