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Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Porque o governo não baixa o imposto do carro nacional?

veículo chinês - fabricado na China --  que está tomando conta das ruas do Brasil
É até louvável que o governo brasileiro se preocupe tanto com o estimulo  à produção nacional de veículos, como afirmou ontem o ministro da fazenda Guido Mantega justificando o estratosférico e abusivo aumento do IPI sobre o carro importado.

As novas alíquotas entrem em vigor em dois meses e podem fazer subir em em até 28% os preços dos veículos. Vai ser um "baque" e tanto.

Segundo a Folha, a medida deve encarecer os veículos chineses, sul coreanos e os importados de luxo.

Mas, pensando aqui com meus botões, por que motivos o governo, ao invés de aumentar o IPI sobre os importados, não baixa o imposto sobre os carros fabricados no Brasil?

Ou, então, na pior das hipóteses,  aumente um pouco o IPI, mas nunca no patamar de 30%, e, ao mesmo tempo baixe o imposto dos carros nacionais.

Mas não, somos toscos, nos pautamos pela simplorice e assim caminha o Brasil.

2 comentários:

PoPa disse...

O imposto do carro nacional não é alto. É menor que o imposto de um livro didático! Há, como em todo produto brasileiro, uma cascata de impostos que acaba encarecendo o produto final. Mas isso não é só nos automóveis, é em todo produto brasileiro. No entanto, a "gordura" que existe nos preços dos autos brasileiros é enorme. A GM brasileira, por exemplo, sustentou a derrocada da empresa em todo mundo. Só aqui ela teve lucro e conseguiu equilibrar-se. E lucro polpudo! Ela pode, por exemplo, manter o preço do Camaro, mesmo com o imposto triplicado. É só ver quanto custa por lá o carrinho e colocar os impostos em cima.

Mas tem um outro problema que encarece demais qualquer produto brasileiro. O tal custo Brasil. E não é só as incontáveis e caras ações trabalhistas. É também o código do consumidor que gera custos enormes para qualquer empreendedor. São os custos ligados à folha de pagamento, que não revertem em nada para o trabalhador. São os custos de um departamento para controlar impostos, que são alterados mensalmente.

Mas por que os Argentinos ficaram fora dessa? Porque a GM compra quase toda sua produção de lá? Se é para proteger a produção nacional, tem que taxar eles também...

Isso é uma sacanagem enorme. A JAC, por exemplo, tinha planos de fazer sua fábrica em 2014. Está testando o mercado. A Fenabrave, muito provavelmente, quer evitar isso.

E por que não se faz a mesma coisa com tvs, por exemplo? Com outros eletrônicos, totalmente importados e "montados" na Zona Franca de Manaus?

O Brasil vai pagar caro por esta aventura. Se a China resolver parar de comprar soja brasileira, teremos um problema. E o ferro, já que eles tem um estoque que dá para mais de dez anos, sem comprar mais nada. E não adianta dizer que isso é impossível. É possível, sim.

É, como todas as decisões destes governos burros, uma decisão... burra.

Ogro Zen disse...

"A ABEIVA (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores) afirma que o aumento de 30 pontos percentuais na alíquota do IPI representa um acréscimo de 120% a 428% sobre as alíquotas até então vigentes e pode inviabilizar a importação de alguns veículos para o mercado nacional"
Maia, esta é mais uma picaretagem dos petralhas: lembras da famosa Fiat Elba do Collor? Pois é, quanto terá custado esta canetada? E o pior é que do 1/3 dos importados que não tem isenção por acordos bilaterais as marcas premium não sentirão tant: sobra é para a classe média que podia comprar um bom carro coreano por preço competitivo mesmo pagando absurdo imposto de importação e agora vai de carroça com preço aumentado!