Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Ora, Porque a Banca Paga


Leio  no Diário Gauche de hoje uma proposta do proprietário daquele Blog sugerindo a retirada do capital financeiro da vida política mundial e em seu lugar a entrada de uma senhora chamada política.

Quem quer ler, clique aqui.

Fiz o seguinte comentário:

Olha, com todo o respeito, o artigo é ingênuo. Acreditar que um dia neste processo chamado capitalismo ocorrerá o banimento ou a não participação ativa do capital financeiro que "ergue e destroi coisas boas" é a mesma coisa que acreditar que a Eurodisney é a Europa. O coração, a essência do capitalismo são os bancos. São eles que financiam, que emprestam, que dão dinheiro para fazer circular o capital de giro. Banqueiro, em qualquer lugar do mundo, é poderoso; os políticos (os bons e os maus) são escolhidos por eles que financiam as campanhas políticas. Mas algo pode ser feito, poderíamos iniciar pelo mais simples: terminar de uma vez por todas com o financiamento privado de campanha. O interessante é que no Brasil o PT governa o país há quase 10 anos e o financiamento privado continua em pleno vapor. Por que será? Parece que os donos do poder (que estão sempre se alternando) não tem esse interesse.

4 comentários:

Gustavo disse...

Maia, faz uma coisa, tira a expressão "capital financeiro" do teu comentário e substitui por "monarquia".

Isso prova que vc está fazendo um discurso do século 19, quando os reacionários de então também garantiam de pés juntos que aquela estrutura sólida das monarquias eram indestrutíveis e eternas.

Nós podemos querer reagir, podemos ser reacionários, mas isso não deterá a marcha do mundo, rapá.

guimas disse...

@Gustavo:

Excelente comentário. Assino embaixo.

Aliás, curiosamente, ouvimos o discurso de que nada mudará justamente das pessoas que lutam (abertamente ou não) para que se mantenha o status quo atual. Pegando o embalo no comentário do Gustavo, é mais ou menos como ouvir o Rei e a Nobreza dizerem que o que existe é o melhor que há e que não mudará.

E tudo isso nesse momento de crise capitalista (que, também curiosamente, o latifundiário do blog nega).

Carlos Eduardo da Maia disse...

Gustavo e Guimas, não tem nada ver uma coisa com a outra. São épocas e mundos diferentes. A história nunca é a mesma e não se repete. Esse é o grande equívoco do pensamento gauche: a história não está determinada. O mundo está sempre em evolução, tudo é dinâmico, o status quo não se sustenta por muito tempo, porque tudo muda. Nada é estático, estruturas sólidas não existem. Ninguém está aqui defendendo conservadorismos, muito pelo contrário, somos revolucionários. Mas o verdadeiro revolucionário não pode ser "porra louca", a evolução é gradual, a transformação é lenta, tudo é feito diante de certos estágios. Impossível num mundo de hoje acabar com capital financeiro responsável também pelo equilíbrio mundial. Concordo, ele é vilão, mas é um mal necessário, assim como o estado.

guimas disse...

Maia, talvez tu não tenhas percebido, mas o teu comentário aqui no teu blog é uma contradição direta do teu comentário no Diario Gauche.

Mas tudo bem. Concordo com o teu comentário aqui, não com a pataquada de lá.