Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Notas Sobre Um Suicídio




Um homem é encontrado morto no leito do lago Paranoá em Brasília junto a ponte. Esse homem foi representante do governo do Rio Grande do Sul em Brasília, era ligado a governadora. O fato, por si só, é intrigante. E as intrigas vendem jornais e movimentam os Blogs. A mídia se manifesta. A hipótese de que tenha ocorrido suicídio é forte, mas certos Blogs torcem o nariz para o que diz a grande mídia, pois ela sempre "manipula" as informações para "defesa" de seus interesses.

Leio no Diário Gauche o seguinte post que depois comento:

Sete questões que não querem emudecer
Ontem à noite conversei com um especialista em assuntos policiais. A propósito da morte misteriosa do ex-assessor de gabinete da então deputada federal Yeda Crusius (PSDB), ele me esclareceu e me confundiu com algumas informações, como:1) É raríssimo suicídio por afogamento, tanto mais se o local escolhido for nas águas serenas de um lago, onde não há correnteza, redemoinhos ou ondas.2) Qual o motivo de apressar o sepultamento do corpo? O corpo foi encontrado no amanhecer de terça-feira, ontem à tarde já estava sepultado.3) Por que não houve perícia técnica para examinar as vísceras do corpo? Em casos de suspeita de morte por afogamento é fundamental examinar a presença de microalgas no interior do pulmão da vítima. O exame legista pode dar respostas sobre agressão antes ou depois do óbito e qual foi de fato o agente causador do mesmo.4) Como a hipótese de suicídio é remota, por que pessoas do centro do governo Yeda logo classificaram de forma perempta e uníssona, sobretudo uníssona, a morte por suicídio? Seria uma orquestração? De quem? O meu interlocutor estranha a carta de Carlos Crusius que não disse a que veio, salvo para afirmar categoricamente que Marcelo Cavalcanti foi levado ao suicídio. Ficou evidente a “palavra de ordem” de Crusius: morte por suicídio e ponto final.5) A mídia amiga e os correligionários do falecido passam a repetir a hipótese do suicídio como uma verdade absoluta, fazendo cortina de fumaça para outras hipóteses e especulações menos ingênuas.6) Uma questão importante: a Polícia Federal está investigando o caso?7) E o mais intrigante: “por que a mídia amiga – ZH e CP, especialmente – não levantam isso que eu estou dizendo aqui no nosso diálogo? Afinal, essas questões que aponto são elementares, como beber um copo d’ água, para um bom repórter policial” – arrematou o meu atônito interlocutor.Um dado hilário da cartinha de Carlos Crusius: quem seriam os stalinistas que levaram Marcelo Cavalcanti à morte? Onde vivem esses stalinistas, do quê se mantém, e como se alimentam esses seres exóticos? Será que esses stalinistas possuem armas de destruição em massa nas garagens de suas casas? Vêem o BBB na TV ou preferem a leitura das obras do GGP – guia genial dos povos?Carlos Crusius fica devendo essa. E a governadora Yeda fica devendo uma manifestação sobre o caso de seu ex-assessor "suicidado".

Barbosinha!

É impressionante como certa esquerda tem memória seletiva. Ela esquece e deleta os fatos mais importantes, porque tem a compreensão "ideológica" de tudo. Ora, se a ideologia está até na matemática e nas ciências exatas, porque ela não estaria presente em todos os fatos e nas coisas da vida? Inclusive nas versões do suicídio. Ora, fato fundamental e que foi omitido no post é que o tal do Cavalcanti ligou para a mulher e para filha na véspera do fato comunicando que iria passar para outra vida. Esse é o típico gesto de um suicida. É muito comum o suicídio em pontes. Se zilhões de pessoas se jogaram da Brookling Bridge em NYC, porque elas não poderiam se jogar de uma ponte no Paranoá? E mais, tudo aconteceu em Brasília, onde dormem o Lula, a Dilma, o Tarso e a Polícia Federal... E o Feil vem dizer, com todas as letras, que a hipótese de suicídio é remota.... Essa "visão ideológica de mundo" está levando certas pessoas ao delírio.

Morte violenta, inclusive suicídio, tem que fazer autópsia. A Polícia de Brasília deve ter feito a autópsia. Uma coisa é certa, o depoimento desse cidadão -- que sequer foi indiciado na operação Rodin -- estava o deixando muito incomodado. De origem simples esse senhor viu a grande chance de sua vida ir para o espaço quando foi registrada uma conversa dele intercedendo em favor do gângster Lair Ferst. Yeda o demitiu sumariamente. A chance perdida e seu nome estar vinculado a uma picaretagem geram distúrbios psicológicos. Ninguém está aqui defendendo governos, mas falando e analisando fatos. A chance de ter havido homicídio, neste caso, é remotíssima. O resto não é nem ilação, mas delírio puro. Tadinhos!

Um comentário:

Anônimo disse...

Recomenda aos amigos o documentário "The Bridge", sobre suicidios por afogamento na Golden Gate, Sao Francisco. Media de dois suicidios por mes.

Descartar suicidio porque algum suposto "especialista em assuntos policiais" desconhece suicidio por afogamento me parece o cumulo do absurdo. Se isso for importante, sou ex-policial, e digo que sim, nao ha nada de absurdo em um sujeito se jogar de uma ponte para morrer.