Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


segunda-feira, 30 de julho de 2007

Golpismo Onde e Quando, Cara Pálida?


A Revista Veja dessa semana é taxativa: houve falha humana do piloto do vôo3054 que explodiu em Congonhas. E a falha foi grave, porque o piloto acelerou uma das turbinas e acionou o reversor na outra.

Mas Veja é acusada pelos blogs e a mídia da esquerda de golpista!!!

Mas se Veja fosse golpista teria omitido essas notícias acerca da falha humana do piloto. O mesmo ocorre com o JN da Globo que mostrou, por imagens, que o avião não freou na hora do acidente e que poderia ter havido falha na turbina.

Falha na turbina ou falha humana reduzem a responsabilidade da União e do gestor do sistema aéreo -- o governo do PT.

Veja também afirma -- e com inteira razão -- de que o aeroporto de Congonhas é um local de risco, ou seja, se ocorrer alguma falha, esta pode ser fatal.

7 comentários:

PoPa disse...

Houve falha humana, sem dúvida. Mas não podemos condenar o comandande, de imediato. Como foi dito pela Airbus, o equipamento eletrônico exige tipo de ação diferenciada quando está com um dos reversos travados. Será que a TAM explicou isto direitinho para sua tripulação? Ou será que esperava que eles lessem o manual? E, se provado que a TAM não fez esta referência explícita, o erro continua sendo falha humana, mas da TAM. E, como a TAM é, ou deveria ser, fiscalizada pela ANAC, esta tem algum tipo de fiscalização nos procedimentos de segurança das empresas?
Não resta dúvida que a falha humana foi primordial para a tragédia. A questão é saber qual humano falhou.

Anônimo disse...

A Veja continua golpista como sempre, Maia. Estás por fora. O que eles não fizeram nesta última edição é mentir. Só isso. Dá uma olhada no blog do Eduardo Guimarães, ele tem um post ótimo sobre isso.

Aliás, quero saber quando aqueles que correram para colocar a culpa no governo e no grooving vão fazer um pedido formal de desculpas pelo atropelo prematuro e irresponsável dos fatos.

E, Maia, a mídia golpista não precisa ser golpista 100% do tempo. Ela é golpista (e bastante) por uma parte dele. Quando não é, é só pra que os "indignados úteis" como tu falem bem alto que não é golpista.

Li no blog do Nassif uma entrevista do Roberto Civita, da Abril, sobre a Veja. Explicitamente, ele diz que o jornalismo é opinativo, e não informativo, e o é por decisão da empresa. Eles vendem Veja a um público que quer opinião (preferencialmente anti-petista) e este padrão de jornalismo será mantido.

Ainda que tenha sido involuntária, esta confissão é extremamente positiva. Não tenho nada contra o jornalismo opinativo e parcial. Tenho quando este se disfarça de imparcial, quando obviamente não é. A nossa querida RBS é um exemplo claríssimo disto.

Mas não te preocupa, na próxima edição eles voltam à agenda política normal.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Guimas, a questão do grooving foi a primeira notícia que surgiu e é fato. A obra foi entregue inacabado. Não havia como não divulgar essa notícia. É claro que tem muita gente que não gosta do Lula e quer ver o governo do PT. Mas, por outro lado, existem jornalistas idiotas da esquerda alimentando paranóias e ressentimentos, como Mino Carta e Emir Sader. Nenhum lado tem razão. Continuo assinante de Veja.

Anônimo disse...

Pois bem, Maia, a obra inacabada é, de acordo com a Veja, isenta de responsabilidade no acidente. Foi alardeada aos quatro ventos porque era o "gancho" para culpar Lula. Basta ter dois neurônios para ver isso. Fosse o governo de outro partido, nada se falaria, tenho certeza. Vide o acidente do metrô em São Paulo.

Considero Emir Sader um militante de esquerda mais radical, e sempre leio o que ele escreve com restrições. Acho Mino Carta empolado demais, o português é quase sempre exagerado. Mas, filtrando a parte prolixa, Mino é em geral lúcido e correto em suas opiniões.

Se continuas assinante da Veja, é uma decisão tua, pois és, obviamente, anti-petista e anti-lulista.

Agora, olha que interessante: Veja apoia incondicionalmente o tucanato paulista sem ser abertamente a favor dele, pois isso a transformaria em um panfleto político escancarado. Então, fica-se falando mal do PT e do Lula, e assobiando e disfarçando pra não falar mal do PSDB paulista.

É uma pena. Ao que parece, teu padrão mínimo de qualidade, na escolha de revistas, é bem baixo, bem rasteirinho.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Que bom,Guimas, que você lê Sader com restrições. Eu também leio Sader com restrições e também leio Veja com restrições. Todo mundo sabe,Guimas, que a Veja apoia os tucanos. E daí? Qual o problema? O pessoal do Carta Maior apoia o Lula e eu também leio certos artigos e muitos deles discordo. O importante é estarmos abertos para a diversidade de opinião. Mas que existe muita paranóia por ai. Isso existe sim. REcentemente recebi, no meu e-mail uma mensagem completamente cheia de preconceitos contra Lula. Isso apenas serve para aumentar a paranóia. Golpismo no Brasil existe na cabeça da meia dúzia de sempre da extrema direita e da extrema esquerda (não é o nosso caso_. Guimas, não sou tão anti-petista assim. Acho que Lula está acertando em diversos pontos do seu governo.

Anônimo disse...

Tudo depende da semântica em que usas a palavra golpismo, então.

Se estamos falando de tomada de poder à força, com armas, ainda acho distante e até paranóica esta opção.

Mas se falamos de uma maquinação política sincronizada, permanente e que envolve a maioria dos espaços da mídia do país, não tem nada de paranóico. É real e presente.

Queres chamar isto de golpismo? Eu chamo. Por que acho que a tomada do poder desta maneira não é democrática. Esta mídia não respeita a democracia como nós respeitamos. Fosse alguém do PT, estes métodos seriam chamados, por baixo de autoritarismo, ou viés totalitário.

É o famoso quarto (ou quinto) poder, tentando exercê-lo com toda a sua força, da forma mais ilegítima possível, pois estão evidentemente a representar o interesse da minoria.

Fora tudo isso, tem mais um porém. O nível técnico do jornalismo da Veja e da ZH (não leio a Folha e o Estadão, e não opino sobre eles) é baixo. Baixíssimo. São reportagens mal escritas, de pouco teor informativo, incompletas na grande maioria das vezes. Ler a ZH de domingo é um exercício de paciência. Lê-se muito e aproveita-se quase nada.

PoPa disse...

Acho que taxar a Veja de golpista é a simplificação do assunto. Qualquer órgão de imprensa que criticava FHC seria também golpista? A pluralidade de posições e opiniões é a base da democracia. Poder criticar, apoiar e deixar claro sua posição. Veja, Carta Capital e outras revistas semanais não são leitura popular. São leitura de uma classe muito peculiar de pessoas que têm posição política definida e não vão trocar facilmente.

É bem simples isso! Mino Carta já foi da Veja, da Isto É... na verdade é o verdadeiro "pai" destas revistas! Teve, obviamente, opinião contrária a vários governos e nunca foi chamado de golpista. Este termo começou a ser usado há pouco tempo, não sei exatamente com que intenção, mas não é com a intenção de aprofundar a democracia, a troca de idéias ou a alternância de poder.