No diario gauche de hoje o seguinte post:
Programa de Cinema
A partir de segunda-feira próxima, dia 11/2, a sala de cinema do Santander Cultural vai exibir o filme Batismo de Sangue, sempre às 15 horas, mas é só até sábado essa barbada. Fica ali na praça da Alfândega, no centro de Porto Alegre.
O filme foi dirigido por Helvécio Ratton, baseado no livro de Frei Betto sobre a luta político-revolucionária do frei dominicano Tito, durante a ditadura militar. Frei Tito e outros dominicanos estiveram envolvidos na morte de Marighella, onde teve participação ativa o ultra-torturador da repressão, delegado Fleury.
Eu quero finalmente poder ver esse filme, e anuncio-o aqui porque sei que muitos amigos e amigas também não conseguiram ver Batismo de Sangue.
As salas exibidoras no Brasil não passam de dois mil, se tanto, para cinco mil municípios, e 90% delas ficam 90% do tempo comprometidas com as grandes distribuidoras norte-americanas e seus filmes de megaprodução (que esperam megabilheterias). Por isso o grande problema do cinema tupinambá é o gargalo da exibição. A produção vai bem obrigado, mas a rosca é na hora de exibir para o grande público. O caso preciso do Batismo de Sangue.
Por isso, é importante aproveitar essas oportunidades únicas das salas alternativas, como essa do Santander (que tem incentivos do fisco brasileiro, de nós outros), para assistir produções nacionais.
Depois eu conto o que achei do filme.
A partir de segunda-feira próxima, dia 11/2, a sala de cinema do Santander Cultural vai exibir o filme Batismo de Sangue, sempre às 15 horas, mas é só até sábado essa barbada. Fica ali na praça da Alfândega, no centro de Porto Alegre.
O filme foi dirigido por Helvécio Ratton, baseado no livro de Frei Betto sobre a luta político-revolucionária do frei dominicano Tito, durante a ditadura militar. Frei Tito e outros dominicanos estiveram envolvidos na morte de Marighella, onde teve participação ativa o ultra-torturador da repressão, delegado Fleury.
Eu quero finalmente poder ver esse filme, e anuncio-o aqui porque sei que muitos amigos e amigas também não conseguiram ver Batismo de Sangue.
As salas exibidoras no Brasil não passam de dois mil, se tanto, para cinco mil municípios, e 90% delas ficam 90% do tempo comprometidas com as grandes distribuidoras norte-americanas e seus filmes de megaprodução (que esperam megabilheterias). Por isso o grande problema do cinema tupinambá é o gargalo da exibição. A produção vai bem obrigado, mas a rosca é na hora de exibir para o grande público. O caso preciso do Batismo de Sangue.
Por isso, é importante aproveitar essas oportunidades únicas das salas alternativas, como essa do Santander (que tem incentivos do fisco brasileiro, de nós outros), para assistir produções nacionais.
Depois eu conto o que achei do filme.
Voltei.
Li o Batismo de Sangue na época da primeira edição e sempre quando passava na frente do antigo cinema São João ali na Salgado Filho em POA eu lembrava da cena contada por Frei Betto. Lembro que na época dos fatos, final da década de 60, tinha aulas de catequese com o Padre Manuel da Igreja da Piedade, personagem do livro. Não vi o filme (vou ver em DVD quando sair) e nem comprei o disco. Dizem que o filme é batido e não entusiasma. A verdade é que Frei Betto virou o rei dos chatos e seu discurso monocórdio "politicamente correto" deu para a bola de quase todo mundo. O grande público pensa diferente e gosta de assistir o que é bom. Kant nos ensinou que existe o belo e os filmes tropa de elite e meu nome é Johnny estão ensinando ao Brasil, uma nova mensagem: certos coitadinhos também são vilões. O fato de Batismo de Sangue não ter tido sucesso de público não significa que o filme não seja bom: ele pode ser bom, apenas não cativou o público que assistiu e a crítica que tem mesmo que criticar.
Um comentário:
Maia, eu tenho este livro há muito tempo. Comprei-o ainda na época em que acreditava que a esquerda era séria. Mas, mesmo com o incentivo natural, não consegui passar das dez primeiras páginas. É muito chato!!!
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