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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Cristina K e a Argentina Mediocre (Sem Grande Mídia)



Já pensaram? A Tv Globo não poderia atuar na TV aberta e na Tv fechada. Teria de escolher uma delas. A rede Globo não poderia ter jornal, rádio e nem revistas. Teria de escolher um desses meios. Pois, na Argentina, da impopular Cristina K, a partir do dia 07 de dezembro vai entrar em vigor a Ley dos Médios que obriga os grandes grupos de mídia, no caso o Grupo Clarin, francamente opositor ao regime, de vender ou de passar para terceiros algumas de suas mídias.

Chávez fez algo semelhante na Venezuela ao extinguir a concessão da Globovision, que hoje atua somente na Tv a Cabo.

Ainda bem que no Brasil essas medidas, apesar das pressões de uma certa esquerda, não foram implementadas, até mesmo porque o presidente Lula, num ato de bom senso, renovou as concessões de televisão, inclusive da Globo.

A medida até pode ser vista, com certa ingenuidade, como algo democrático, porque outros atores poderão participar deste mercado que é essencialmente oligopolista. Mas nada funciona desse modo, a Globo, por exemplo, faz uma televisão de alto nível, a Tv a cabo também é muito boa, as transmissões do Sportv são excelentes. Isso é fato. Modificar, por decreto ou até mesmo  por lei, esse status quo sob o argumento de democratização da mídia, é também uma forma - implícita - de calar a boca de quem critica.

E a crítica, inclusive dos grandes meios de comunicação, é fundamental na América Latina de nossos dias. Já pensaram, no que seria do Brasil sem as críticas da Veja? Seria uma chatice, uma mediocridade.

16 comentários:

guimas disse...

Maia,

Quando tu colocas as tuas idéias assim, me dá pena. Olha isso:

"A medida até pode ser vista, com certa ingenuidade, como algo democrático, porque outros atores poderão participar deste mercado que é essencialmente oligopolista."

É óbvio que é democrática! Só em cabeças bem pequenas que a qualidade (ou nível) de uma emissora de TV depende de oligopólios. Não tem nada a ver uma coisa com a outra!

Ou tu estás tentando me dizer que só há mídia de bom nível se há oligopólios? Se estás, tenho mais pena ainda!

Esse discurso fraco e imbecil de que acabar com oligopólios acaba com a TV de "bom nível" é o pior argumento de todos!

A mídia no Brasil é assim porque tem dono e essa mesma mídia atende interesses privados definidos. Não há nada de democrático aí!

O mais curioso é que o teu exemplo, a Rede Globo, jamais teria "vingado" sem o apoio decisivo do governo da ditadura militar. Idem para a RBS. Infelizmente.

E, curiosamente também, é recorrente tua crítica à rede Record, do "bispo". Quando não é do "teu nível", não presta?

A "impopular" (eleita duas vezes, ora vejam) Cristina K faz bem em democratizar a mídia. A Inglaterra está discutindo isso também, e lá ninguém tá com medo.

Só aqui que nossa mídia, suuuuuuper imparcial e justa, acredita que tá bom como está. É óbvio que não está. Nossa mídia é muito mais impopular do que Cristina K!

Grilo falante disse...

Eu até ia comentar, mas o Guimas deixou o Mamaia de cuecas. Mas mamaia, O STF lá aprovou...

marcelo disse...

na argentina esses meios nao vao deixar de existir, como o post deixa a entender ao comparar com o caso da venezuela. Eles só vao mudar de dono. Isso acontece em setores que por lei deixam de ser monopólios, e se chama "unbundling". Acontece, por exemplo, no setor de energia quando a geracao, se separa da transmissao e distribuicao.

Carlos Eduardo da Maia disse...

É uma característica de mercado. Assim como os automóveis, a linha branca, o mercado de jornais, de televisão, de rádio é oligopolista. Em qualquer lugar do mundo é assim. Coisas da vida.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Guimas, me diga em que lugar do mundo o mercado de mídia não é oligopolista. Em alguns lugares é pior, como Cuba, pois é monopólio.

guimas disse...

Maia,

Nos paises "socialmente desenvolvidos" a mídia não é oligopolista e é regulada.

Vai ver se na Finlândia um jornal pode usar arapongas e tentar invadir um quarto de hotel sem dar cadeia.

Quanto a tua comparação, não ha oligopólios nos automóveis e na linha branca. Depois, TV e rádio são locais - a RBS tem um oligopólio bem definido, no RS e em SC.

E, no meu entender, o problema é a utilização política do oligopólio: usando teu exemplo de Cuba, o conteúdo da mídia é controlado pelo governo. Aqui, é controlado pelo dono da mídia. Todo mundo sabe que a Veja tem uma linha política anti-petista, e NENHUM repórter pode ter linha diferente. A diferença, na prática? Nenhuma.

Se o modelo de Cuba não serve, por que serve o da Veja?

A resposta é simples: porque tu concordas com a linha editorial da Veja. Simples assim. Não tem nada a ver com democracia.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Guimas, deverias estudar direito da concorrência. Mercado de mídia ou é monopólio ou oligopólio.

Por fim, muito melhor o mercado de mídia ser controlado pelo próprio mercado do "dono da mídia" do que por um burocrata rancoroso militante de um partido político.

Guimas, se não fosse a Veja, o criminoso e quadrilheiro do Zé Dirceu seria hoje presidente do Brasil. Veja é essencial no Brasil de nossos dias.

Carlos Eduardo da Maia disse...

E Veja fez muito bem em mostrar que Zé Dirceu recebe em seu apartamento em hotel 5 estrelas em Brasília o presidente da Petrobras e ministros de Estado. Zé Dirceu é corrupto e quadrilheiro.

guimas disse...

"Por fim, muito melhor o mercado de mídia ser controlado pelo próprio mercado do "dono da mídia" do que por um burocrata rancoroso militante de um partido político."

Me diz como os editores de Veja não são "burocrata rancoroso militante"? Esse é o ponto! Eles são militantes, agem politicamente. Está errado.

"...se não fosse a Veja, o criminoso e quadrilheiro do Zé Dirceu seria hoje presidente do Brasil. Veja é essencial no Brasil de nossos dias."

Pois é. Mas a Veja levou Collor lá. E queria levar Serra. Ou Alckimin. Ou qualquer um que fosse "do lado deles". Está errado.

Eu já repeti à exaustão, mas digo de novo. O problema não são as denúncias - denúncia, se verdadeira, leva a condenação, se falsa, leva a absolvição.

O problema é a varrição pra baixo do tapete. Veja elevou um corrupto quadrilheiro chamado Demóstenes a condição de "mosqueteiro da ética", sabendo de suas ligações com a quadrilha. E varreu tudo pra baixo do tapete, porque não interessava politicamente.

Posso citar inúmeros casos de atuação política quase criminosa da Veja, da Folha.

E o ponto que quis levantar é que Veja reconhecidamente usou métodos criminosos para obter informações para suas matérias. Isto é inadmissível. Tu só achas bonito porque foi contra o PT. Se fosse contra Serra, teria um bando de criaturas falando do "estado policial". Lembra do grampo do Gilmar, que nunca existiu? Pois é. Mesmo sem o grampo, já criou-se uma celeuma.

E tu, Maia, expressas tua opinião essencialmente de modo partidário. O que vale para o PT tu jamais exiges da oposição. Só te falta a carteirinha de filiação! E isto também é errado. Anti-petismo é uma burrice, nunca contribuiu nem contribuirá em nada para o país crescer politicamente.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Guimas, foi a Veja que denunciuou Collor ao publicar a entrevista com o irmão dele, Pedro Collor e a Veja participou ativamente da campanha do impeachment. E Collor não era, como parece que é hoje, de esquerda. Muito pelo contrário, era de direita.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Só existe antipetismo, porque existe petismo. O pessoal do PT se acha acima do bem e do mal, se consideram os melhores e mais éticos políticos e quando oposição, meu deus do céu, infernam a vida de qualquer governante. E o pior, não admitem nenhum tipo de crítica. Contra pessoas que pensam e agem assim, é evidente que nasce um movimento contrário, com bem nos ensina a física.

guimas disse...

Ou seja, Maia, não interessa o que se discute, mas quem se discute.

Tá ali do ladinho no teu blog: small minds discuss people.

É o que tu fazes diariamente. Discute quem está fazendo e acontecendo. O que está sendo feito é tratado com platitudes: precisamos inclusão social! precisamos reforma política! E por aí vai.

Small minds, Maia. Acabaste de te enforcar com a tua própria corda.

guimas disse...

Eu nem tinha lido o segundo post, sobre anti-petismo.

Pois bem:

"Só existe anti-PIG, porque existe PIG. O pessoal do PIG se acha acima do bem e do mal, se consideram os melhores e mais éticos políticos e quando oposição, meu deus do céu, infernam a vida de qualquer governante. E o pior, não admitem nenhum tipo de crítica. Contra pessoas que pensam e agem assim, é evidente que nasce um movimento contrário, com bem nos ensina a física."

É verdadeiro também!

E eu nem gosto dessa bobagem de PIG. Mas que parece discussão do terceiro ano fundamental sobre Grêmio e Inter, parece.

Small Minds.

Carlos Eduardo da Maia disse...

As denúncias que a Veja fez contra o governo Lula do caso mensalão foram confirmadas pelo STF. As denúncias que o PT fez contra a Yeda Crusius não foram confirmadas pelo judiciário. Aliás, ela foi retirada, pelo mesmo judiciário, da ação. .Essa é a diferença, a crítica que certa mídia faz ao PT é mais séria do que aquelas que o PT faz contra os governos em que é oposição. E essa diferença não é nada pequena. Por isso existe o antipetismo, exatamente por isso.

guimas disse...

Ah, certo!

Pegas dois casos que servem exatamente ao teu argumento e monta a tua prova!

Olha só:

As acusações a Erenice Guerra não deram em nada - ela foi inocentada. Não há provas de nada do que se disse.
As acusações a Demóstenes - o mosqueteiro de Veja - levaram a sua cassação.

Por isso que a Veja é PIG e o PT a vítima. E é por isso que a esquerda é assim como é.

Viu como é fácil?

Small minds.

guimas disse...

Queres outro exemplo? Tá ali: o tio Rei, sobre Oscar Niemeyer: "metade gênio, metade idiota".

Nisso ele ganha. Ele é idiota completo.

Small Minds.