A liberação de reféns depois de anos no cativeiro é cativante. Emociona, faz as pessoas chorarem. E é justamente esse tipo de sentimento que Chávez busca pelo motivo simples de ter boas relações com os sequestradores das Farc. Tudo é muito ambivalente, tudo é muito delicado. Por um lado, o sentimento dos sequestrados e dos familiares dos sequestrados que vêem -- e com razão -- em Chávez talvez a única solução para os seus problemas. E de outro lado, a guerra entre exército colombiano e as Farc. Ocorre que o governo Uribe está ganhando a guerra. As Farc estão encurraladas e não tem apoio popular e a alternativa que se vê envolvida é exatamente essa: a de entregar os reféns para Chávez, porque todos eles fazem parte do mesmo círculo bolivariano. De fora desse circo está Uribe -- que conta com a simpatia dos EUA que abastece de dinheiro o Plán Colómbia. Uribe e Chávez estão definitivamente de lados opostos. Um está ganhando a guerra contra as Farc e o outro está ganhando a guerra midiática com o poder da ambivalência.
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Um comentário:
li li e li voce venceu só pássaros de mesma plumagem voam em bandos, seu blog é 10!
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