Jornal Nacional de 23 de outubro 2012 |
Leio no Aldeia Gaulesa o seguinte post:
A edição de ontem do Jornal Nacional, que dedicou
18 minutos a um especial sobre o mensalão, logo após o horário eleitoral
gratuito, pode ter infringido a Lei Geral das Eleições. Comandada por Eduardo
Guimarães, a ONG Movimento dos Sem-Mídia, decidiu entrar com representação
contra a Globo junto à Procuradoria Geral Eleitoral e ao Ministério das
Comunicações, acusando a emissora da família Marinho, comandada pelo jornalista
Ali Kamel, de agir de forma partidária, assim como ocorreu em 1989, na edição do
debate entre Lula e Fernando Collor.
O Blogueiro Sujo (denominação dada por José Serra) Eduardo Guimarães em sua petição assim REQUER:
Diante desses fatos, comunico que a ONG Movimento
dos Sem Mídia, da qual este blogueiro é presidente, apresentará, nos próximos
dias, representações à Procuradoria Geral Eleitoral e ao Ministério das
Comunicações contra a TV Globo por violação da Lei Eleitoral, com tentativa de
influir em eleições de todo país.
Detalhe: será pedido ao Minicom a cassação da
concessão da Rede Globo por cometer crime eleitoral
Comento
Realmente a Globo dedicou vários minutos para mostrar ao povo brasileiro o que foi esse imenso esquema de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha que foi o mensalão petista que movimentou -- pensei que fossem R$ 60 milhões -- quase 130 milhões de reais, segundo voto de Ayres Brito no tópico Formação de Quadrilha.
Essa matéria foi ao ar ontem quando o STF iniciou a fazer a dosimetria das penas dos criminosos. Por enquanto Marcos Valério já soma quase 12 anos de prisão em regime fechado.
O tal do Movimento dos Sem Mídias que, na verdade, defende interesses petistas quer é manter o povo brasileiro mal informado. A Globo tem o direito e dever de bem informar o povo brasileiro acerca dos fatos. E os fatos não são quaisquer fatos, são fatos que foram analisados e julgados. Se lideranças petistas corromperam, lavaram dinheiro, formaram quadrilha, o povo brasileiro tem todo o direito do mundo de saber sobre esses fatos e falcatruas, mesmo -- e principalmente -- em época eleitoral.
Esse movimento, na verdade, quer calar a boca da grande mídia com a cassação de suas concessões, o que é o absurdo dos absurdos.
2 comentários:
Maia, sempre te achei desonesto intelectualmente e com raciocínios que beiravam o pueril, tudo numa tentativa de se fazer passar por esquerda moderna, e não “certa esquerda”. Mas agora, finalmente, caiu a fralda. Assumiste que achas que “a Globo dedicou vários minutos para mostrar ao povo brasileiro o que foi esse imenso esquema de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha que foi o mensalão petista”. Nem com o pico de tua ingenuidade poderias pensar que a intenção da globo era de ‘bem informar’, de modo que o troll de estimação finalmente mostrou a que vinha – apesar de nunca ter chegado – engrossa o coro de gente que usa expressões como “blogueiros sujos”. Nem nos piores momentos dos governos do PSDB/DEM (i.e, Yeda), te dedicaste a escrever assim, e óbvio que não é por causa do julgamento, pois isso tampouco aconteceu com mensalão DF, onde o governador perdeu o mandato.
Podes concordar ou não com “esse movimento” que esconde interesses (haha, retórica da certa direita da Guerra Fria!), mas ele está levantando a lei. Ah, mas a lei, só pros inimigos.
Maia, és uma fraude de fraldas.
47 – Com Ali Kamel é assim: não importa que a Rede Globo funcione mediante concessão pública, renovada periodicamente, sobre o compromisso da isenção no noticiário, equilíbrio editorial e equidistância político-partidária. Em linha direta com João Roberto Marinho, o novo diretor da Central Globo de Jornalismo já atua, com menos de dois meses no cargo, com mão de ferro sobre a sociedade. Na quarta-feira 24, ao saber que pesquisa eleitoral encomendada pela própria Rede Globo ao Ibope havia apontado larga dianteira de Fernando Haddad, do PT, sobre José Serra, do PSDB, Kamel correu para a sala de João Roberto e, ainda mais rápido, ordenou que nenhum dos telejornais da casa noticiaria o fato. Os números, afinal, estavam em desacordo com os interesses do patrão – ali eles chamam esse ente de "casa".
A pergunta que se fez imediatamente ao silêncio sobre a notícia no Jornal Nacional, do qual se diz que William Bonner é apresentador e editor-chefe, e no Jornal da Globo, em que William Waack é apresentador e editor-executivo, é sobre se há, de fato, limites legais para a operação de uma concessionária pública de informação. Esse é o caso da Rede Globo. Ao longo da história, tais limites, impostos pelo Congresso Nacional, sempre foram meramente ornamentais, mas muita gente avalia que os tempos estão mudando. Um entendimento que não ultrapassa, nem de dentro para fora, nem de fora para dentro, pelo menos por enquanto, as grades da Rede Globo.
Ali, como Ali já deixou claro em seus primeiros cortes no espelho (esse é o jargão utilizado para definir a ordem das notícias que serão veiculadas num determinado jornal de tevê), vigoram os tempos em que, do mesmo cargo, o festejado jornalista Armando Nogueira não deixava que o tal Boeing do Jornal Nacional carregasse qualquer notícia contrária aos interesses do regime militar. Havia, inclusive, um index de pessoas que não poderiam, jamais, serem entrevistadas pelos profissionais da emissora, como o político fluminense Roberto Saturnino Braga, líder da investigação na Câmara Federal, na segunda metade da década de 1960, que comprovou que os equipamentos sofisticados da Globo, comprados naquele período, tiveram recursos saídos diretamente dos Estados Unidos, o que era e é proibido por lei. O famoso caso Time-Life (http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/0,27723,5270-p-21890,00.html).
leia mais:http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/83888/Concession%C3%A1ria-p%C3%BAblica-pode-sonegar-informa%C3%A7%C3%A3o.htm
Postar um comentário