Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


segunda-feira, 30 de julho de 2007

Jogando Xadrez com a Morte



Foi-se Ingmar Bergman que faz lembrar as velhas salas de cinema de Porto Alegre. O primeiro filme dele que assisti foi sétimo selo. Acho que foi no velho Baltimore (ou será que foi no Bristol?) Tinha algo de Eisenstein (Alexandre Nevski), aquela postura simbólica cheia de significados e significantes. Nosso eterno jogo de xadrez com a morte. No Imperial, Scala, Cinema Um Sala Vogue, Coral assisti a praticamente todos: Face a Face, Morangos Selvagens, Sonata de Outono, Ovo da Serpente. Hoje os cinemas estão nos shoppings e os filmes possuem outra estética, outra mensagem, outra existência. Por que a gente é assim? O mundo parece estar mudando: para melhor, para pior, não sei. Mas continuamos jogando xadrez com a morte. E ela sempre nos vence.

3 comentários:

Bípede Falante disse...

Não há o que temer quando no jogo já se sabe o resultado. É mais seguro jogar com a morte do que com a vida.

Carlos Eduardo da Maia disse...

É o jogo do tempo a ser vivido. Quanto tempo temos pela frente. Se dobrarmos a morte pelo tempo necessário conseguiremos uma pequena, média ou grande vitória. Mas a derrota é inevitável.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Pessoal, postei essa mensagem no diario gauche e o pessoal da esquerda acha inconcebível uma pessoa que não seja esquerda gostar e admirar Bergman. Fui acusado de recorrer a wikipédia para fazer esse texto. Não me contive no final e larguei a seguinte mensagem: É impressionante a arrogância de certa esquerda que acha que tem o monopólio da boa cultura, da boa moral, da boa vontade, do bom sentimento e da boa sensibilidade. A mentalidade desses caras daria um bom roteiro sobre maniqueismo, manipulação e mediocridade. Se Bergman vivesse mais um pouquinho poderia fazer esse filme que se chamaria Cérebros Algemados.