O filme Tropa de Elite que conquistou a Berlinale trouxe uma realidade que está sendo vista por todos. E isso é muiiiito bom, porque este ângulo se alastrou. As pessoas - nacionais e internaticonais - estão adquirindo a importante consciência de que quando o poder público não entra em determinado lugar com suas escolas, seu posto de saúde e seu poder polícia, a marginalidade toma conta. E a marginalidade não é Robin Hood, ela é impiedosa, ela mata, ela aniquila, ela exige cumplicidade dos habitantes do local sob pena de ser punido com a perda da vida. E quem é ameaçada por essa zona toda é, sobretudo, a população de baixa renda alvo dos impiedosos traficantes e da violência polícial. Uma coisa - infelizmente - está vinculada a outra, numa relação para lá de viciada. A polícia dá armas aos bandidos que recebem grana de seus clientes para abastecer a polícia que faz vistas grossas para a venda de drogas. Um ciclo para lá de perfeito. E o soldadinho que não andar no passo certo e abrir a boca é punido com a perda da vida. E os corpos estão estendidos no chão. Dizem que o filme é fascista. Bobagem. O que é fascista é a realidade da ausência de Estado. Fascista é o crime, é a impunidade, a corrupção que têm de ser combatidos com o necessário e fundamental poder de polícia. Mas tudo tem os seus limites e suas razoabilidades.
Um comentário:
Também achei genial a premiação e continuo achando que teria uma grande chance no Oscar. Pelo menos, não teria sido dispensado de cara! Mas o que é aquela toca e aquela manta???? Coisa esquisita!!!
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