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Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Para "The Economist" Economia Brasileira é Criatura Morimbunda



Não. Não vamos torcer contra, mas estão a dizer que em 2013 enfrentaremos marolinhas. marolas e marolões. Vamos rezar.

Na Folha hoje:

'The Economist' sugere a Dilma que demita Mantega


Para a revista britânica "The Economist", a economia brasileira é uma "criatura morimbunda" que ficou paralisada e luta para se recuperar, e a presidente Dilma Rousseff faria melhor se demitisse o ministro Guido Mantega, da Fazenda.

"A presidente insiste em que é pragmática. Se for assim, deveria demitir Mantega, cujas previsões exageradamente otimistas perderam a confiança dos investidores, e nomear uma nova equipe capaz de recuperar a confiança das empresas", diz editorial do número mais recente.

A avaliação da publicação, que tem como princípio editorial defender menor intervenção do Estado na economia, é que a intromissão do governo sobre quanto deve ser a taxa de retorno em negócios como bancos e elétricas gerou desconfiança entre os investidores.

"Até mais que o antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, Rousseff parece crer que o Estado deve direcionar decisões de investimento privado."

Diante do quadro apresentado, a "Economist" sugere que o Banco Central errará se decidir por mais um corte na taxa básica de juros e que o governo foque a redução de custos deixando livre o "espírito animal" do investimento privado.

Fatores como a desaceleração nos preços das commodities e o endividamento das famílias são citados como ameaças à atividade econômica do país.

O termo "custo Brasil" é usado para explicar por que o governo precisará contar com um esforço maior do lado da oferta -não do consumo- para garantir o crescimento, com mais investimento e maior produtividade.

Apesar de iniciativas como redução dos juros e desoneração da folha de pagamentos, a taxa de investimento vem caindo nos últimos trimestres e representa hoje 18,7% do PIB, ante 30% no Peru e 27% no Chile, lembra a revista.

"Lula conseguiu um segundo mandato porque suas medidas tiraram milhões da pobreza. O eleitorado garantiu a reeleição a Fernando Henrique Cardoso porque ele combateu a inflação. E a senhora Rousseff? Eleitores podem julgar que, na tentativa de equilibrar tantas 'bolas' econômicas, ela deixou cair a maioria delas", afirma.

"FINANCIAL TIMES"

A perda de confiança aparece também em artigo no também britânico "Financial Times". Sebastian Mallaby, do Council on Foreign Relations, atribui o crescimento fraco da economia brasileira em 2012 a uma "nevasca de microinterferências" do governo que corroeu a confiança empresarial.

8 comentários:

Grilo falante disse...

Será que a Dilma já leu o jornal? Acho que não, pois o mantega continua no cargo. Tens que avisá-la logo, Maia, para que ela não tarde em demiti-lo.

Pimentel disse...

Mariana Tokarnia
Repórter da Agência Brasil

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse nesta sexta-feira 7 que o Brasil está na direção certa e registra forte crescimento, comprovado pelos indicadores de investimento no país.

Ele rebateu as críticas feitas pela revista britânica The Economist que sugeriu a demissão do ministro da Fazenda, Guido Mantega, devido ao fraco desempenho do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

“No dia em que a Economist nomear ministro no Brasil, deixaremos de ser uma república federativa”, afirmou Pimentel. Ele acrescentou ainda que, em 2013, o crescimento do PIB brasileiro estará “certamente acima da média mundial”.

Em relação ao câmbio, embora o regime adotado pelo Brasil seja flutuante, Pimentel disse que “o governo vai atuar para garantir a competitividade brasileira."

As declarações foram feitas durante o 1º Fórum Empresarial, evento simultâneo à Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, que começa nesta sexta 7. O ministro da Fazenda evitou comentar o artigo da The Economist.

O fórum reúne empresários sul-americanos que vão levantar sugestões dos diversos setores da economia para incentivar o comércio e o desenvolvimento da região. A principal demanda é implementar ações que facilitem o comércio no bloco.

O Mercosul é formado pelo Brasil, pela Argentina, pelo Uruguai, pela Venezuela e pelo Paraguai - que está suspenso do bloco até abril de 2013. O Chile, o Equador, a Colômbia, o Peru e a Bolívia estão no grupo como países associados. Há, ainda, os membros observadores: o México e a Nova Zelândia.

Com a Venezuela, o Mercosul reúne 270 milhões de habitantes, o equivalente a 70% da população da América do Sul, cujo Produto Interno Bruto (PIB) chega a US$ 3,3 trilhões, aproximadamente 83,2% do PIB sul-americano, em um território de 12,7 milhões de quilômetros quadrados ou 72% da região.

247 disse...

Turma da mídia migra ordenadamente para boicotar política econômica; governo atende antigas reivindicações do empresariado, mas medidas de estímulo são ironizadas como hiperativismo; resultados de emprego, renda e consumo, ignorados em benefício das projeções de um futuro de problemas; nem sinal de trégua à vista
Marco Damiani _247 – Depois de reestruturar, num trabalho brilhante, no início da década de 1990, a dívida externa do Brasil ao longo de complexas negociações meses a fio com o FMI e dezenas de bancos credores, e pilotar com maestria os primeiros quatro anos do Plano Real, o ministro Pedro Malan, que ocupou durante oito anos o Ministério da Fazenda do presidente Fernando Henrique, passou o segundo mandato do governante tucano, entre 1999 e 2002, praticamente de braços cruzados diante da crise internacional. Não havia medidas macroeconômicas, tampouco cobranças em escala na mídia tradicional pela paralisia da atividade. Dava-se, sem esperneios, aqueles anos como perdidos, em alinhamento com o discurso oficial, repetido até hoje pelo próprio Fernando Henrique. O discurso de que não havia mesmo o que fazer para enfrentar a crise global. Em Brasília, Malan convocava entrevistas coletivas que tinham como tema, durante os menos de 15 minutos de duração de cada uma delas, a ida do Brasil ao FMI, em pedidos de empréstimos bilionários que ganhavam ares de pic-nics primaveris nos jornais do dia seguinte.
As coisas mudaram. Tanto do lado do governo, como do lado da mídia. A complacência com que o comando da economia encarou, na virada dos 1990 para os 2000, a crise internacional foi substituída pelo que se chama agora, com crítica e ironia, de hiperativismo. Lá fora, numa atitude por todos os ângulos honesta, a presidente Dilma ocupa os foros internacionais dos quais participa para defender sua receita anti-cíclica, sem receio de deixar de ganhar jantares de gala com direito a discursos amigáveis e honrarias de ocasião. À maneira de cada um, o governo tucano deu e a gestão dilmista dá o melhor de si ao País – mas esse segundo jeito parece que não serve.

247 disse...

...

...
Em meio a projeções do "pibinho" de 1% para 2012, uma revoada de avis raras ocupa a mídia tradicional rumando para a mesma direção de tempestadas no horizonte. É para lá que está indo a nossa economia, dizem. Entre colunistas de economia e de sociedade, como se diz, ex-presidentes do BC e antigos quadros da alta administração pública, o que se tem, hoje, é outra vez a expressão do pensamento único neoliberal de que não se pode voar contra o vento.
Tem-se o cuidado, até mesmo, de minimizar a crise internacional e atribuir exclusivamente à política econômica local a baixa do PIB. "Uma investigação minimamente mais cuidadosa, contudo, mostra um quadro muito distinto daquele suposto pelo Banco Central (BC). A começar porque, do ponto de vista da economia global, a desaceleração recente é pálida sombra do que foi a crise de 2008/2009", escreveu o economista e ex-diretor do Banco Central (2003-2006) Alexandre Schwartsman. Ele compara o desempenho brasileiro com o de outros países do continente para garantir sua tese. "Quando se examina o período mais recente, todavia, é visível a diferença de desempenho entre o Brasil e os demais países latino-americanos. Embora o crescimento tenha se desacelerado em todos eles (em média uma redução de 1 ponto percentual), a desaceleração brasileira foi muito mais forte (cerca de 4 pontos percentuais) e o Brasil é o único que registra expansão abaixo da tendência estimada. Posto de outra forma, os dados sugerem que o baixo crescimento nacional é um fenômeno local", cravou.
Por outro ângulo, alerta a colunista Sônia Racy, de O Estado de S. Paulo, em nota intitulada Guinada 1, que empresários que ela ouviu, pró e contra o governo, já exprimem o mesmo temor: "Acreditam que, sob pressão, ela (a presidente Dilma) possa... radicalizar. Sem romper contratos, mas aprofundando a atual centralização". Se não bastasse, tem a Guinada 2: "Para o mercado financeiro, a pior coisa que Mantega poderia ter feito era reclamar publicamente dos números do IBGE. Imediatamente, lembraram-se de Cristina Kirchner".

247 disse...

...
As dúvidas do ministro sobre o PIB do terceiro trimestre apontados pelo IBGE valeram, nesta quinta-feira 6, editorial do mesmo Estadão: "Parece-nos muito grave que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, duvide dos dados do IBGE, que desde 1936 reúne estatísticas sobre o Brasil." Na verdade, o que Mantega levantou publicamente, durante entrevista, foi uma dúvida sobre o peso dos investimentos públicos na composição do resultado, o que foi interpretado, sem condescendência, como quase uma ordem de revisão dos números dada pelo titular da Fazenda aos técnicos do IBGE. Isso não aconteceu, mas para o Estadão...
Há, é certo, algo de ufanismo na postura de Mantega. Ele acredita ser papel do ministro da Fazenda portar boas notícias, animar os agentes econômicos, mexer com os brios dos empresariado e até mesmo proteger os trabalhadores. Exagerou, assim, em suas projeções para o PIB do terceiro trimestre – e a escorrega já vai lhe custando praticamente uma crucificação em praça pública. Com direito a grossa ironia. É também do ex-BC Schwartsman, no seu artigo O Quarto do Riso, publicado no jornal Valor Econômico, a tirada de sarro sobre o ministro: "É preciso reconhecer que, em retrospecto, o ministro da Fazenda estava correto ao qualificar a projeção do PIB de 1,5% como piada; só não percebeu que a sua própria piada (crescimento de 4%) era bem mais engraçada...".
Quando, por outro lado, o governo aponta para a ideologização do debate econômico, tal qual aconteceu há pouco em torno do julgamento do chamado mensalão, no campo político-jurídico, não parece estar errado. Os ataques à Fazenda e ao BC eram, até aqui, comedidos, mas bastou, digamos, sair o primeiro dos que apostam contra o governo para que toda a torcida mostrasse sua paixão. Já há quem veja a presidente Dilma e o ministro Mantega definitivamente de mau com o empresariado e o público, apesar da série de bons resultados no emprego, na renda e no consumo. É o caso do colunista Carlos Alberto Sardemberg, que escreve para jornais e tem presença diária no Jornal da Globo, da Rede Globo: "Vamos falar francamente: as relações do governo Dilma com o setor privado caíram no pior dos mundos. Há uma perversa combinação de hostilidade ideológica, negócios de compadres e corrupção. Nesse ambiente, só investe quem consegue um jeito de transferir o risco para o governo, obter financiamento e/ou subsídio e/ou acertar com funcionários na base da propina."
Se os ânimos se acalmarem em ambos os lados, o debate econômico sem dúvida sairá ganhando. Mas nem há sinal de trégua.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Se eu fosse a presidenta manteria Mantega no cargo.

247 disse...

Presidente Dilma Rousseff responde a revista britânica 'The Economist', que sugeriu a demissão de seu ministro da Fazenda, Guido Mantega: "Em hipótese alguma o governo brasileiro eleito pelo voto direto vai ser influenciado pela opinião de uma revista que não seja brasileira". Acabou sobrando para a rainha Elizabeth II e o primeiro-ministro David Cameron

7 de Dezembro de 2012 às 16:59

247 - A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira que não tem como levar em consideração a sugestão da revista britânica 'The Economist' para demitir seu ministro da Fazenda, Guido Mantega. "Nós todos aqui somos a favor da liberdade de imprensa. Então não tem nenhum senão a dizer sobre o direito de qualquer revista ou jornal falar o que quiser", comentou a presidente. "Só quero me manifestar que em hipótese alguma o governo brasileiro eleito pelo voto direto vai ser influenciado pela opinião de uma revista que não seja brasileira", completou.

Para Dilma, que comentou a questão ao fim da reunião de cúpula do Mercosul, a revista exagerou na sugestão. "Eu nunca vi nenhum jornal propor a queda de um ministro", comentou. "Nós estamos crescendo a 0,6% nesse trimestre. Iremos crescer mais no próximo trimestre. Então a resposta é: de maneira alguma eu levarei em consideração esta, digamos, sugestão. Não vou levar", disse.

A presidente também aproveitou para cutucar os britânicos, que atravessam, junto com toda Europa, uma grave crise econômica. "Vocês não sabem que a situação deles é pior do que a nossa? Pelo amor de Deus, desde 2008", disse. "Não temos crise de dívida soberana. A nossa relação dívida PIB é de 35% e a inflação está sob controle", comparou a presidente.

Anônimo disse...

Se o Maia fosse a presidenta eu fugiria do Brasil, como o Mário Amato do Lula.