Lula, "o cara", e o embaixador americano Thomas Shannon Júnior |
"Corrupção generalizada" no governo Lula
A diplomacia americana considera que a corrupção durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, no Brasil, era "generalizada e persistente" e atingia todos os Três Poderes. A avaliação foi revelada em uma carta enviada há um ano e meio pelo embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon Júnior, ao procurador-geral americano, Eric Holder.
Na carta, que servia como uma preparação para a visita de Holder ao Brasil, o embaixador Shannon fez ainda um raio X da Justiça brasileira, definindo-a como "despreparada" e "disfuncional". O documento foi revelado na sexta-feira (9) pelo WikiLeaks.
Shannon Júnior, nascido em 1958, é um diplomata americano de carreira, ex-subsecretário do Departamento de Estado para o Hemisfério Ocidental. Foi nomeado embaixador no Brasil pelo presidente Barack Obama, em maio de 2009, sendo confirmado para o cargo em votação realizada no Senado dos EUA em 24 de dezembro. Ele apresentou suas credenciais no Planalto em 4 de fevereiro de 2010.
Essa não é a primeira revelação sobre os comentários da diplomacia americana sobre a corrupção no Brasil. Documentos de 2004 e 2005 revelaram a mesma preocupação e mesmo o risco de os escândalos do mensalão acabarem imobilizando o governo.
Mas o fenômeno não se limita aos Três Poderes, segundo a ótica do embaixador Shannon, para quem "as forças de ordem também seriam prejudicadas por falta de treinamento, rivalidades burocráticas, corrupção em algumas agências e uma força policial muito pequena para cobrir um país com 200 milhões de habitantes".
Outra constatação da diplomacia americana foi sobre os problemas enfrentados pela Justiça no Brasil. "Apesar de muitos juristas serem de alto nível, o sistema judiciário brasileiro é frequentemente descrito como sendo disfuncional, permeado por jurisdições que se acumulam, falta de treinamento, burocracia e atrasos", escreveu o embaixador.
Para Shannon, "polícia, procuradores e juízes precisam de treinamento adicional" no Brasil. O diplomata concluiu avaliando que "promotores e juízes, em especial, precisam de treinamento básico para ajudá-los a caminhar em direção a um sistema acusatório mais eficiente".
2 comentários:
Puxa vida! Este gringo sabe coisas que nós não sabemos...
Alguma mentira? ehehehe..o cara sabe mais do Brasil, que muito brasileiro!
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