Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


terça-feira, 11 de setembro de 2012

Gabriela da Cor da Canela e do Cheiro do Cravo







Finalizei ontem o romance Grabriela do Jorge Amado. Confesso que comecei a ler por conta da série que está a passar no fim da noite na Globo. Impressionante, todas as pessoas que assistem ao seriado  estão gostando. Não existem exceções.

Porque é engraçado, os atores são ótimos, o cenário tenta retratar uma  Ilhéus glamourosa da época do boom do Cacau, em  1924; porque o Bataclan e o bar Vesúvio estão perfeitos, porque a casa do sírio Nacib, moço bonito, é muito charmosa, porque Juliana Paes está perfeita -- em todos os sentidos -- interpretando a mulata Gabriela.

Ilhéus está dividida entre o governo dos Coronéis, latifundiários, produtores de cacau,  que quer manter o status quo  e o poder econômico da burguesia ascendente. De um lado o  Coronel Ramiro e de outro o empresário Mundinho Falcão que compra cacau e quer modernizar o porto.

Entre a série e o livro  existem  algumas diferenças.

Gabriela vem do sertão e chega a Ilhéus no mesmo dia em que o Coronel Jesuino assassina sua esposa, dona Sinhazinha  --de meias pretas -- e seu amante o dentista, Dr. Osmundo. Na série a história é um pouco diferente. .

A dúvida é saber se Coronel Jesuino (Dona Sinhazinha, prepare-se vou lhe usar) vai  ser ou não condenado. No livro, o desfecho está num P.S.

A triste história de Lidinalva -- que perdeu os pais numa acidente,  transou com o namorado antes do casamento, perdeu a honra e virou quenga -- não aparece na obra de Jorge Amado.

Qual o melhor, o livro de 1967, a novela de 1975 ou o seriado de 2012?

Impossível comparar, o livro continua atual, descreve com alegria e sensibilidade a história passada em 1924 de  um Brasil absolutamente desigual e feudal;  a novela de 75 mostrava a cultura recatada e oprimida da época da ditadura militar. O atual seriado é mais "sensualmente" despojado e certos palavrões estão liberados.

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