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Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Z de Costa Gavras e a Luta Contra o Estado Opressor

 

No início da década de 80, com o processo de abertura política, os brasileiros puderam, enfim com mais de uma década de atraso, assistir ao filme Z do Costa Gavras que estava nas prateleiras da censura aguardando liberacão. O filme foi produzido em 1969 e ganhou o Oscar de melhor película estrangeira de 1970.

 Assisti este filme num cinema de rua em Porto Alegre e aquelas imagens marcaram minha vida politica de luta contra o estado opressor. Nunca mais assisti Z -- que significa em grego antigo: ele está vivo.

Até que ontem, por acaso, resolvi colocar o DVD para dar uma olhada. Confesso que no início achei o filme chato, os militares querendo aniquilar os fungos ideológicos da sociedade e outros bla, bla, blas esquerdopatas daquela época (que tanto admirava). Mas para minha grande surpresa, a partir do assassinato do lider politico de esquerda, interpretado por Ives Montand, o filme dá um belo salto de qualidade.

A busca da verdade, da justiça e o estado paranoico e opressor e seus agentes fazendo de tudo (e tudo mesmo) para que a verdade não venha a tona. O episódio ocorreu na Grécia em 1973, mas poderia ser no Brasil de 70 ou na Venezuela dos tempos atuais.

Z de Costa Gavras continua sendo um grande filme.

Abaixo informacoes sobre o filme do wikipedia.


O filme se inicia com a advertência nos créditos iniciais de Costa-Gavras e Jorge Semprún que qualquer semelhança com eventos e pessoas da vida real não é coincidência - é intencional.
Suspense político, trata de fatos reais ocorridos em 1963 na Grécia. Em cenário político tenso, professor de medicina e deputado grego, um dos líderes da oposição esquerdista, organiza juntamente com correligionários Shoula, Matt e Manuel e o deputado George Pirou, uma reunião pela paz e contra a permissão de instalação de mísseis balísticos americanos em território grego. Com dificuldades, a reunião é realizada mas ao concluir sua fala, o deputado é atropelado e acaba morrendo dias depois. A polícia conclui que foi um acidente mas há indícios que levam o juiz de instrução a suspeitar da versão da polícia e aprofunda a investigação. Com ajuda indireta de um fotojornalista, e testemunhas como Nick, ele consegue revelar uma trama de membros do governo grego, como o general de polícia, o coronel da polícia, outros militares e Yago e Vago, os autores do crime. São todos indiciados mas as testemunhas morrem em circunstâncias estranhas e os envolvidos são condenados a penas leves. Pouco tempo depois os militares lançam um golpe militar. O novo regime persegue os aliados do deputado morto, o fotojornalista e o juiz de instrução. Proíbem comportamentos e assuntos como a matemática moderna, liberdade de expressão, e a letra z, em grego antigo significa "ele está vivo".

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