Diversidade, Liberdade e Inclusão Social
Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Uma Certa Bípede Falante
A Tânia Regina Contreras me convidou para fazer umas perguntas para a Bípede Falante.
E fiz três:
RV – É verdade que os Blogs estão perdendo espaço para o facebook e twitter? (Carlos Eduardo Maia)
L – Não sei se é verdade, mas tenho a sensação que o facebook e o twitter atrapalham o universo dos blogs. Estou usando o meu facebook para promover o meu e os blogs que acompanho. Parece que a resposta está sendo positiva. Nos blogs, podemos nos aprofundar. Assusta-me essa dinâmica de que não se pode mais parar para sentir e aprender de verdade. É fácil confundir a superficialidade dessas outras ferramentas com agilidade e conteúdo e dar-se por satisfeito.
RV – Você tem alguma posição ideológica? (Carlos Eduardo Maia)
L – Depende em que sentido. A pergunta está muito ampla. Não sou nem nunca fui, por exemplo, filiada a um partido político, mas tenho simpatia por algumas ideias verdes e não maduras. Não gosto de me agarrar a uma ideia ou a um ideal conferindo a eles uma condição de verdade inquestionável e menos ainda de me comprometer com uma cobrança formal de conduta e raciocínio imposto por grupos. Acho nocivo ao pensamento fazer parte de um rebanho. Os rebanhos costumam não ter senso crítico e esquecer do valor de quem não está neles ou é diferente. Em suma, prefiro me perder e arcar com a minha lã negra a ter de seguir um pastor e um cajado.
RV – Acredita num mundo melhor é possível? Ou tudo isso é tão impossível? (Carlos Eduardo Maia)
L – Acredito. Tenho confiança no desenvolvimento humano. Sei que ele é lento e desequilibrado. Percebo o quanto ele é vertical. A humanidade não caminha no mesmo passo. Uns mal saíram da idade da pedra e ainda querem devorar os vizinhos, outros estão séculos à frente fazendo milagre de ateus para que todos se sintam em casa no planeta. E não estou a falar em estilo de vida, em conforto, em riquezas materiais. Estou a falar na capacidade de reconhecer e estimar a existência do outro, de conseguir esquecer um pouco do próprio umbigo para cooperar com os dos outros e dar a eles bem-estar, estima e respeito sem que sejam sacrificadas as individualidades.
A entrevista completa você pode ler no Mínimo Ajuste ou no Roxo Violeta .
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