Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Investimentos em Tempos de Paz



Do Diego Casagrande:

R$ 5 bilhões é o investimento anunciado da Celulose Riograndense na fábrica de Guaíba. 8 mil empregos diretos e 21 mil indiretos. Como o anúncio é agora que o governo é do PT, os deputados do partido, MST, Via Campesina e todo o resto vai ficar quietinho, sem tentar inviabilizar. O negócio deles é sempre botar areia no desenvolvimento do estado quando o governo é dos outros. A expulsão da Ford é emblemática... e triste. Felizmente, o negócio agora vai sair e o estado ganhará com empregos, renda, retorno tributário e desenvolvimento.

Comments: O investimento deve ser comemorado e o reino de paz que se transformou o Rio Grande do Sul no governo Tarso Genro, PT, também. O PT quando oposição é um inferno. Se esse investimento fosse na época do governo Yeda iriam levantar mil coisas, questões ambientais, contrapartidas etc. Mas como é no governo do PT -- esse partido que tem o monopólio da sapiência, da ética e do conhecimento -- todos ficam calados e em paz.

10 comentários:

Grilo falante disse...


Não sei qual comentário é mais bobo, se o do Casagrande (esperado) ou o do Maia (previsível). Ambos falam para um PT que não existe mais, nem subjetivamente, mas eles não abandonam suas mágoas cuja origem não se conhece. Ainda ontem, Maia falava que se deveriam deixar os tucanos em paz porque são mortos, coisa do passado, etc, mas faz exatamente a mesma coisa, com sinal invertido, claro, pois imparcialidade é coisa que não existe aqui (e nem em alguns setores da esquerda, claro, mas também nos outros setores, que nunca serão alvo de um post como este). Se fosse com os outros, Maia e Casagrande ficariam “calados e em paz.”
Yeda quase destruiu o bioma pampa com seus eucaliptos e sua sabujice a empresas que depois lhe deram as costas (esperava que pagassem sua campanha à reeleição). Nenhum investimento – no governo de ninguém – deve ser saudado com bom sem que se computem seus ganhos e seus impactos, sejam ambientais, sociais, etc. Chega de “Fords”.
Do Casagrande se entende, pois ele precisa disso, como o Reinaldo vomitando sobre o Niemeyer no dia de sua morte e ganhando clics que lhe renderão dinheiro, mas e o Maia?

Grilo falante disse...

Quadruplicação de uma fábrica de celulose: um escândalo político e ambiental
Fábrica de celulose fotografada do calçadão de Ipanema em Porto Alegre no dia 5 de junho de 2011
O Centro de Estudos do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul promoveu na manhã de hoje (29/06) um encontro entre desembargadores e o geneticista aposentado Flávio Lewgoy, 85 anos, ex-presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan). O título da palestra: “Quadruplicação de uma fábrica de celulose: um escândalo político e ambiental”.
Se o projeto de ampliação da Celulose Riograndense (ex-Riocell) for confirmado pelos novos donos da fábrica de Guaíba (RS), o grupo chileno CMPC, nos moldes do polêmico EIA-Rima apresentado pelos ex-proprietários, o volume de efluentes líquidos lançados no lago Guaíba – resultantes do processo de branqueamento com dióxido de cloro – saltaria dos atuais 59 mil para 154 mil m3 diários.
“Eu fiz um histórico desde a primeira fábrica de celulose do Rio Grande do Sul, que utilizava fibra de taquara, depois transferida para o local da Borregard, que nas últimas quatro décadas já mudou várias vezes de dono. Expliquei os impactos ambientais do processo de branqueamento, da usina à carvão e do clorofórmio que sai das lagoas de decantação, mostrando que o ideal, porém mais caro, seria um processo de circuito fechado”, me relatou depois da palestra o professor Lewgoy.
Ele disse que ficou muito satisfeito com o interesse dos cerca de 70 participantes do encontro que lhe fizeram “perguntas muito inteligentes”. Boa parte da conversa girou em torno da Ação Civil Pública 001/1.08.0208326-2 que tramita na 10ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre desde 2008 contra Ana Pellini, ex-presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), o órgão ambiental do Rio Grande do Sul.
Ela é acusada por cinco entidades ecológicas gaúchas – Agapan, Igré, Instituto Biofilia, Projeto Mira Serra e Saalve – de pressionar e perseguir funcionários da Fepam contrários ao projeto de quadruplicação da polêmica fábrica de celulose instalada há 40 anos na frente de Porto Alegre (RS), às margens do lago Guaíba que abastece de água potável a capital dos gaúchos.

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Grilo falante disse...

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O megaprojeto de produção de celulose foi sepultado, sem muita explicação, após a crise financeira mundial que eclodiu no final de 2008. Após a Votorantin e a Aracruz formarem a Fibria, eles venderam a fábrica de Guaíba para o grupo chileno CMPC. A expectativa do setor é que os novos proprietários anunciem até setembro a retomada do projeto de ampliação da Celulose Riograndense (ex-Riocell).
“Se for confirmada a quadruplicação dessa fábrica de celulose, o impacto ambiental será tremendo”, informou nesta manhã Flávio Lewgoy aos desembargadores presentes ao evento promovido pelo Centro de Estudos do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
“O meio ambiente é preocupação de todos e a palestra do professor Flávio Lewgoy abordou a poluição do Guaíba, a importância do lago para Porto Alegre e como ele está sendo poluído por algumas empresas”, informou através de sua assessoria o desembargador Nereu Giacomolli, coordenador do Centro de Estudos do TJRS. A palestra foi considerada ótima e foi sugerida uma próxima sobre os transgênicos.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Se Yeda quase destruiu o pampa com seus eucaliptos assim continua a fazer Tarso Genro que está feliz da vida com os investimentos da Celulose Riograndense.

Grilo falante disse...

Sim, mas por que tu, na tua cegueira, achas que quem te acha cego é porque é petista? Eu não sou. E mesmo se as duas coisas forem equivalentes, a pergunta é por que dedicas teu blog a espinafrar um lado? Quando farias um post assim com a Yeda, que fez o governo mais autoritário em tempos de democracia, que tinha um gângster como chefe de gabinete, que espionava os adversários. Enfim, a lista não terminaria...
Por que tanta desonestidade intelectual?

guimas disse...

Grilo falante,

A explicação é simples: o Maia é de nossa classe média remediada. Nada contra as pessoas dessa classe, convivo com muitos.

O problema é que o pessoal dessa classe acha que tem mais direito do que qualquer um. Eu vivo isso diariamente, é patético.

Por isso o Maia só critica quem ousa desafiar esta ordem natural das coisas - apesar de estar cheio de boas intenções.

Não interessa se o Serra, ou Yeda, ou FHC, ou Rigotto, ou Fortunatti, ou Fogaça, ou Britto cometeram erros graves que temos de pagar até hoje. Se o PT cometer um deslize - qualquer deslize - é motivo de crítica sem fim. Por que? Porque o PT não é da turma dele. É de outra. E essa outra turma não poderia estar onde está.

É bem simples, na verdade. Os americanos chamam isso de "sense of entitlement". Nunca consegui traduzir isso direito, mas define bem o que sente o antipetismo hoje.

Por isso o Maia discute as pessoas - o PT, seus militantes. Nunca suas idéias.

É coisa de "small minds".

Carlos Eduardo da Maia disse...

TAmbém acho uma babaquice essa história de petismo e antipetismo. Mas temos de ser coerentes, o PT quando oposição faz alardes por tudo. Se esse mensalão que está sendo julgado pelo STF fosse contra tucanos, o PT mandaria eles para a cadeira elétrica.
Mas como são petistas que estão sendo julgados, o PT diz que não existem provas, que o STF está anestesiado pela grande mídia e outras baboseiras.
Aponto apenas esses paradoxos.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Não acho que Yeda fez governo autoritário, ela foi muito incompetente politicamente, isso sim.

guimas disse...

Cruzes, Maia.

Não é nenhum paradoxo. Na política, em todo o mundo, grupos políticos agem em favor de si mesmos e contra seus opositores.

O PT tem todo o direito do mundo de criticar o STF, estamos em uma democracia. Tu não precisa concordar com eles, simples assim. Mas criticá-los por pensarem diferente de ti não mostra nada, não contribui. E o teu blog, Maia, é só isso: não gosto do PT porque eles não pensam como eu.

Por exemplo, tu insistes nessa coisa de que o PT é mais competente e agressivo na oposição. É uma tremenda bobagem. A oposição ao PT hoje é agressiva como sempre se foi. O antipetismo que houve nos anos do governo Olívio botou os petistas no chinelo. Mas tu concordas com o modo de pensar do antipetismo. E aí tu acha um certo e o outro errado, e acabas discutindo as pessoas, e não suas teses, suas idéias, ou até o resultado de suas políticas. Small minds!

Grilo falante disse...

Guimas, sou tradutor profissional, e o sense of entitlement é realmente difícil, já tive que traduzir, e sempre usei voltas, como sensação de direito ao privilégio ou algo assim, não me lembro. Só no contexto, mesmo. Quanto às boas intenções desse pessoal, duvido muito, pois ele faz exatamente o que acusa o PT de fazer (dois pesos e duas medidas) e finge não se dar conta.

Por exemplo, dizer que a Yeda não era autoritária, mas incompetente politicamente, é distorcar as coisas, pois a maior incompetência dela era a absoluta incapacidade para o diálogo, pois não se achava no dever de falar com a sociedade.