Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, PDT, sorri. |
O escândalo do fim de semana desta vez é da pasta do trabalho. O Ministro Carlos Lupi, do PDT, estaria Na verdade, os assessores do ministro.
E Carlos Lupi já saiu se defendendo:"Eu repito sempre que sou como cana de canavial: nem facão nem a queimada arranca minha raiz. Vou até o fim…"“…Tem muita gente graúda incomodada com a minha presença no ministério, mas pode dizer que eles vão ter que me engolir."
Ele já teria sido alertado pelo Palácio do Planalto:
"A gente fez um alerta de que era preciso cuidado porque não era possível continuar com essa política [de convênios]", disse o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), segundo quem a conversa ocorreu há cerca de três meses.
"A gente fez um alerta geral na época, e ele assegurou que o que precisava ter sido feito foi feito", acrescentou.
Foi após essa conversa que Marcelo Panella, então chefe de gabinete de Lupi e tesoureiro do PDT, foi afastado da pasta por suposto envolvimento nas denúncias. Panella diz que saiu por motivos pessoais e que nunca cuidou de recursos para ONGs.
Reportagem da revista "Veja" desta semana afirma que assessores do ministro teriam pedido propina a ONGs, entre elas o Instituto Êpa, do Rio Grande do Norte.
Anteontem, Carvalho voltou a conversar com Lupi. Disse que orientou o colega a se defender. "A nossa expectativa é que haja um roteiro diferente desta vez", afirmou Carvalho, que também acompanhou os casos que resultaram na saída de seis ministros do governo.
Sobre as suspeitas contra o Ministério do Trabalho, até o momento, a avaliação do Planalto é que não há fato que atinja diretamente Lupi.
Foi seguindo orientação do governo que o ministro decidiu anteontem afastar o coordenador-geral de qualificação da pasta, Anderson Alexandre dos Santos, citado pela "Veja" como um dos que pediam propina para o Instituto Êpa.
A oposição cobra explicações. O líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), defende o afastamento de Lupi, argumentando que as supostas irregularidades podem estar abastecendo partidos.
O PPS deve pedir à Procuradoria-Geral da República abertura de inquérito para investigar indícios de esquema no Ministério do Trabalho.
Procurado desde sábado, Santos não foi localizado, assim como dirigentes da ONG.
Lupi afirmou que em 2011 não fechou convênio com ONGs e que os contratos em vigor são de anos anteriores.
Apesar dos problemas, o governo descarta interromper as parcerias. "As ONGs prestam muitos serviços essenciais", afirmou Carvalho. Na quarta, o governo fará um seminário para preparar marco regulatório para o setor.
Folha de hoje.
Um comentário:
Esta gente é complicada. Não querem largar a teta, de jeito nenhum! É preciso que tenham um "incentivo" da chefa para isso... a coisa toda não vai acabar até janeiro, quando ela vai fazer o que deveria ter feito há muito tempo. Tirar os ministros do cara do governo. Se ela for esperta, vai tirar os partidos também, deixando os melhores nos ministérios.
Tenho um pouco de fé no Aldo Rebelo. Vamos ver se ele tira os vagos do seu partido das tocas milionárias do ministério. Se fizer isso, tem meu respeito.
Mas isso já é sonhar alto demais...
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