No ano de 1947,o escritor John Steinbeck e o fotógrafo Robert Capa se encontram em um bar em Nova York. Estavam com ressaca da guerra e a cortina de ferro foi erguida no leste europeu. Todo mundo falava sobre a toda-poderosa União Soviética de Stalin. Steinbeck e Capa resolveram, então, fazer uma visita a URSS, naquele mesmo ano de 1947, muito bem relatada e fotografada. Eles não puderam, evidentemente, viajar sozinho, sempre estavam acompanhados por algum membro do governo. Talvez não exista nenhum livro que retrate tão bem e com certa imparcialidade a Rússia do pós guerra, Moscou, Kiev, Stalingrado, logo após o cerco e região da Geórgia, terra de Stalin, todos esses sítios foram visitados por Steinbeck e Capa. Um livro que recomendo.
7 comentários:
A luta de classes continua nos EUA
Postado por Juremir em 2 de dezembro de 2012 - Política
A ignorância de Paul Krugman, prêmio Nobel de economia, é notória. Qualquer gaúcho sensato (de direita) sabe mais do que ele. Sabe, por exemplo, que as ideologias acabaram, que só entre nós ainda se fala disso, e que luta de classes é uma expressão da pré-história só usada por dinossauros marxistas.
Krugman, por não ler os jornais da Rede Baita Sol, está profundamente desinformado. Seria necessário que ele fizesse um estágio em Porto Alegre para tomar conhecimento das novidades da economia e da política.
Na sua última coluna, que vem a seguir, ele desmascara algumas das mais modernas armações dos ricos contra os pobres e fala em “guerra de classes” na meca do capitalismo. Segundo esse ignorante, aumentar a idade da aposentadoria é uma conversa fiada para favorecer os ricos, que vivem mais, às custas dos pobres, que continuam correndo atrás de uns aninhos a mais.
É dele esta pérola de enlouquecer neoliberais gaudérios: “Por que faxineiros devem se aposentar mais tarde porque advogados estão vivendo mais?”
Só mesmo um jornal menor como o New York Times para publicar a coluna de um comunista anacrônico, cérebro de ervilha e inculto como Krugman.
Eu, como ignorante contumaz, admiro as ideias dele.
É um cara que nunca diz coisas geniais como “essa dicotomia entre esquerda e direita acabou” ou “basta privatizar que a eficiência aparece”.
Para ele, do alto da sua ingenuidade, a dicotomia está aí e vai ficar.
É só ler.
Justiça nega pedido do Clarín para mudar prazo de Lei de Meios
Corte Suprema julgou “infundado” o pedido do grupo de comunicação e pediu a continuidade do processo de adequação
A Corte Suprema de Justiça da Argentina recusou nesta terça-feira (27/11) um pedido feito pelo Grupo Clarín para que fosse prorrogado o prazo para adequação de licenças de veículos de comunicação. Segundo a agência de notícias Telám, a corte julgou “infundado” o pedido do Clarín e pediu que a Justiça prossiga com o processo de adequação das empresas de comunicação à nova Lei de Meios do país. O Grupo Clarín, principal conglomerado de comunicação da Argentina, recorreu em 21 de novembro à Suprema Corte de Justiça para prorrogar a medida judicial contra a Lei de Meios, que expira em 7 de dezembro. O pedido é baseado em alegações de “indefensabilidade e privação de justiça”, devido ao afastamento de juízes em instâncias que avaliam a constitucionalidade de dois artigos legislativos questionados pelo grupo. A data de vencimento da medida judicial, apelidada pelo governo de “7D”, foi estabelecida pela Suprema Corte no dia 22 de maio. A sentença estabelecia que a cláusula de desconcentração de meios de comunicação previstos na lei estaria suspensa para o Grupo Clarín até esta data. Antes deste prazo, no entanto, a Câmara Civil e Comercial deveria se expedir sobre a constitucionalidade do artigo 161 da Lei de Meios, que determina a regulação dos serviços de comunicação como forma de promover a desconcentração de empresas e a democratização da imprensa.
Relatório propõe regulação mais forte e lei para imprensa britânica
29/11/2012 - 15h00 | O Globo
O juiz Brian Leveson ao apresentar relatório: defesa de um órgão autorregulador respaldado por lei de imprensa AFP
LONDRES - Depois de meses de investigação e pesquisa, a Comissão Leveson sugeriu a criação de um novo órgão independente para regular a imprensa britânica, após o escândalo das escutas ilegais praticadas por jornais do magnata australiano Rupert Murdoch. O juiz Brian Leveson, responsável pelo relatório, destacou que não é dever do governo ou do Parlamento regular o setor, mas que a Comissão de Queixas sobre a Imprensa (PCC, na sigla em inglês) fracassou em seu papel e que o sistema deve ser alterado. Ele defendeu uma forma mais severa de regulação, respaldada por uma lei de imprensa. As propostas causaram divergência dentro do governo britânico. O primeiro-ministro David Cameron apoiou boa parte das conclusões do relatório, mas se mostrou cauteloso diante da criação de novas leis. Seu vice, Nick Clegg, por sua vez vê na mudança da lei a única forma de garantir a independência do novo órgão regulador.
Essa lei atribuiria ao governo o dever legal de proteger a liberdade de imprensa, além de reconhecer o novo órgão independente regulador e dar benefícios aos meios de comunicação. Uma forma mais rigorosa de regulamentação, apoiada pela nova legislação, elevaria os padrões da imprensa e protegeria o direito de possíveis vítimas de jornais e tabloides, explicou Leveson.
- A imprensa é vital, mas isso não significa que ela não possa ser contestada - disse Leveson. - Precisamos de mudanças.
O órgão regulador proposto por Leveson seria independente tanto da indústria quanto do governo; não incluiria editores atualmente em atividade; e a maioria de seus membros não teria envolvimento com a imprensa. Ele teria poder para multar jornais no valor de até um milhão de libras.
O relatório criticou ainda a ligação entre a imprensa e políticos. Para a comissão, a relação entre figuras públicas e jornais deve ser mais aberta e transparente.
Ao discursar no Parlamento logo após a apresentação do relatório, o primeiro-ministro David Cameron disse apoiar os princípios reguladores apresentados pela Comissão Leveson, mas afirmou não ver necessidade na criação de uma lei específica para a imprensa.
- Deveríamos ser cautelosos com qualquer lei que tenha potencial para afetar a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa. Não estou convencido de que um estatuto seja necessário para alcançar os objetivos de Lorde Leveson - disse Cameron.
O relatório foi recebido com divergências no Parlamento, sem consenso entre os deputados sobre quais e quantas recomendações devem ser aceitas. O líder do Partido Trabalhista, Ed Miliband, fez um apelo para que o governo aprove todos os pontos do inquérito.
Analistas acreditam que a proposta possa causar divergências entre Cameron e sua coalizão de governo. O vice-premier britânico, Nick Clegg, fez um discurso separado no Parlamento britânico sobre a divulgação do relatório Leveson, nesta quinta-feira. O ato é um sinal de que a coalizão do governo não conseguiu chegar a um consenso sobre o inquérito das escutas ilegais.
Clegg disse concordar com "muito" do que o premier e o opositor Miliband pensam sobre o relatório Leveson. Para o vice-premier, os partidos devem trabalhar juntos para estabelecer uma agenda clara e rápida. Segundo Clegg, dois princípios fundamentais estão em jogo: a proteção de inocentes e a liberdade de expressão.
- Uma imprensa livre não significa uma imprensa que pode intimidar inocentes e fazer famílias sofrerem - disse o político.
Clegg ainda admitiu ter pensado muito sobre o uso de uma lei da imprensa e, como um liberal, contou ter ressalvas quanto sua aplicação. O vice-premier afirmou, no entanto, que sempre se disse favorável ao relatório desde que suas recomendações fossem viáveis. Para ele, não há melhor solução do que a proposta de Leveson.
- Mudar a lei é a única forma de garantir que a nova regulação da impresa será independente de verdade - disse Nick Clegg.
Segundo fontes citadas por jornais britânicos, Cameron e seu vice concordaram em alguns aspectos do relatório, divulgado às 11h30m (horário de Brasília). A resposta do governo deve se concentrar na reforma da regulação da imprensa, mas a falta de consenso em alguns aspectos do relatório mostra um racha significativo dentro da coalizão. É a primeira vez que os dois fazem discursos separados sobre um mesmo tema no Parlamento.
A legislação do Reino Unido contra abusos da imprensa é uma das mais duras do Ocidente. Hoje, o controle é realizado pelo PCC, formada pelos próprios órgãos de comunicação. Mas o sistema é considerado ineficaz, e 79% dos britânicos defendem a criação de uma entidade independente de regulação
“Cortina de ferro” é um termo que só macacos usam. O mundo do comunismo pós Segunda Guerra Mundial era extremamente diversificado, do Stalinismo a Tito, com muitas divergências e variações políticas. A expressão foi cunhada por Churchill, para delimitar os interesses da Grã-Bretanha, a mesma que depois apoiaria a cortina de ferro que se instalou na América Latina, a das relações umbilicais Thatcher-Pinochet e os outros ditadorezinhos. Mas certa direita só usa a expressão para um lado, claro.
Cortina de Ferro foi um termo criado por Churchill logo depois da 2 guerra quando o império soviético expandiu levando consigo as repúblicas do leste europeu. Esse termo foi usado por Steinbeck em seu livro.
Que foi cunhado por Churchill está dito no comentário, e pelas razões que apontei - defender o capitalismo - mesmo que isso implicasse preservar o facismo, cujo combate republicano na Espanha Capa fotografou. Depois da guerra, a cortina de ferro do fascismo continuou sobre Portugal, Espanha e outros países da Europa, mas interessava aos ingleses (na verdade, até a Stalin, com sua política de áreas de influência intocáveis). O fato de Steinbeck ter usado não muda a macaquice, mas ele pelo menos falava a mesma línguade Churchill e era seu contemporâneo...
Já certa direta macaqueadora...
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