O jornalista e blogueiro Marcos Weissheimer do Carta Maior e Rs Urgente (o blog está nos favoritos) está na Argentina e traz interessantes notícias sobre a eleição presidencial que ocorrerá naquele país em outubro.
As pesquisas indicam que Cristina Kirchner, primeira dama e candidata da situação, tem todas as condições -- apesar dos apagões -- de suceder seu marido, o Nestor.
Os argentinos parecem gostar de sucessões familiares.
A Argentina tem feito estreita relação com o governo Chávez, tendo em vista o apoio do governo bolivariano da Venezuela no setor de energia. Apesar de tudo isso, o país vem sofrendo grave crise energética. E esse é um problema para Cristina, porque a gestão do Nestor foi ineficiente nesse sentido: congelou preços e fez aquelas demagogias que alguns populistas gostam de fazer.
Este blogueiro esteve na Argentina neste mês de julho e pode constatar (meninos, eu vi!) que nossos hermanos vão bem. O país cresce, o capital circula, gera empregos e impostos. Sem preconceitos.
Faltam 3 meses para a eleição e Cristina parece não ter concorrente à direita. Segundo Weissheimer, " O ex-ministro da Economia, Roberto Lavagna, e o também ex-ministro da Economia, Ricardo López Murphy, lançaram-se na corrida presidencial. Nenhum dos dois têm empolgado o eleitorado argentino até aqui, o que já fez surgir a possibilidade do recém-eleito prefeito de Buenos Aires, Maurício Macri, entrar na disputa. Ele nega, mas a simples menção ao seu nome já indica a debilidade das outras candidaturas. Outra candidatura que está na rua é a da líder da Coalizão Cívica, Elisa Carrió, que já foi candidata à presidência da República. Carrió vem batendo duro em Cristina Kirchner criticando o fato dela tentar aproveitar-se de sua condição de esposa do presidente."
A Argentina é um país classe média, talvez seja o pais sul-americano com melhor distribuição de renda, a pirâmide social é mais obesa no meio. Assim, o eleitorado de classe média é decisivo na Argentina. O voto da classe média, como bem se sabe, circula entre a centro esquerda e a centro direita. Entre Elisa e Cristina, a classe média vai de Cristina. Entre Cristina e os candidatos de direita, o voto da classe média se divide.
Como se vê, Cristina está com a faca e o queijo na mão para se transformar numa nova Evita.