Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


terça-feira, 28 de abril de 2009

Os Índios Gostam de Morar em Palhoça



Leio no Diário Gauche os seguintes posts. São dois, o primeiro ele comenta o fato em si e depois tece suas ásperas críticas ao grileiro que antes de abandonar sua terra em área indígena destruiu todas as instalações. O motivo: os índios gostam de morar em Palhoça.

Primeiro Post:

Quartiero é um devastador convicto

O fazendeiro Paulo César Quartiero, maior produtor rural instalado no interior da Terra Indígena Raposa-Serra do Sol, em Roraima, decidiu adotar a política da terra arrasada. Insatisfeito com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a sua saída daquela área até quinta-feira, ele está disposto a não deixar nada em pé. Nenhuma casa, galpão, curral, rede de eletricidade, sistema de irrigação, nada que possa ser utilizado pelos índios, que, na sexta-feira, devem tomar posse das duas fazendas que ele possui naquela área.Ontem à tarde, na Fazenda Depósito, que fica a cerca de 170 quilômetros da capital, Boa Vista, a movimentação era intensa. Carretas enormes e fechadas deixavam a fazenda levando o rebanho da raça canchim que Quartiero possui, com quase cinco mil cabeças. Em outra parte, grupos de peões retiravam telhas, portas, esquadrias, estruturas metálicas, enfim, todo o material que pode ser aproveitado em outra obra. Logo atrás deles, vinha uma enorme retroescavadeira, derrubando paredes e revolvendo pisos (foto).

Segundo Post


O racismo desavergonhado de um grileiro

“O que ficar nós vamos derrubar ou colocar fogo para colaborar com a cultura indígena. Índio não gosta de viver em palhoça?” – provocou o grileiro de terras indígenas, Paulo César Quartiero (foto), ontem ao comentar sobre a retirada dos arrozeiros da Terra Indígena Raposa-Serra do Sol, de Roraima.O jornal Zero Hora de Porto Alegre fez, semanas atrás, uma matéria laudatória sobre o “gaúcho” Paulo César Quartiero, onde o grileiro e racista é pintado como vítima da decisão do STF. Em nenhum momento, o jornal da RBS lembrou aos seus leitores que Quartiero grilou terras (ocupação ilegal e definitiva) há trinta anos em Roraima, e que sempre sutentou a ocupação irregular na base da contratação de jagunços armados ilegalmente, com arsenal exclusivo das Forças Armadas.
Meu comentário.
Não vou defender o grileiro, até porque concordo com a decisão unânime do STF (inclusive com o voto do Gilmar Mendes do caso Raposa Serra do Sol), mas não vejo nada de racista no comentário. Aliás, é muito parecido com outros comentários que certas pessoas fazem em relação aos "brancos" ou aos de "olhos azuis". A sociedade moderna tem que aprender a conviver com a diversidade. Que os índios gostam de morar em Palhoça é incontestável, faz parte de sua cultura. Seria impensável -- e não se poderia exigir isso dos índios -- eles tomarem conta da fazendo do grileiro e produzirem zilhões e zilhões de sacos de arroz. Esse tipo de produção não faz parte da cultura indígena e isso deve ser respeitado. Fato semelhante ocorre aqui em Porto Alegre. Existe no mercadinho do Bom Fim uma loja destinada à cultura indígena. Os índios poderiam fazer ali um empório arrumadinho, bonitinho para vender seus produtos, mas eles preferem utilizar aquele local -- que é privilegiado -- como depósito. Isso faz parte da cultura indígena. É assim que eles vivem, é assim que eles querem viver, eles não estão interessados na cultura da civilização ocidental e isso tem que ser respeitado. Não se trata de racismo, mas de respeito à diversidade.

4 comentários:

Charlie disse...

Concordo com o grileiro.

Saddam disse...

Tchê

Se perdeu.
de novo! chinfrim...

querer comparar o loiro de olhos azuis com índio em palhoça foi de um nível rasteiro, Maia.

Por que diabos que vcs se perdem nas argumentações mais simples?

ZEPOVO disse...

Concordo com vc , teu comentário foi preciso.
Também respeito a Justiça, não existe outra opção, mas entendo perfeitamente a reação do fazendeiro, que grileiro é por uma questão de época. Trinta anos atrás ele era desbravador!
Pode não ser bonito, simpático ou de fácil compreenção, mas ele está certo de fato e de direito em destruir tudo, mesmo porque é justamente este o ponto, índios reais, com direitos de indios que querem preservar a cultura, a floresta e o meio ambiente devem deixar suas camionetes, aviões e celulares de lado. Se o indio precisa de não sei quantos hectares de florestas preservadas para caçar, pescar e praticar a agricultura com queimadas e rotatividade merece reservas, mas se quer aproveitar as vantagens do "homem branco" sem os deveres, e levando terra prá dedéu na moleza para depois explorar e arrendar, "vai ter não"!
Respeito muito o índio nativo e puro, mas não o espertalão, brasileiro mestiço como eu, geralmente usando um nome tipo "Douglas Cri Juruma" e fantasiado de índio com penas da "25 de maio".
Se assim for, quero saber onde fica minha reserva, quero caçar e pescar, parar de pagar impostos e levar uma vida mais light...percebem?

ZEPOVO disse...

E aí SADDAM,
Vc tem um blog?
Venha...